SITE DE USO PESSOAL,PARA PESSOAS INTELIGENTES,QUE OLHAM O FUTURO...QUE PODERÁ SER TERRIVEL,SE NADA FOR FEITO... SEJA BEM VINDO
12 de mai. de 2007
TEMPERATURA DO PLANETA
Quinta-feira, Março 01, 2007
Temperatura do planeta aumentará até 4ºC até 2100, diz ONU
c
02/02/2007 - 09h13
da France , em Paris
A temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio.
De acordo com o documento, não importa o quanto a civilização reduza a emissão de gases, o aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos vão perdurar por séculos.
"Estamos criando um planeta diferente. Em cem anos, teremos um clima diferente"
Agora a ONU assume que existe realmente um aquecimento global e que o homem é responsável por ele. Temos pouco tempo para exigir mudanças, existem catástrofes iminentes e é necessário se criar uma força internacional de ajuda antes que venha a próxima onda de furacões e outros cataclismas.
Temperatura do planeta aumentará até 4ºC até 2100, diz ONU
c
02/02/2007 - 09h13
da France , em Paris
A temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio.
De acordo com o documento, não importa o quanto a civilização reduza a emissão de gases, o aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos vão perdurar por séculos.
"Estamos criando um planeta diferente. Em cem anos, teremos um clima diferente"
Agora a ONU assume que existe realmente um aquecimento global e que o homem é responsável por ele. Temos pouco tempo para exigir mudanças, existem catástrofes iminentes e é necessário se criar uma força internacional de ajuda antes que venha a próxima onda de furacões e outros cataclismas.
Quarta-feira, Março 14, 2007
Milho geneticamente modificado faz mal às cobaias, diz estudo
Um milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto poderia causar problemas no fígado e nos rins, segundo um estudo divulgado pela organização ambientalista Greenpeace e por um comitê de especialistas em engenharia genética franceses.
Segundo Seralini, nos fígados das fêmeas se detectou um aumento da taxa de açúcar e 40% da de gordura no sangue. Na urina dos machos foram detectadas variações das taxas de sódio ou fósforo. Todos estes sintomas "são idênticos aos causados por uma intoxicação por pesticidas", declarou.
"Nosso estudo mostra problemas hepáticos nas fêmeas, que engordaram, enquanto os machos sofreram problemas renais que os fizeram emagrecer", explicou o professor Gilles-Eric Séralini, membro da comissão biomolecular e pesquisador da Universidade francesa de Rouen e presidente do comitê científico do Crii-gen.
Enquanto os paises do primeiro escalão proibem a venda de trangenicos em seus territorios, a cada dia vemos, mais e mais, estes venenos legais invadindo nossos pratos.
Marcadores: Saúde, Trangênicos
Sexta-feira, Março 09, 2007
Senado aprova MP que abre país aos transgênicos
27-02-2007 - Brasília
O Senado repetiu nesta terça-feira o erro da Câmara dos Deputados e praticamente escancarou as portas do Brasil para os transgênicos. Em votação iniciada no final do dia, os senadores aprovaram a Medida Provisória 327, que reduz a área de contenção no entorno das Unidades de Conservação Ambiental e, graças a duas emendas acrescentadas pelos deputados federais em dezembro, também legaliza o algodão transgênico plantado irregularmente no país e reduz o quorum da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a aprovação de pedidos de liberação comercial de organismos geneticamente modificado.
Para entrar em vigor, a MP terá que ser sancionada em até 15 dias úteis pelo presidente Lula. Essa é a hora de agirmos para que ele respeite a opinião de mais de 70% dos brasileiros que não querem transgênicos em seus pratos.
Quarta-feira, Março 14, 2007
Milho geneticamente modificado faz mal às cobaias, diz estudo
Um milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto poderia causar problemas no fígado e nos rins, segundo um estudo divulgado pela organização ambientalista Greenpeace e por um comitê de especialistas em engenharia genética franceses.
Segundo Seralini, nos fígados das fêmeas se detectou um aumento da taxa de açúcar e 40% da de gordura no sangue. Na urina dos machos foram detectadas variações das taxas de sódio ou fósforo. Todos estes sintomas "são idênticos aos causados por uma intoxicação por pesticidas", declarou.
"Nosso estudo mostra problemas hepáticos nas fêmeas, que engordaram, enquanto os machos sofreram problemas renais que os fizeram emagrecer", explicou o professor Gilles-Eric Séralini, membro da comissão biomolecular e pesquisador da Universidade francesa de Rouen e presidente do comitê científico do Crii-gen.
Enquanto os paises do primeiro escalão proibem a venda de trangenicos em seus territorios, a cada dia vemos, mais e mais, estes venenos legais invadindo nossos pratos.
Marcadores: Saúde, Trangênicos
Sexta-feira, Março 09, 2007
Senado aprova MP que abre país aos transgênicos
www.greenpeace.org.br
Milho geneticamente modificado faz mal às cobaias, diz estudo
Um milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto poderia causar problemas no fígado e nos rins, segundo um estudo divulgado pela organização ambientalista Greenpeace e por um comitê de especialistas em engenharia genética franceses.
Segundo Seralini, nos fígados das fêmeas se detectou um aumento da taxa de açúcar e 40% da de gordura no sangue. Na urina dos machos foram detectadas variações das taxas de sódio ou fósforo. Todos estes sintomas "são idênticos aos causados por uma intoxicação por pesticidas", declarou.
"Nosso estudo mostra problemas hepáticos nas fêmeas, que engordaram, enquanto os machos sofreram problemas renais que os fizeram emagrecer", explicou o professor Gilles-Eric Séralini, membro da comissão biomolecular e pesquisador da Universidade francesa de Rouen e presidente do comitê científico do Crii-gen.
Enquanto os paises do primeiro escalão proibem a venda de trangenicos em seus territorios, a cada dia vemos, mais e mais, estes venenos legais invadindo nossos pratos.
Marcadores: Saúde, Trangênicos
Sexta-feira, Março 09, 2007
Senado aprova MP que abre país aos transgênicos
27-02-2007 - Brasília
O Senado repetiu nesta terça-feira o erro da Câmara dos Deputados e praticamente escancarou as portas do Brasil para os transgênicos. Em votação iniciada no final do dia, os senadores aprovaram a Medida Provisória 327, que reduz a área de contenção no entorno das Unidades de Conservação Ambiental e, graças a duas emendas acrescentadas pelos deputados federais em dezembro, também legaliza o algodão transgênico plantado irregularmente no país e reduz o quorum da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a aprovação de pedidos de liberação comercial de organismos geneticamente modificado.
Para entrar em vigor, a MP terá que ser sancionada em até 15 dias úteis pelo presidente Lula. Essa é a hora de agirmos para que ele respeite a opinião de mais de 70% dos brasileiros que não querem transgênicos em seus pratos.
Quarta-feira, Março 14, 2007
Milho geneticamente modificado faz mal às cobaias, diz estudo
Um milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto poderia causar problemas no fígado e nos rins, segundo um estudo divulgado pela organização ambientalista Greenpeace e por um comitê de especialistas em engenharia genética franceses.
Segundo Seralini, nos fígados das fêmeas se detectou um aumento da taxa de açúcar e 40% da de gordura no sangue. Na urina dos machos foram detectadas variações das taxas de sódio ou fósforo. Todos estes sintomas "são idênticos aos causados por uma intoxicação por pesticidas", declarou.
"Nosso estudo mostra problemas hepáticos nas fêmeas, que engordaram, enquanto os machos sofreram problemas renais que os fizeram emagrecer", explicou o professor Gilles-Eric Séralini, membro da comissão biomolecular e pesquisador da Universidade francesa de Rouen e presidente do comitê científico do Crii-gen.
Enquanto os paises do primeiro escalão proibem a venda de trangenicos em seus territorios, a cada dia vemos, mais e mais, estes venenos legais invadindo nossos pratos.
Marcadores: Saúde, Trangênicos
Sexta-feira, Março 09, 2007
Senado aprova MP que abre país aos transgênicos
www.greenpeace.org.br
METRÓPOLIS E O CLIMA
ONU: Metrópoles serão afetadas por mudanças climáticas
Quarta-feira, 11 de Abril de 2007 14:48
O diretor da Secretaria da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR) - ligada à ONU -, Salvano Briceño, advertiu hoje que as grandes cidades serão especialmente afetadas pelas mudanças climáticas e sofrerão cada vez mais o efeito de novos desastres naturais.
- Metade da população mundial já vive em áreas urbanas e, em 2030, serão dois terços - entre outros motivos porque 'o aquecimento global provocará piores secas e inundações, que forçarão as pessoas a ir para as cidades', alertou o venezuelano Briceño em entrevista coletiva.
No entanto, disse que nos grandes núcleos urbanos 'as pessoas não têm tantos recursos para enfrentar os desastres naturais, porque não podem ser usados os tradicionais, válidos para o âmbito rural, ao mesmo tempo em que desenvolver estratégias de prevenção ou resposta é muito mais complexo'. Entre as grandes cidades mais ameaçadas pelas mudanças climáticas e o conseqüente aumento do nível do mar destacam-se, na sua opinião, as que estão situadas nos deltas dos rios.
Segundo Briceño, é necessário que 'a comunidade internacional se ative diante do crescente número de desastres' que acontecem todos os anos no mundo todo, e que 'só em assistência humanitária internacional absorvem anualmente US$ 5,5 bilhões'. Nesse sentido, a ONU está preparando uma conferência entre 5 e 7 de junho, em Genebra, na qual estudará como melhorar a preparação das comunidades diante de possíveis catástrofes decorrentes das mudanças climáticas. O objetivo da ISDR é, segundo seu principal responsável, criar uma 'plataforma mundial para a redução de riscos' que seja o principal fórum de todos os agentes envolvidos, para trocar idéias e iniciativas, estabelecer prioridades e desenvolver estratégias.
Quarta-feira, 11 de Abril de 2007 14:48
O diretor da Secretaria da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR) - ligada à ONU -, Salvano Briceño, advertiu hoje que as grandes cidades serão especialmente afetadas pelas mudanças climáticas e sofrerão cada vez mais o efeito de novos desastres naturais.
- Metade da população mundial já vive em áreas urbanas e, em 2030, serão dois terços - entre outros motivos porque 'o aquecimento global provocará piores secas e inundações, que forçarão as pessoas a ir para as cidades', alertou o venezuelano Briceño em entrevista coletiva.
No entanto, disse que nos grandes núcleos urbanos 'as pessoas não têm tantos recursos para enfrentar os desastres naturais, porque não podem ser usados os tradicionais, válidos para o âmbito rural, ao mesmo tempo em que desenvolver estratégias de prevenção ou resposta é muito mais complexo'. Entre as grandes cidades mais ameaçadas pelas mudanças climáticas e o conseqüente aumento do nível do mar destacam-se, na sua opinião, as que estão situadas nos deltas dos rios.
Segundo Briceño, é necessário que 'a comunidade internacional se ative diante do crescente número de desastres' que acontecem todos os anos no mundo todo, e que 'só em assistência humanitária internacional absorvem anualmente US$ 5,5 bilhões'. Nesse sentido, a ONU está preparando uma conferência entre 5 e 7 de junho, em Genebra, na qual estudará como melhorar a preparação das comunidades diante de possíveis catástrofes decorrentes das mudanças climáticas. O objetivo da ISDR é, segundo seu principal responsável, criar uma 'plataforma mundial para a redução de riscos' que seja o principal fórum de todos os agentes envolvidos, para trocar idéias e iniciativas, estabelecer prioridades e desenvolver estratégias.
DESASTRES ECOLÓGICOS X SOCIALISMO.
Desastres ecológicos causados pelo socialismo
Por eco-capitalista 01/08/2002 às 13:54
Nenhum sistema se mostrou tão nocivo ao meio ambiente quanto o socialismo por seu efeito multiplicador sobre a incompetência e ineficiência governamentais. Parece que as poucas áreas em que o socialismo conseguiu superar o capitalismo podem ser resumidas a três: genocídio, desastres ecológicos e produção de armas. Vejam os maiores desastres do mundo causados pelos socialistas.
O ponto mais contaminado do mundo
Chelabinsk, Rússia, é o ponto mais radioativo do planeta desde os anos 40 graças à indústria de guerra socialista. Já houveram 3 desastres nucleares no complexo armamentício de Mayak. Esses desastres afetaram 500 mil pessoas com níveis de radiação similares ao de Chernobyl.
Maior nuvem tóxica do mundo
Um incêndio numa fábrica que utilizava berílio em Ust Kamenogorsk, URSS (agora Kazaquistão), liberou uma nuvem tóxica que se estendeu por mais de 300 quilômetros até atingir a fronteira com a China.
O pior acidente nuclear do mundo
O pior acidente com reatores nucleares foi o de Chernobyl Nro. 4 na URSS (agora Ucrânia), em 1986, contaminando mais de 17 mil quilômetros quadrados e expondo mais de 1,7 milhões de pessoas. A Belarrússia foi a república que mais sofreu com o acidente pois 99% das terras plantadas foram contaminadas acima do aceitável. Apesar disso, os alimentos produzidos continuaram a ser consumidos em todo o país e cerca de 1,5 milhões de pessoas sofreram efeitos adversos.
Mas esse não foi o único grande acidente nuclear de responsabilidade socialista. Outro acidente com dejetos radioativos já havia ocorrido em Kyshtym, URSS (agora Rússia), em 1957, quando um container de dejetos superaqueceu e explodiu soltando compostos radioativos por mais de 15 mil quilômetros quadrados! Em 3 anos depois do acidente, mais de 30 comunidades em um raio de 730 quilômetros do acidente foram riscadas do mapa e 17 mil pessoas foram evacuadas. Mais de 8 mil pessoas morreram ao longo de 32 anos em resultado do acidente.
Maior poluição por dióxido de enxofre
A usina energética de Maritsa, na Bulgária, liberou o recorde de 317 mil toneladas anuais do gás dióxido de enxofre no rio Maritsa. Essa substância é uma das maiores causadoras da chuva ácida.
Pior poluição terrestre
Milhares de toneladas de petróleo bruto vazaram na tundra da república Komi, Rússia. Estima-se que 91 mil toneladas de petróleo se espalharam por 17 quilômetros.
Cidade mais poluída quimicamente
A cidade russa de Dzerzhinsk, com população de 287 mil, sedia dúzias de fábricas produtoras de cloro e pesticidas. Só a fábrica Kaprolaktam emite 544 toneladas anuais de cloro-vinil, um gás cancerígeno. Até o Greenpeace reconheceu que a cidade era o maior ponto de poluição química e seu lago é o mais venenoso do mundo. A expectativa de vida dessa cidade é de 42 anos para homens e 47 para mulheres.
O maior ataque ao meio ambiente durante uma guerra
Em janeiro de 1991, o "presidente" iraquiano, Saddam Hussein, tão festejado pelas esquerdas por sua postura anti-americana, ordenou a queima de cerca de 600 poços de petróleo, criando uma imensa nuvem negra de fumaça de até 1 milha e meia de altura, que alcançou um raio de 50 milhas e se precipitou até nos Himalaias. O último poço de petróleo só foi apagado em novembro de 1991.
O irônico é que são sempre os americanos que vão consertar esses desastres ecológicos (maior indústria de limpeza ecológica do mundo) e nenhum eco-socialista vai lá reclamar com o Saddam Hussein.
Diante desses fatos, os socialistas primeiro espumarão de ódio, depois tentarão encobrir os fatos com racionalizações, e por fim, dirão que a culpa é do capitalismo.
Chelabinsk, Rússia, é o ponto mais radioativo do planeta desde os anos 40 graças à indústria de guerra socialista. Já houveram 3 desastres nucleares no complexo armamentício de Mayak. Esses desastres afetaram 500 mil pessoas com níveis de radiação similares ao de Chernobyl.
Maior nuvem tóxica do mundo
Um incêndio numa fábrica que utilizava berílio em Ust Kamenogorsk, URSS (agora Kazaquistão), liberou uma nuvem tóxica que se estendeu por mais de 300 quilômetros até atingir a fronteira com a China.
O pior acidente nuclear do mundo
O pior acidente com reatores nucleares foi o de Chernobyl Nro. 4 na URSS (agora Ucrânia), em 1986, contaminando mais de 17 mil quilômetros quadrados e expondo mais de 1,7 milhões de pessoas. A Belarrússia foi a república que mais sofreu com o acidente pois 99% das terras plantadas foram contaminadas acima do aceitável. Apesar disso, os alimentos produzidos continuaram a ser consumidos em todo o país e cerca de 1,5 milhões de pessoas sofreram efeitos adversos.
Mas esse não foi o único grande acidente nuclear de responsabilidade socialista. Outro acidente com dejetos radioativos já havia ocorrido em Kyshtym, URSS (agora Rússia), em 1957, quando um container de dejetos superaqueceu e explodiu soltando compostos radioativos por mais de 15 mil quilômetros quadrados! Em 3 anos depois do acidente, mais de 30 comunidades em um raio de 730 quilômetros do acidente foram riscadas do mapa e 17 mil pessoas foram evacuadas. Mais de 8 mil pessoas morreram ao longo de 32 anos em resultado do acidente.
Maior poluição por dióxido de enxofre
A usina energética de Maritsa, na Bulgária, liberou o recorde de 317 mil toneladas anuais do gás dióxido de enxofre no rio Maritsa. Essa substância é uma das maiores causadoras da chuva ácida.
Pior poluição terrestre
Milhares de toneladas de petróleo bruto vazaram na tundra da república Komi, Rússia. Estima-se que 91 mil toneladas de petróleo se espalharam por 17 quilômetros.
Cidade mais poluída quimicamente
A cidade russa de Dzerzhinsk, com população de 287 mil, sedia dúzias de fábricas produtoras de cloro e pesticidas. Só a fábrica Kaprolaktam emite 544 toneladas anuais de cloro-vinil, um gás cancerígeno. Até o Greenpeace reconheceu que a cidade era o maior ponto de poluição química e seu lago é o mais venenoso do mundo. A expectativa de vida dessa cidade é de 42 anos para homens e 47 para mulheres.
O maior ataque ao meio ambiente durante uma guerra
Em janeiro de 1991, o "presidente" iraquiano, Saddam Hussein, tão festejado pelas esquerdas por sua postura anti-americana, ordenou a queima de cerca de 600 poços de petróleo, criando uma imensa nuvem negra de fumaça de até 1 milha e meia de altura, que alcançou um raio de 50 milhas e se precipitou até nos Himalaias. O último poço de petróleo só foi apagado em novembro de 1991.
O irônico é que são sempre os americanos que vão consertar esses desastres ecológicos (maior indústria de limpeza ecológica do mundo) e nenhum eco-socialista vai lá reclamar com o Saddam Hussein.
Diante desses fatos, os socialistas primeiro espumarão de ódio, depois tentarão encobrir os fatos com racionalizações, e por fim, dirão que a culpa é do capitalismo.
DESASTRE AÉREO INTERNACIONAL
DESASTRES AEREOS
Cronologia de acidentes
aéreos nacionais (1976-2006):
Outubro de 2006 - Queda de um bimotor particular Sêneca PA-34 fabricado pela Piper Aircraft Co. causa a morte de ao menos 3 das 6 pessoas a bordo - três passageiros não foram localizados. O avião desapareceu dos radares 36 quilômetros ao norte de Vitória, no Espírito Santo.
Setembro de 2006 - Após colidir em pleno vôo com jato comercial Legacy, fabricado pela Embraer, um Boeing B737-800 da Gol Linhas Aéreas cai na Serra do Cachimbo, no Mato Grosso, matando todas as 154 pessoas que haviam embarcado em Manaus rumo a Brasília.
Março de 2006 - Queda de um bimotor da Team Transportes Aéreos numa área de difícil acesso em Rio Bonito, na Região dos Lagos, Rio de Janeiro, causa a morte de 19 pessoas.
Maio de 2004 - Avião Embraer 120 Brasília da Rico Linhas Aéreas cai durante os preparativos para aterrissagem no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, matando 33 pessoas.
Janeiro de 2004 - Na segunda tentativa de aterrissagem, sob condições climáticas desfavoráveis, avião McDonnell Douglas MD-11 da Varig ultrapassa limite da pista de pouso em Natal, no Rio Grande do Norte. Ninguém ficou ferido.
Outubro de 2003 - Colisão de um avião Maule M-7-235 contra a Serra do Mar, na região de Guaratuba, no Paraná, causa a morte de todos os 4 ocupantes.
Agosto de 2003 - Queda de um avião BEM-721 D (Sertanejo), de pequeno porte, em Cáceres, Mato Grosso, causa a morte de todas as 4 pessoas a bordo.
Junho de 2003 - Queda de um avião EMB-721 C (Sertanejo), de pequeno porte, mata seis pessoas em Aurora, a cerca de 300 quilômetros de Florianópolis.
Fevereiro de 2003 - Queda de um monomotor causa a morte de quatro pessoas em Tapiratiba, cidade localizada a 289 quilômetros ao norte de São Paulo.
Agosto de 2002 - Queda de um avião Embraer 120 Brasília da Rico Linhas Aéreas a apenas 1,5 quilômetros da pista de pouso do aeroporto de Rio Branco, no Acre, causou a morte de 23 das 31 pessoas que estavam a bordo.
Novembro de 2001 - Um avião Tucano T-27 da Força Aérea Brasileira faz pouso forçado numa avenida de Maceió, Alagoas, e atinge quatro casas. Os dois tripulantes morreram.
Setembro de 2001 - Um avião modelo C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira bate contra a serra da Tiririca, na região de Niterói, Rio de Janeiro, e explode. Nove pessoas morreram no acidente.
Setembro de 2001 - Despressurização da cabine de um avião da TAM, que fez um pouso forçado no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, causou a morte de uma passageira.
Dezembro de 2000 - Queda de um avião bimotor Turbo Commander sobre casas na zona sul de São Paulo mata 8 pessoas.
Junho de 2000 - A queda de um bimotor Sêneca no Pantanal, Mato Grosso do Sul, causa a morte de seis pessoas.
Abril de 2000 - Um bimotor Queen Air cai sobre três casas em Belo Horizonte, Minas Gerais, e mata três pessoas, todas no solo.
Novembro de 1999 - Um avião monomotor Cessna cai logo após decolar de Campinas, interior de São Paulo, matando cinco ocupantes.
Outubro de 1996 - Acidente com um Fokker-100 da TAM deixou 99 mortos no Jabaquara, zona sul de São Paulo.
Março de 1996 - O Learjet que levava o conjunto Mamonas Assassinas cai na Serra da Cantareira, em São Paulo, depois de tentar aterrissar no aeroporto de Cumbica, matando todas as 9 pessoas a bordo.
Novembro de 1995 - Um avião Cessna não consegue levantar vôo do Campo de Marte e cai sobre a avenida Santos Dumont, em São Paulo, matando os cinco passageiros e o piloto. Outros 3 ocupantes ficaram feridos.
Junho de 1990 - Um avião Fokker da Taba se choca contra uma árvore, perto de Altamira, no Pará, e cai, matando 23 pessoas.
Fevereiro de 1990 - Uma aeronave Fokker-27 da TAM que fazia a rota São Paulo-Araçatuba cai em Bauru, causando a morte de três pessoas.
Setembro de 1989 - Um Boeing B737-241 da Varig decola de Marabá, no Pará, erra a rota e faz um pouso forçado na selva Amazônica, matando 14 pessoas e ferindo outras 54. A aeronave só foi localizada dois dias após a queda.
Março de 1989 - Um avião Boeing B707 cargueiro da Transbrasil que fazia a rota Manaus-São Paulo cai numa favela no Jardim Ipanema, a menos de 3 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, deixando 25 mortos e mais de 100 feridos.
Fevereiro de 1989 - Um Boeing B737-300 da Vasp bate na pista no Aeroporto de Cumbica, em São Paulo. Ninguém morreu ou se feriu no acidente.
Dezembro de 1987 - Um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB), cai no mar próximo a Fernando de Noronha, causando a morte de 29 pessoas.
Janeiro de 1986 - Um Boeing B737 da Vasp bate em barranco durante a decolagem no Aeroporto de Cumbica em São Paulo, matando um passageiro.
1984 - Um táxi-aéreo cai pouco depois de levantar vôo do Campo de Marte, atingindo três casas no bairro do Carandiru, em São Paulo, matando sete pessoas.
Junho de 1984 - Um avião Bandeirante da TAM cai em Macaé, no Estado do Rio, causando a morte de 18 pessoas.
Setembro de 1982 - Um Learjet da TAM recebe informações erradas na aterrissagem em Rio Branco, no Acre, e cai, matando 10 pessoas.
Junho de 1982 - Boeing 727-212 da Vasp se choca contra uma montanha da Serra de Aratanha, a 30 quilômetros de Fortaleza, causando a morte de todas as 137 pessoas a bordo.
Junho de 1982 - Queda de avião da companhia Taba, em Tabatinga, no Amazonas, causa a morte de 44 pessoas.
Abril de 1980 - Um Boeing 727-27C da Transbrasil cai durante os preparativos para aterrissagem em Florianópolis, causando a morte de 54 das 58 pessoas a bordo.
VERÃO CHINES,,PIOR VERÃO DA DÉCADA
10/05/2007 - 02h52
China aguarda pior verão em uma década devido à mudança climática
"A situação é urgente. As temperaturas na maior parte das áreas serão mais altas este ano. O número de tufões deve ser maior que o do ano passado", afirmou Zheng Guoguang, diretor do órgão, durante uma reunião de trabalho sobre previsões meteorológicas.
Fortes chuvas afetarão o curso médio do rio Yang Tsé, no centro e sul da China, assim como a região autônoma da Mongólia Interior, no norte do país.
Segundo Zheng, a mudança climática global é a principal causa das probabilidades de maisdesastres naturais este verão.
O Yang Tsé, rio mais longo da Ásia, corre o risco de sofrer inundações de grandes dimensões, assim como o rio Amarelo, que passa pelo centro da Mongólia Interior.
O subdiretor do centro, Xu Xiaofeng, declarou ao jornal "China Daily" que já houve graves danos no noroeste, norte e centro da China no mês passado, quando aconteceu uma repentina queda de temperaturas.
"Estamos na expectativa de emitir advertências sobre potenciaisdesastres climáticos", disse Xu.
O satélite meteorológico FY-2 enviará a partir de 1 de junho fotos sobre as mudanças climáticas a cada 15 minutos. O intervalo atual é de meia hora.
China aguarda pior verão em uma década devido à mudança climática
Pequim, 10 mai (EFE).- Os tufões e inundações que a cada verão arrasam a China, há séculos, serão este ano os piores da última década, devido à mudança climática, alertou a Administração Meteorológica da China.
"A situação é urgente. As temperaturas na maior parte das áreas serão mais altas este ano. O número de tufões deve ser maior que o do ano passado", afirmou Zheng Guoguang, diretor do órgão, durante uma reunião de trabalho sobre previsões meteorológicas.
Fortes chuvas afetarão o curso médio do rio Yang Tsé, no centro e sul da China, assim como a região autônoma da Mongólia Interior, no norte do país.
Segundo Zheng, a mudança climática global é a principal causa das probabilidades de mais
O Yang Tsé, rio mais longo da Ásia, corre o risco de sofrer inundações de grandes dimensões, assim como o rio Amarelo, que passa pelo centro da Mongólia Interior.
O subdiretor do centro, Xu Xiaofeng, declarou ao jornal "China Daily" que já houve graves danos no noroeste, norte e centro da China no mês passado, quando aconteceu uma repentina queda de temperaturas.
"Estamos na expectativa de emitir advertências sobre potenciais
O satélite meteorológico FY-2 enviará a partir de 1 de junho fotos sobre as mudanças climáticas a cada 15 minutos. O intervalo atual é de meia hora.
DESASTRES NO SUL DO PAIS,,NOVA REALIDADE
OS DESASTRES NATURAIS,ESTÃO MAIS FREQUENTES
OS DESASTRES NATURAIS ESTÃO MAIS FREQÜENTES? Assuntos relacionados: * O que está acontecendo com o clima? * Energia mais limpa — cara demais? “Deve-se esperar que acontecimentos extremos causados pela mudança climática tenham conseqüências graves cada vez maiores no futuro. Isso significa que devemos estar preparados para novos tipos de risco climático e possibilidade de perdas maiores. . . . Tendo em conta a importância da prevenção, faríamos bem em nos preparar para mudanças dramáticas.” —“Topics Geo—annual Review: Natural Catastrophes 2003.” Paris, França FRANÇA 2003 Onda de calor no verão da Europa causa 30 mil mortes; a Espanha chega a 44,8°C PARTES da Europa foram assoladas por calor opressivo durante o verão de 2003. As altas temperaturas contribuíram para aproximadamente 30 mil mortes na Bélgica, Espanha, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália e Portugal. Uma onda de calor que antecedeu a monção (estação das chuvas) em Bangladesh, Índia e Paquistão resultou em 1.500 mortes; seca e calor recorde na Austrália desencadearam incêndios florestais que consumiram mais de 3 milhões de hectares. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, “a temporada de furacões de 2003 viu o desenvolvimento de 16 tempestades com força suficiente para serem classificadas por nome, o que está bem acima da média de 9,8 entre 1944 e 1996, mas compatível com o aumento marcante no número anual de sistemas climáticos tropicais que têm ocorrido desde meados dos anos 90”. Essa tendência continuou em 2004, que presenciou furacões devastadores avançarem rapidamente pelo mar do Caribe e pelo golfo do México, onde ceifaram umas 2 mil vidas e deixaram um rastro de destruição. Mulher numa inundação Em 2003, Sri Lanka foi atingido por um ciclone que causou severas enchentes, resultando em pelo menos 250 mortes. Já em 2004, um número sem precedentes de 23 tufões, pelo menos, se formaram no oeste do Pacífico. Dez atingiram o Japão, onde causaram grandes estragos e mais de 170 mortes. As enchentes resultantes de pesadas chuvas de monção afetaram quase 30 milhões de pessoas no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. Milhões ficaram desabrigados, quase 3 milhões tiveram de abandonar suas casas e mais de 1.300 morreram. Vários terremotos fortes ocorreram em 2003. Em 21 de maio, a capital da Argélia, Argel, sofreu um terremoto que deixou 10 mil feridos e 200 mil desabrigados. Às 5h26 do dia 26 de dezembro, a terra tremeu a 8 quilômetros ao sul da cidade de Bam, no Irã. O terremoto de magnitude 6,5 devastou 70% da cidade, deixou mais de 100 mil desabrigados e ceifou 40 mil vidas. Foi o desastre natural que mais danos causou naquele ano. Também reduziu a ruínas a maior parte de uma fortaleza de 2 mil anos, chamada Arg-e-Bam, privando a região de uma atração turística muito importante para a economia local. Exatamente um ano depois, um abalo sísmico de magnitude 9,0 ocorreu não muito longe da costa oeste, no norte de Sumatra, Indonésia, produzindo os tsunamis mais mortais já registrados. As ondas assassinas ceifaram mais de 200 mil vidas e deixaram muitos outros feridos, desabrigados ou ambos. Até mesmo a costa leste da África, a mais de 4.500 quilômetros ao oeste do epicentro, sentiu os efeitos fatais dos tsunamis. Nuvens mais negras no horizonte? Será que esses acontecimentos são uma amostra do que está por vir? A respeito dos desastres relacionados às condições meteorológicas, muitos cientistas acreditam que as mudanças induzidas pelo homem na atmosfera estão alterando o clima do mundo e contribuindo para condições atmosféricas mais extremas. Se for verdade, isso não é um bom sinal para o futuro. Para aumentar ainda mais o risco, um número cada vez maior de pessoas, por escolha própria ou por falta de opção, agora vive em áreas sujeitas a desastres. As estatísticas indicam que 95% de todas as mortes causadas em decorrência de desastres naturais acontecem nos países em desenvolvimento. Nas nações mais ricas, por outro lado, a taxa de mortalidade é mais baixa, mas as perdas econômicas são de 75%. Algumas seguradoras até têm dúvidas sobre se conseguirão sobreviver diante desse drástico aumento das perdas.
Guerra causa vazamento de óleo no Mediterrâneo
Guerra causa vazamento de óleo no Mediterrâneo Oriente Médio, 19 Ago 2006 Além da perda de vidas humanas causadas pelo conflito entre Israel e Líbano, na metade de 2006, outro desastre natural também preocupa no Oriente Médio. Trata-se do bombardeio da estação de força de Jiyyeh, que em julho lançou sobre o Mar Mediterâneo milhares de toneladas de óleo ao longo da costa libanesa. Segundo organizações não governamentais, o vazamento de óleo se iguala ao acidente de 1989, envolvendo o petroleiro Exxon Valdez, cujas imagens de aves recobertas de óleo crú teimam em permanecer na memória. No dia 10 de agosto, a mancha de óleo já chegava a 120 quilômetros de comprimento. A Organização das Nações Unidas, o conselho da União Européia e da Organização Marítima Internacional reuniram-se nesta quinta-feira (17 de agosto) para definir a operação de limpeza da região, seriamente comprometida devido aos conflitos que ocorrem naquela região do globo. Esta imagem MODIS, de resolução moderada, feita pelo satélite de sensoriamento remoto TERRA no dia 15 de agosto, mostra o Líbano, Síria e Mar Mediterrâneo. O óleo, proveniente da companhia de enegia elétrica Jiyyeh Power Station se propaga em direção norte, desde Beirute, capital libanesa. O óleo pode ser visto em tons ligeiramente mais escuros que o azul do oceano. Nuvens brancas e brilhantes salpicam a faixa costeira, enquanto o interior do continente, mais árido, é visto na imagem em cor marrom. Na parte inferior esquerda da imagem ampliada, vemos o norte de Israel, onde se destacam o Lago Tiberíades ou Mar da Galiléia, na fronteira com a Síria e o Rio Jordão, entre Israel e Jordânia.
TEMPESTADE DE POEIRA
Tempestade de poeira sobre a depressão Bodele África Central, 12 Nov 2006 Localizada no Chade, a Depressão Bodele é o ponto mais baixo da África Central e também a maior fonte de tempestades de poeira que atingem a Europa e Oriente Médio. Nesta imagem, captada no dia 9 de novembro de 2006 pelo satélite de sensoriamento remoto Terra, vemos uma dessas tempestades, que parecem tingir com pinceladas beges, o árido fundo, visto em tom bronzeado. Ao sudoeste da tempestade vemos o Lago Chade. Há mais de 5 décadas a falta de chuvas e o aumento da demanda de água para irrigação diminuiram draticamente a área do lago Chade, tornando cada vez mais seca a região da Depressão Bodele. Em 1966 o lago Chade tinha aproximadamente o tamanho do lago Eire, na América do Norte. Hoje sua área está reduzida a apenas 5% desse tamanho.
CRISE DOS AEROPORTOS..SÓ NO BRASIL MESMO...
11/04/2007 - 12h12
Apesar de transtornos, presidente da Anac nega crise aérea no Brasil
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília Apesar da crise nos aeroportos, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, afirmou nesta quarta-feira que não há crise no setor aéreo brasileiro. Ele participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o caos aéreo. "A crise no transporte aéreo está longe de ser uma crise. Nós a superamos a partir de 2004", disse. Zuanazzi afirmou que o setor aéreo vive a maior oferta de assentos na aviação civil já registrada na história do país. Ele usou o argumento para justificar sua visão de que não há crise no setor. Segundo ele, o crescimento da oferta de vôos subiu de 12% em 2004 para 17% este ano. "Essa oferta de demanda, de pessoas voando, é maior que o crescimento da China. As empresas não sentem a crise, pelo contrário, estão em franco investimento", minimizou. O pior episódio da crise ocorreu no dia 30 de março, quando controladores de tráfego aéreo paralisaram as atividades por cerca de cinco horas. O movimento começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e se espalhou para outras regiões do país. No entanto, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos desde o final do ano passado. Infraero Ao contrário de Zuanazzi, o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos), brigadeiro José Carlos Pereira, reconheceu que a crise trouxe transtornos para a população. Ele saiu em defesa da atuação da Infraero durante a paralisação dos transportes aéreos, há duas semanas. No caso específico de Congonhas (zona sul de São Paulo), Pereira disse que as conseqüências teriam sido piores se o governo não tivesse ampliado a capacidade do terminal de passageiros. "Se Congonhas não tivesse sofrido obras de ampliação, teríamos uma crise ainda maior com passageiros nas ruas e sem espaço para serem abrigados." Desde março, o aeroporto, um dos maiores do país, tem as operações suspensas sempre que chove forte, pois a pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento. Aeronáutica Também durante a audiência, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, apresentou aos deputados um modelo do sistema de defesa aérea do país. Saito minimizou também as reclamações dos controladores de tráfego aéreo, que alegam precariedade nas condições de trabalho. Munido de fotos de equipamentos e de salas de controle de vôo, Saito disse que maior preocupação da Aeronáutica é com as condições de trabalho dos controladores. "Temos preocupação com o homem. Se ele tiver moradia e salário digno, terá condições de dar o máximo de si." 12/05/2007 - 15h53 Um milhão de católicos vão a ato contra uniões gays na Itália Cerca de um milhão de católicos ocuparam neste sábado a praça San Giovanni, em Roma, para protestar em defesa da família e contra o projeto do governo do premiê italiano, Romano Prodi, que reconhece os casais homossexuais. Por volta das 14h (11h Brasília), mais de um milhão de católicos se concentravam na praça San Giovanni, diante da Basílica de São João de Latrão, segundo os organizadores do protesto. A multidão era integrada por fiéis de paróquias de toda a Itália, incluindo famílias com crianças, idosos e casais de jovens. Os católicos rejeitam o projeto de lei do governo de centro esquerda que reconhece juridicamente as uniões de fato entre homossexuais, O projeto avança com dificuldade no Parlamento italiano, dividido entre leigos e católicos. Dois ministros do governo Prodi participaram da manifestação, ao lado de representantes dos partidos de direita --entre eles o líder da oposição, o ex-premiê Silvio Berlusconi. "Não sou contra a defesa dos direitos dos casais de fato (...) mas também não defendo a instituição (...) de um matrimônio de segunda classe", disse Berlusconi. "Estamos aqui para defender a família baseada em um marido, uma esposa e em crianças, e não um casal com marido e marido, esposa e esposa", declarou Lucie Basile, 54, dona de casa e mãe de três filhos. A igreja italiana, acusada com freqüência de ingerência da vida política, pediu a seus bispos que se não se manifestem, mas animou sacerdotes e religiosas a se mobilizarem e multiplicar os chamados aos fiéis nas igrejas. A favor A cerca de 3 km da praça San Giovanni, na Praça Navona, milhares de pessoas, incluindo membros da esquerda radical, realizaram uma contramanifestação. "Eu me divorcio do Papa...", "Todas as famílias são iguais", diziam alguns cartazes da contramanifestação. No Brasil, o Papa Bento 16 pediu nesta sexta-feira resistência ao "hedonismo" e convocou os católicos a dizerem não aos meios de comunicação que ridicularizam a santidade do casamento e a virgindade antes do matrimônio. Prodi, um católico praticante, se absteve de tomar partido nos últimos dias, mas neste sábado pediu o fim das "lutas entre guelfos e gibelinos, que arruinaram a Itália durante séculos", em referência às guerras religiosas da Idade Média. Apesar de muito católica, a Itália não resistiu à transformação de seu modelo familiar, com uma forte queda dos casamentos (de 419 mil em 1972 para 250 mil em 2005). As intervenções da Igreja contra as uniões dos homossexuais geraram fortes tensões nas últimas semanas, sobretudo quando a imprensa reproduziu as palavras do novo presidente da Conferência Episcopal italiana, Angelo Bagnasco, que relacionavam implicitamente as uniões civis, o incesto e a pedofilia. Alvo de pichações hostis nas paredes das cidades italianas, Bagnasco recebeu recentemente um envelope com uma bala e uma foto sua com uma suástica. As autoridades decidiram colocá-lo sob proteção policial. 2/05/2007 - 12h40 Conheça os avanços da legislação sobre casais gays no mundo Publicidade da Folha Online Um casal de homossexuais de classe média de Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) obteve na Justiça a guarda provisória de quatro irmãos --três meninas e um menino. A criança menor tem 3 anos e a maior, 10. Os cabeleireiros João, 34, e Paulo, 40, estão juntos há 15 anos. O processo, que deve culminar na adoção das crianças, corre em segredo de Justiça. A adoção de crianças por casais gays é polêmica em várias partes do mundo. Em março, o Reino Unido garantiu a permanência da Lei de Igualdade de Orientação Sexual, proposta pela baronesa conservadora Detta O'Cathain, que estava ameaçada por uma moção contrária. Segundo a nova lei, todas as agências de adoção, inclusive as católicas, serão obrigadas a entregar crianças para adoção a casais homossexuais no país. Acompanhe o desenvolvimento da legislação sobre casais gays desde 1989 --quando a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a aprovar a união civil entre homossexuais-- até hoje: 16 de março de 2007 - O casamento de dois homens marca o início da Lei de Uniões Estáveis do México. A nova Lei de Sociedade de Convivência, aprovada em 16 de dezembro do ano passado, não legaliza os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas 'dá reconhecimento legal a famílias estabelecidas por duas pessoas adultas sem discriminação de sua forma de vida'. 25 de outubro de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova Jersey decidiu por um voto (quatro a favor e três contra) que casais gays poderão realizar uma união civil com direitos constitucionais iguais aos casamentos heterossexuais, mas não define a união gay como casamento. 06 de julho de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova York proíbe o casamento gay, dizendo que a união entre pessoas do mesmo sexo não é permitido sob as leis do Estado, dizendo que uniões deste tipo 'violam' os direitos constitucionais. 20 de abril de 2006 - O Senado da Bélgica aprova o projeto de lei que concede aos casais homossexuais o direito de adotar crianças, depois da aprovação da Câmara dos Deputados em dezembro de 2005. 2 de dezembro de 2005 - A Câmara dos Deputados belga aprova lei que permite a gays adotar crianças. 19 de julho de 2005 - O Senado do Canadá aprova o projeto de lei C-38, que permite o casamento entre casais gays, legalizando a união entre homossexuais em todo o país. 30 de junho de 2005 - A Câmara dos Deputados da Espanha aprova lei que permite o casamento gay e a adoção de crianças por estes casais. 28 de junho de 2005 - O Parlamento do Canadá aprova a legislação que permite casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar da ferrenha oposição de políticos conservadores e grupos religiosos. Para que a lei tenha abrangência federal, é preciso que seja aprovada pelo Senado, o que deve acontecer até o final de julho. 2 de junho de 2005 - Após três votações, uma assembléia na Califórnia (Estados Unidos) rejeita um projeto de lei que permitiria o casamento homossexual no Estado americano mais populoso. 21 de abril de 2005 - O Parlamento da Espanha dá a aprovação inicial que legaliza o casamento gay. O Senado votou contra a proposta e o projeto de lei retorna à Câmara dos Deputados. 20 de abril de 2005 - Uma corte do Connecticut permite a legalização de uniões civis para casais gays, sem a necessidade de aprovação da Justiça. 5 de abril de 2005 - Eleitores do Kansas (EUA) aprovam uma emenda à Constituição do Estado que barra o casamento entre gays. 1º de fevereiro de 2005 - Canadenses divulgam a primeira versão da legislação que permite o casamento gay, depois que as cortes de sete das dez Províncias do país já tinham decidido a favor da união gay. Novembro de 2004 - O Parlamento britânico aprova o Ato de Parceria Civil, que permite a casais do mesmo sexo registrar oficialmente sua união. A nova lei, que concedeu aos gays quase os mesmos direitos civis dos heterossexuais, somente começou a valer a partir de dezembro de 2005. 12 de agosto de 2004 - A Suprema Corte da Califórnia anula mais de 4.000 casamentos gays realizados em San Francisco. 27 de julho de 2004 - Uma corte francesa anula o primeiro casamento gay do país, que aconteceu em 5 de junho de 2004. 10 de junho de 2004 - Uma corte do Estado de Nova York autoriza o casamento entre homossexuais. 17 de maio de 2004 - Os primeiros casais homossexuais se casam legalmente em Massachusetts, tornando-o, na época, o único Estado americano a permitir o casamento gay. Fevereiro de 2004 - O prefeito de San Francisco, Gavin Newson, desafia a lei estadual e suspende uma lei que proibia casamentos gays. Em 2000, Vermont foi o primeiro Estado americano a permitir uniões civis entre gays. Julho de 2003 - Dois argentinos tornam-se o primeiro casal gay da América Latina a usar uma nova lei que permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Junho de 2003 - Uma corte de Ontário (Canadá) abre caminho para o casamento gay na Província, ao declarar inconstitucional a definição de casamento heterossexual. O Reino Unido começa a estudar a possibilidade de permitir aos casais a realização de uma união formal e legal, fazendo um registro de 'união civil'. Na Bélgica, a união civil entre homossexuais passa a ser permitida. Julho de 2002 - A Alemanha permite que casais gays registrem suas uniões junto a autoridades civis. Dezembro de 2000 - A Holanda dá a aprovação final à lei que permite o casamento e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. O governo holandês reconhecia a união civil homossexual desde 1998. Outubro de 1999 - A França garante a todos os casais o direito à união civil, que inclui reformas na cobertura do seguro social e nas leis de transmissão da herança. Março de 1995 - A Corte Constitucional da Hungria derruba uma lei que proíbe o casamento entre gays. Junho de 1994 - O Parlamento da Suécia aprova uma lei que permite a união entre gays, que dá aos casais homossexuais os mesmos direitos garantidos aos heterossexuais. Agosto de 1993 - A Noruega se torna o segundo país do mundo a permitir que gays e lésbicas registrem civilmente a união, fornecendo direitos quase iguais aos que são oferecidos aos casais heterossexuais. Junho de 1989 - A Dinamarca aprova uma lei que permite o registro da união civil a casais homossexuais, abrigando-os na mesma lei heterossexual que define direitos a parceiros em uniões heterossexuais. 11/04/2007 - 20h05 Relatórios mostram falhas no controle aéreo brasileiro Publicidade GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília Relatórios sigilosos recebidos por parlamentares da oposição revelam graves problemas no sistema de controle aéreo brasileiro. Os documentos apontam que aviões sumiram dos radares do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, além da existência de multiplicação de pistas de pouso e mudanças na altitude das aeronaves sem a autorização de torres de comando. Os documentos reforçam o argumento da oposição da necessidade de instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara para investigar a crise que atinge o setor. Segundo o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), os controladores já fizeram chegar outros documentos nas mãos de parlamentares que investigam a crise aérea. Um deles demonstra que os controladores também têm verificado problemas em vôos internacionais que transitam no espaço aéreo brasileiro. "Os relatórios são significativos, recentes. Mas é preciso olhar para eles com atenção. É muito grave o que os controladores vêm afirmando em relação às empresas aéreas brasileiras, o que pode trazer problemas com outros países", disse. A Folha Online teve acesso aos relatórios que foram escritos em papéis timbrados do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes). Em um deles, escrito no dia 27 de fevereiro deste ano, o controlador de tráfego aéreo relata que "todos os dias, em todos os turnos [de trabalho]" aviões mudam de altitude automaticamente. "Informo que, cinco meses após o acidente do vôo GOL 1907, em que um dos fatores foi a mudança de nível de vôo, isso ainda vem ocorrendo", relata o controlador. Em outro relatório, datado de 13 de março deste ano, o controlador reclama que estão ocorrendo "inúmeras multiplicações de alvos" nos radares. O controlador cita os vôos TAM 3141, 3096, 3833, e GOL 1893 e 1693, entre outros, como vítimas de duplicidade no radar. Ele relata no documento todos os vôos e as posições das aeronaves no momento em que apareceram de forma duplicada nos radares. Operação Padrão Em um dos relatórios, o controlador afirma que recebeu a informação de que está proibido realizar operações padrão no tráfego aéreo em vôos internacionais que saiam do Brasil ou cruzem o espaço aéreo nacional. O controlador afirma que recebeu a ordem por fax e, por esse motivo, questiona a determinação. "Fax não é documento formal para modificar ou criar normas na legislação dos serviços de tráfego aéreo", afirma o controlador no relatório. Um documento datado de 8 de fevereiro último mostra o apelo de um controlador para a contratação de novos colegas de trabalho para o período noturno. "Faço saber da necessidade de mais operadores-radar no turno de pernoite, compatíveis em número aos turnos da manhã e da tarde, ao fato da soma da carga horária trabalhada no turno, bem como lembrar que o turno do pernoite ser de 9 horas, menos que os outros dois períodos", afirma. O controlador aponta o Rio de Janeiro como a localidade que mais sofre com a redução de trabalhadores no período noturno. "Sugiro atuações rápidas neste caso. Este relato é mais crítico na região do RJ." Em uma série de documentos repassados à Folha Online, os controladores também apontam falhas no sistema de freqüência para transmissão e recepção do controle de tráfego aéreo. Um dos relatórios mostra falhas no equipamento do Cindacta-1, com falhas na freqüência nas cidades de Três Marias (MG), Varginha (MG) e Gurupi (TO). 1/04/2007 - 10h50 Justiça Militar não investigará oficiais por paralisação em vôos Publicidade SILVANA DE FREITAS da Folha de S.Paulo, em Brasília O IPM (Inquérito Policial Militar) que apura se houve crime na paralisação dos controladores de vôo em 30 de março não tem como alvo a reação dos oficiais que supervisionam essa atividade e que, no dia seguinte, abandonaram os postos. Dois dos quatro membros da Procuradoria da Justiça Militar do Distrito que requisitaram a abertura do IPM disseram à Folha que os objetivos são identificar que crimes foram cometidos pelos controladores e quem foram os responsáveis. "O IPM foi instaurado para apurar o movimento do dia 30 de março", disse o procurador da Justiça Militar Giovanni Rattacaso. "O objetivo é identificar se houve o descumprimento de ordens superiores por parte dos controladores de vôo", afirmou o promotor Jaime de Cássio Miranda. Eles explicaram que, se as apurações indicarem que o caos aéreo também envolveu a prática de crime por parte de brigadeiros, um novo IPM será instaurado, e isso só ocorrerá por iniciativa da procuradora-geral da Justiça Militar, Maria Ester Tavares, ou do próprio Comando da Aeronáutica. Por meio da assessoria de imprensa, ela informou que ainda não há indícios que justificassem a abertura de um IPM em relação aos oficiais. Um dia após o motim dos controladores, o Comando da Aeronáutica orientou os oficiais que supervisionam a atividade a abandonar as salas de controle, segundo os controladores, em reação à forma como Lula conduziu as negociações. Na noite do dia 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizou o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, a dar voz de prisão aos sargentos rebeldes. Nesse caso, os coronéis que supervisionam o controle do tráfego aéreo podem ter só cumprido ordens e a responsabilidade pelo abandono dos postos seria do Alto Comando, de onde partiu a determinação. Pressionado pelos militares, Lula devolveu ao Comando da Aeronáutica a responsabilidade das negociações. O IPM dos controladores de vôo tem prazo inicial de 40 dias e pode ser prorrogado por mais 20 dias. Anteontem, o coronel Eurico Plecat, encarregado do inquérito, tomou o depoimento do comandante do Cindacta-1 (Brasília), coronel Carlos Aquino, como testemunha. A apuração tramita sob sigilo. A expectativa dos promotores é que Plecat verifique a escala de serviço do dia da paralisação, quando 16 profissionais deveriam trabalhar, e a entrada e saída nos portões da sede do Cindacta. Eles acreditam que todos os 70 controladores de vôo suspeitos de participar da paralisação irão depor. Com base no resultado, os promotores decidirão se pedem ou não a abertura de ação penal à Justiça Militar. Se condenados por crime de motim, por exemplo, poderão ser punidos com até oito anos de prisão.
DIREITOS GAYS,,SERA QUE TERÃO UM DIA??
12/05/2007 - 15h53
Um milhão de católicos vão a ato contra uniões gays na Itália
Cerca de um milhão de católicos ocuparam neste sábado a praça San Giovanni, em Roma, para protestar em defesa da família e contra o projeto do governo do premiê italiano, Romano Prodi, que reconhece os casais homossexuais.
Por volta das 14h (11h Brasília), mais de um milhão de católicos se concentravam na praça San Giovanni, diante da Basílica de São João de Latrão, segundo os organizadores do protesto.
A multidão era integrada por fiéis de paróquias de toda a Itália, incluindo famílias com crianças, idosos e casais de jovens.
Os católicos rejeitam o projeto de lei do governo de centro esquerda que reconhece juridicamente as uniões de fato entre homossexuais, O projeto avança com dificuldade no Parlamento italiano, dividido entre leigos e católicos.
Dois ministros do governo Prodi participaram da manifestação, ao lado de representantes dos partidos de direita --entre eles o líder da oposição, o ex-premiê Silvio Berlusconi.
"Não sou contra a defesa dos direitos dos casais de fato (...) mas também não defendo a instituição (...) de um matrimônio de segunda classe", disse Berlusconi.
"Estamos aqui para defender a família baseada em um marido, uma esposa e em crianças, e não um casal com marido e marido, esposa e esposa", declarou Lucie Basile, 54, dona de casa e mãe de três filhos.
A igreja italiana, acusada com freqüência de ingerência da vida política, pediu a seus bispos que se não se manifestem, mas animou sacerdotes e religiosas a se mobilizarem e multiplicar os chamados aos fiéis nas igrejas.
A favor
A cerca de 3 km da praça San Giovanni, na Praça Navona, milhares de pessoas, incluindo membros da esquerda radical, realizaram uma contramanifestação.
"Eu me divorcio do Papa...", "Todas as famílias são iguais", diziam alguns cartazes da contramanifestação.
No Brasil, o Papa Bento 16 pediu nesta sexta-feira resistência ao "hedonismo" e convocou os católicos a dizerem não aos meios de comunicação que ridicularizam a santidade do casamento e a virgindade antes do matrimônio.
Prodi, um católico praticante, se absteve de tomar partido nos últimos dias, mas neste sábado pediu o fim das "lutas entre guelfos e gibelinos, que arruinaram a Itália durante séculos", em referência às guerras religiosas da Idade Média.
Apesar de muito católica, a Itália não resistiu à transformação de seu modelo familiar, com uma forte queda dos casamentos (de 419 mil em 1972 para 250 mil em 2005).
As intervenções da Igreja contra as uniões dos homossexuais geraram fortes tensões nas últimas semanas, sobretudo quando a imprensa reproduziu as palavras do novo presidente da Conferência Episcopal italiana, Angelo Bagnasco, que relacionavam implicitamente as uniões civis, o incesto e a pedofilia.
Alvo de pichações hostis nas paredes das cidades italianas, Bagnasco recebeu recentemente um envelope com uma bala e uma foto sua com uma suástica. As autoridades decidiram colocá-lo sob proteção policial.
2/05/2007 - 12h40
Conheça os avanços da legislação sobre casais gays no mundo
Publicidade
da Folha Online
Um casal de homossexuais de classe média de Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) obteve na Justiça a guarda provisória de quatro irmãos --três meninas e um menino. A criança menor tem 3 anos e a maior, 10.
Os cabeleireiros João, 34, e Paulo, 40, estão juntos há 15 anos. O processo, que deve culminar na adoção das crianças, corre em segredo de Justiça.
A adoção de crianças por casais gays é polêmica em várias partes do mundo. Em março, o Reino Unido garantiu a permanência da Lei de Igualdade de Orientação Sexual, proposta pela baronesa conservadora Detta O'Cathain, que estava ameaçada por uma moção contrária. Segundo a nova lei, todas as agências de adoção, inclusive as católicas, serão obrigadas a entregar crianças para adoção a casais homossexuais no país.
Acompanhe o desenvolvimento da legislação sobre casais gays desde 1989 --quando a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a aprovar a união civil entre homossexuais-- até hoje:
16 de março de 2007 - O casamento de dois homens marca o início da Lei de Uniões Estáveis do México. A nova Lei de Sociedade de Convivência, aprovada em 16 de dezembro do ano passado, não legaliza os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas 'dá reconhecimento legal a famílias estabelecidas por duas pessoas adultas sem discriminação de sua forma de vida'.
25 de outubro de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova Jersey decidiu por um voto (quatro a favor e três contra) que casais gays poderão realizar uma união civil com direitos constitucionais iguais aos casamentos heterossexuais, mas não define a união gay como casamento.
06 de julho de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova York proíbe o casamento gay, dizendo que a união entre pessoas do mesmo sexo não é permitido sob as leis do Estado, dizendo que uniões deste tipo 'violam' os direitos constitucionais.
20 de abril de 2006 - O Senado da Bélgica aprova o projeto de lei que concede aos casais homossexuais o direito de adotar crianças, depois da aprovação da Câmara dos Deputados em dezembro de 2005.
2 de dezembro de 2005 - A Câmara dos Deputados belga aprova lei que permite a gays adotar crianças.
19 de julho de 2005 - O Senado do Canadá aprova o projeto de lei C-38, que permite o casamento entre casais gays, legalizando a união entre homossexuais em todo o país.
30 de junho de 2005 - A Câmara dos Deputados da Espanha aprova lei que permite o casamento gay e a adoção de crianças por estes casais.
28 de junho de 2005 - O Parlamento do Canadá aprova a legislação que permite casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar da ferrenha oposição de políticos conservadores e grupos religiosos. Para que a lei tenha abrangência federal, é preciso que seja aprovada pelo Senado, o que deve acontecer até o final de julho.
2 de junho de 2005 - Após três votações, uma assembléia na Califórnia (Estados Unidos) rejeita um projeto de lei que permitiria o casamento homossexual no Estado americano mais populoso.
21 de abril de 2005 - O Parlamento da Espanha dá a aprovação inicial que legaliza o casamento gay. O Senado votou contra a proposta e o projeto de lei retorna à Câmara dos Deputados.
20 de abril de 2005 - Uma corte do Connecticut permite a legalização de uniões civis para casais gays, sem a necessidade de aprovação da Justiça.
5 de abril de 2005 - Eleitores do Kansas (EUA) aprovam uma emenda à Constituição do Estado que barra o casamento entre gays.
1º de fevereiro de 2005 - Canadenses divulgam a primeira versão da legislação que permite o casamento gay, depois que as cortes de sete das dez Províncias do país já tinham decidido a favor da união gay.
Novembro de 2004 - O Parlamento britânico aprova o Ato de Parceria Civil, que permite a casais do mesmo sexo registrar oficialmente sua união. A nova lei, que concedeu aos gays quase os mesmos direitos civis dos heterossexuais, somente começou a valer a partir de dezembro de 2005.
12 de agosto de 2004 - A Suprema Corte da Califórnia anula mais de 4.000 casamentos gays realizados em San Francisco.
27 de julho de 2004 - Uma corte francesa anula o primeiro casamento gay do país, que aconteceu em 5 de junho de 2004.
10 de junho de 2004 - Uma corte do Estado de Nova York autoriza o casamento entre homossexuais.
17 de maio de 2004 - Os primeiros casais homossexuais se casam legalmente em Massachusetts, tornando-o, na época, o único Estado americano a permitir o casamento gay.
Fevereiro de 2004 - O prefeito de San Francisco, Gavin Newson, desafia a lei estadual e suspende uma lei que proibia casamentos gays. Em 2000, Vermont foi o primeiro Estado americano a permitir uniões civis entre gays.
Julho de 2003 - Dois argentinos tornam-se o primeiro casal gay da América Latina a usar uma nova lei que permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Junho de 2003 - Uma corte de Ontário (Canadá) abre caminho para o casamento gay na Província, ao declarar inconstitucional a definição de casamento heterossexual.
O Reino Unido começa a estudar a possibilidade de permitir aos casais a realização de uma união formal e legal, fazendo um registro de 'união civil'.
Na Bélgica, a união civil entre homossexuais passa a ser permitida.
Julho de 2002 - A Alemanha permite que casais gays registrem suas uniões junto a autoridades civis.
Dezembro de 2000 - A Holanda dá a aprovação final à lei que permite o casamento e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. O governo holandês reconhecia a união civil homossexual desde 1998.
Outubro de 1999 - A França garante a todos os casais o direito à união civil, que inclui reformas na cobertura do seguro social e nas leis de transmissão da herança.
Março de 1995 - A Corte Constitucional da Hungria derruba uma lei que proíbe o casamento entre gays.
Junho de 1994 - O Parlamento da Suécia aprova uma lei que permite a união entre gays, que dá aos casais homossexuais os mesmos direitos garantidos aos heterossexuais.
Agosto de 1993 - A Noruega se torna o segundo país do mundo a permitir que gays e lésbicas registrem civilmente a união, fornecendo direitos quase iguais aos que são oferecidos aos casais heterossexuais.
Junho de 1989 - A Dinamarca aprova uma lei que permite o registro da união civil a casais homossexuais, abrigando-os na mesma lei heterossexual que define direitos a parceiros em uniões heterossexuais.
Um milhão de católicos vão a ato contra uniões gays na Itália
Cerca de um milhão de católicos ocuparam neste sábado a praça San Giovanni, em Roma, para protestar em defesa da família e contra o projeto do governo do premiê italiano, Romano Prodi, que reconhece os casais homossexuais.
Por volta das 14h (11h Brasília), mais de um milhão de católicos se concentravam na praça San Giovanni, diante da Basílica de São João de Latrão, segundo os organizadores do protesto.
A multidão era integrada por fiéis de paróquias de toda a Itália, incluindo famílias com crianças, idosos e casais de jovens.
Os católicos rejeitam o projeto de lei do governo de centro esquerda que reconhece juridicamente as uniões de fato entre homossexuais, O projeto avança com dificuldade no Parlamento italiano, dividido entre leigos e católicos.
Dois ministros do governo Prodi participaram da manifestação, ao lado de representantes dos partidos de direita --entre eles o líder da oposição, o ex-premiê Silvio Berlusconi.
"Não sou contra a defesa dos direitos dos casais de fato (...) mas também não defendo a instituição (...) de um matrimônio de segunda classe", disse Berlusconi.
"Estamos aqui para defender a família baseada em um marido, uma esposa e em crianças, e não um casal com marido e marido, esposa e esposa", declarou Lucie Basile, 54, dona de casa e mãe de três filhos.
A igreja italiana, acusada com freqüência de ingerência da vida política, pediu a seus bispos que se não se manifestem, mas animou sacerdotes e religiosas a se mobilizarem e multiplicar os chamados aos fiéis nas igrejas.
A favor
A cerca de 3 km da praça San Giovanni, na Praça Navona, milhares de pessoas, incluindo membros da esquerda radical, realizaram uma contramanifestação.
"Eu me divorcio do Papa...", "Todas as famílias são iguais", diziam alguns cartazes da contramanifestação.
No Brasil, o Papa Bento 16 pediu nesta sexta-feira resistência ao "hedonismo" e convocou os católicos a dizerem não aos meios de comunicação que ridicularizam a santidade do casamento e a virgindade antes do matrimônio.
Prodi, um católico praticante, se absteve de tomar partido nos últimos dias, mas neste sábado pediu o fim das "lutas entre guelfos e gibelinos, que arruinaram a Itália durante séculos", em referência às guerras religiosas da Idade Média.
Apesar de muito católica, a Itália não resistiu à transformação de seu modelo familiar, com uma forte queda dos casamentos (de 419 mil em 1972 para 250 mil em 2005).
As intervenções da Igreja contra as uniões dos homossexuais geraram fortes tensões nas últimas semanas, sobretudo quando a imprensa reproduziu as palavras do novo presidente da Conferência Episcopal italiana, Angelo Bagnasco, que relacionavam implicitamente as uniões civis, o incesto e a pedofilia.
Alvo de pichações hostis nas paredes das cidades italianas, Bagnasco recebeu recentemente um envelope com uma bala e uma foto sua com uma suástica. As autoridades decidiram colocá-lo sob proteção policial.
2/05/2007 - 12h40
Conheça os avanços da legislação sobre casais gays no mundo
Publicidade
da Folha Online
Um casal de homossexuais de classe média de Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) obteve na Justiça a guarda provisória de quatro irmãos --três meninas e um menino. A criança menor tem 3 anos e a maior, 10.
Os cabeleireiros João, 34, e Paulo, 40, estão juntos há 15 anos. O processo, que deve culminar na adoção das crianças, corre em segredo de Justiça.
A adoção de crianças por casais gays é polêmica em várias partes do mundo. Em março, o Reino Unido garantiu a permanência da Lei de Igualdade de Orientação Sexual, proposta pela baronesa conservadora Detta O'Cathain, que estava ameaçada por uma moção contrária. Segundo a nova lei, todas as agências de adoção, inclusive as católicas, serão obrigadas a entregar crianças para adoção a casais homossexuais no país.
Acompanhe o desenvolvimento da legislação sobre casais gays desde 1989 --quando a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a aprovar a união civil entre homossexuais-- até hoje:
16 de março de 2007 - O casamento de dois homens marca o início da Lei de Uniões Estáveis do México. A nova Lei de Sociedade de Convivência, aprovada em 16 de dezembro do ano passado, não legaliza os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas 'dá reconhecimento legal a famílias estabelecidas por duas pessoas adultas sem discriminação de sua forma de vida'.
25 de outubro de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova Jersey decidiu por um voto (quatro a favor e três contra) que casais gays poderão realizar uma união civil com direitos constitucionais iguais aos casamentos heterossexuais, mas não define a união gay como casamento.
06 de julho de 2006 - A Suprema Corte do Estado de Nova York proíbe o casamento gay, dizendo que a união entre pessoas do mesmo sexo não é permitido sob as leis do Estado, dizendo que uniões deste tipo 'violam' os direitos constitucionais.
20 de abril de 2006 - O Senado da Bélgica aprova o projeto de lei que concede aos casais homossexuais o direito de adotar crianças, depois da aprovação da Câmara dos Deputados em dezembro de 2005.
2 de dezembro de 2005 - A Câmara dos Deputados belga aprova lei que permite a gays adotar crianças.
19 de julho de 2005 - O Senado do Canadá aprova o projeto de lei C-38, que permite o casamento entre casais gays, legalizando a união entre homossexuais em todo o país.
30 de junho de 2005 - A Câmara dos Deputados da Espanha aprova lei que permite o casamento gay e a adoção de crianças por estes casais.
28 de junho de 2005 - O Parlamento do Canadá aprova a legislação que permite casamento entre pessoas do mesmo sexo, apesar da ferrenha oposição de políticos conservadores e grupos religiosos. Para que a lei tenha abrangência federal, é preciso que seja aprovada pelo Senado, o que deve acontecer até o final de julho.
2 de junho de 2005 - Após três votações, uma assembléia na Califórnia (Estados Unidos) rejeita um projeto de lei que permitiria o casamento homossexual no Estado americano mais populoso.
21 de abril de 2005 - O Parlamento da Espanha dá a aprovação inicial que legaliza o casamento gay. O Senado votou contra a proposta e o projeto de lei retorna à Câmara dos Deputados.
20 de abril de 2005 - Uma corte do Connecticut permite a legalização de uniões civis para casais gays, sem a necessidade de aprovação da Justiça.
5 de abril de 2005 - Eleitores do Kansas (EUA) aprovam uma emenda à Constituição do Estado que barra o casamento entre gays.
1º de fevereiro de 2005 - Canadenses divulgam a primeira versão da legislação que permite o casamento gay, depois que as cortes de sete das dez Províncias do país já tinham decidido a favor da união gay.
Novembro de 2004 - O Parlamento britânico aprova o Ato de Parceria Civil, que permite a casais do mesmo sexo registrar oficialmente sua união. A nova lei, que concedeu aos gays quase os mesmos direitos civis dos heterossexuais, somente começou a valer a partir de dezembro de 2005.
12 de agosto de 2004 - A Suprema Corte da Califórnia anula mais de 4.000 casamentos gays realizados em San Francisco.
27 de julho de 2004 - Uma corte francesa anula o primeiro casamento gay do país, que aconteceu em 5 de junho de 2004.
10 de junho de 2004 - Uma corte do Estado de Nova York autoriza o casamento entre homossexuais.
17 de maio de 2004 - Os primeiros casais homossexuais se casam legalmente em Massachusetts, tornando-o, na época, o único Estado americano a permitir o casamento gay.
Fevereiro de 2004 - O prefeito de San Francisco, Gavin Newson, desafia a lei estadual e suspende uma lei que proibia casamentos gays. Em 2000, Vermont foi o primeiro Estado americano a permitir uniões civis entre gays.
Julho de 2003 - Dois argentinos tornam-se o primeiro casal gay da América Latina a usar uma nova lei que permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Junho de 2003 - Uma corte de Ontário (Canadá) abre caminho para o casamento gay na Província, ao declarar inconstitucional a definição de casamento heterossexual.
O Reino Unido começa a estudar a possibilidade de permitir aos casais a realização de uma união formal e legal, fazendo um registro de 'união civil'.
Na Bélgica, a união civil entre homossexuais passa a ser permitida.
Julho de 2002 - A Alemanha permite que casais gays registrem suas uniões junto a autoridades civis.
Dezembro de 2000 - A Holanda dá a aprovação final à lei que permite o casamento e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. O governo holandês reconhecia a união civil homossexual desde 1998.
Outubro de 1999 - A França garante a todos os casais o direito à união civil, que inclui reformas na cobertura do seguro social e nas leis de transmissão da herança.
Março de 1995 - A Corte Constitucional da Hungria derruba uma lei que proíbe o casamento entre gays.
Junho de 1994 - O Parlamento da Suécia aprova uma lei que permite a união entre gays, que dá aos casais homossexuais os mesmos direitos garantidos aos heterossexuais.
Agosto de 1993 - A Noruega se torna o segundo país do mundo a permitir que gays e lésbicas registrem civilmente a união, fornecendo direitos quase iguais aos que são oferecidos aos casais heterossexuais.
Junho de 1989 - A Dinamarca aprova uma lei que permite o registro da união civil a casais homossexuais, abrigando-os na mesma lei heterossexual que define direitos a parceiros em uniões heterossexuais.
GAY E FAMILIA
12/05/2007 - 09h48
Casal gay obtém guarda provisória de 4 irmãos em Ribeirão Preto
Um casal de homossexuais de classe média de Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) obteve na Justiça a guarda provisória de quatro irmãos --três meninas e um menino. A criança menor tem 3 anos e a maior, 10.
Os cabeleireiros João, 34, e Paulo, 40, estão juntos há 15 anos. O processo, que deve culminar na adoção das crianças, corre em segredo de Justiça. Os quatro irmãos de Ribeirão são filhos de uma dependente de drogas, que perdeu a guarda. Eles estavam em um abrigo de menores. As crianças passaram o primeiro Natal na casa dos pais adotivos e duas das meninas tiveram sua primeira festa de aniversário neste ano.
João e Paulo, que já criaram dois filhos naturais de Paulo, disseram que a adoção melhorou o relacionamento deles. "Completou a nossa família. É como se tivessem feito DNA de alma, de tanto amor que tem entre a gente", disse João. A decisão de adotar foi tomada após os filhos de Paulo ficarem adultos e saírem de casa --a menina casou e o rapaz foi morar com a mãe. "Eu queria que alguém me chamasse de pai e para isso não precisava ser meu filho biológico. Quando começaram a mostrar que casal de homossexuais estava adotando fiquei desesperado porque eu poderia realizar meu sonho", afirmou João.
O casal queria duas crianças. Foi, então, chamado ao Fórum pelo juiz, que lhes falou sobre os quatro irmãos à espera de adoção. "Então, eu pensei: quem cuida de dois, três pode cuidar de quatro", disse Paulo.
Para receber as crianças em casa, a primeira providência do casal foi comprar um carro maior para as quatro sentarem no banco de trás. Uma babá que tem disponibilidade para ficar o dia inteiro na chácara em que o casal mora foi contratada para cuidar dos irmãos.
Segundo o casal, a experiência está valendo a pena, apesar das mudanças provocadas na rotina diária. "Estamos muito felizes, principalmente porque a mais velha nos disse que o sonho dela era ter amor e uma família e que isto ela conseguiu agora", afirmou João.
Os irmãos chamam os dois de pai e na comemoração do Dia das Mães, amanhã, quem vai receber um presente é a babá.
"Ela merece porque ajuda muito a gente. Deus colocou tudo na hora certa na nossa vida", afirmou Paulo.
Provável adoção
O juiz Paulo César Gentile, da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto, disse que a tendência é que a guarda provisória dos quatro irmãos dada ao casal de homossexuais em dezembro do ano passado evolua para a adoção.
"Sabemos que as crianças estão felizes e tudo corre em harmonia", disse o juiz.
A guarda provisória é feita inicialmente para regularizar a convivência entre a família que acolhe e as crianças e não cria vínculo de parentesco. Ele afirmou que, desde que o casal candidato tenha condição financeira de cuidar das crianças, o juiz não avalia se eles são homossexuais ou heterossexuais.
"Qualquer acolhimento sob forma de guarda, adoção ou tutela é um gesto de fraternidade. A lei determina que quem vai acolher a criança ou adolescente tem que ter condições adequadas e aptidão para isto e qualquer consideração que passe pela opção sexual da pessoa é preconceito."
Casal gay obtém guarda provisória de 4 irmãos em Ribeirão Preto
Um casal de homossexuais de classe média de Ribeirão Preto (314 km a norte de SP) obteve na Justiça a guarda provisória de quatro irmãos --três meninas e um menino. A criança menor tem 3 anos e a maior, 10.
Os cabeleireiros João, 34, e Paulo, 40, estão juntos há 15 anos. O processo, que deve culminar na adoção das crianças, corre em segredo de Justiça. Os quatro irmãos de Ribeirão são filhos de uma dependente de drogas, que perdeu a guarda. Eles estavam em um abrigo de menores. As crianças passaram o primeiro Natal na casa dos pais adotivos e duas das meninas tiveram sua primeira festa de aniversário neste ano.
João e Paulo, que já criaram dois filhos naturais de Paulo, disseram que a adoção melhorou o relacionamento deles. "Completou a nossa família. É como se tivessem feito DNA de alma, de tanto amor que tem entre a gente", disse João. A decisão de adotar foi tomada após os filhos de Paulo ficarem adultos e saírem de casa --a menina casou e o rapaz foi morar com a mãe. "Eu queria que alguém me chamasse de pai e para isso não precisava ser meu filho biológico. Quando começaram a mostrar que casal de homossexuais estava adotando fiquei desesperado porque eu poderia realizar meu sonho", afirmou João.
O casal queria duas crianças. Foi, então, chamado ao Fórum pelo juiz, que lhes falou sobre os quatro irmãos à espera de adoção. "Então, eu pensei: quem cuida de dois, três pode cuidar de quatro", disse Paulo.
Para receber as crianças em casa, a primeira providência do casal foi comprar um carro maior para as quatro sentarem no banco de trás. Uma babá que tem disponibilidade para ficar o dia inteiro na chácara em que o casal mora foi contratada para cuidar dos irmãos.
Segundo o casal, a experiência está valendo a pena, apesar das mudanças provocadas na rotina diária. "Estamos muito felizes, principalmente porque a mais velha nos disse que o sonho dela era ter amor e uma família e que isto ela conseguiu agora", afirmou João.
Os irmãos chamam os dois de pai e na comemoração do Dia das Mães, amanhã, quem vai receber um presente é a babá.
"Ela merece porque ajuda muito a gente. Deus colocou tudo na hora certa na nossa vida", afirmou Paulo.
Provável adoção
O juiz Paulo César Gentile, da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto, disse que a tendência é que a guarda provisória dos quatro irmãos dada ao casal de homossexuais em dezembro do ano passado evolua para a adoção.
"Sabemos que as crianças estão felizes e tudo corre em harmonia", disse o juiz.
A guarda provisória é feita inicialmente para regularizar a convivência entre a família que acolhe e as crianças e não cria vínculo de parentesco. Ele afirmou que, desde que o casal candidato tenha condição financeira de cuidar das crianças, o juiz não avalia se eles são homossexuais ou heterossexuais.
"Qualquer acolhimento sob forma de guarda, adoção ou tutela é um gesto de fraternidade. A lei determina que quem vai acolher a criança ou adolescente tem que ter condições adequadas e aptidão para isto e qualquer consideração que passe pela opção sexual da pessoa é preconceito."
OQUE É ISLAMISMO ??
3/12/2006 - 10h55
"O islã" explica origens e preceitos do islamismo
O número de católicos e muçulmanos no mundo está quase em empate. Isso, de acordo com dados do Vaticano, que pesquisou os números em 2005. Na Europa, o Islã é uma das religiões do dia-a-dia de um grande número de imigrantes e convertidos, ao mesmo tempo a expansão da religião vem acompanhada de dúvidas e sofre com preconceitos e estigmas. Para compreender o mundo hoje, é necessário entender o islamismo.
Divulgação
Livro discute o tema a partir de questões atuais, como globalização
Livro discute o tema a partir de questões atuais, como globalização
O "O Islã", da série Folha Explica esclarece de forma sintética as origens e do islamismo, suas fontes sagradas, seus profetas e suas divisões ao longo da história. Escrito por Paulo Daniel Farah, o volume discute também os conflitos atuais e dedica um capítulo à presença muçulmana no Brasil. Leia a seguir a introdução do livro.
Farah é professor doutor para graduação e pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Escreveu também "Glossário de Termos Islâmicos" e "ABC do Mundo Árabe", entre outras obras.
Viveu no Oriente Médio e na África durante vários anos e dirige o Centro de Estudos Árabes da USP e o Centro de Pesquisa América do Sul / Países Árabes, do qual participam acadêmicos de 34 países.
"Folha Explica o Islã"
Autor: Paulo Daniel Farah
Editora: Publifolha
Páginas: 112
Quanto: R$ 17,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo televendas 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
Confira o capítulo de "Folha Explica O Islã":
No dia 11 de setembro de 2001, três aviões norte-americanos mudaram o rumo da história. Os atentados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington, provocaram a morte de aproximadamente 3.700 pessoas e reforçaram o cerco de preconceitos e mal-entendidos em torno da segunda maior religião do mundo: o Islã.
Todos os países muçulmanos e seus principais líderes religiosos condenaram as ações terroristas. "Matar homens, mulheres e crianças inocentes é um ato horrível que nenhuma religião monoteísta aprova e que é rejeitado por todo espírito humano são", afirmou o xeque Muhammad Sayyd Tantawi, da Universidade de Al Azhar (fundada no século 10, no Egito), a mais prestigiosa instituição teológica sunita.
Apesar disso, o saudita Ussama bin Laden, acusado de orquestrar os ataques, e defensores da confusa e frágil teoria do "choque de civilizações" anunciaram tratar-se de um embate entre o Islã e o Ocidente, como se fosse possível reduzir conceitos complexos --e, por isso, temas de divergências-- a dois campos excludentes. As tentativas de polarizar o conflito logo renderam resultados. O discurso maniqueísta do presidente George W. Bush, que anunciou uma "luta do bem contra o mal", a aprovação em Washington de leis que permitem a detenção de estrangeiros com base em critérios puramente étnicos ou religiosos e as declarações do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, sobre a "superioridade da civilização ocidental" serviram de pretexto para ações de xenofobia e intolerância religiosa.
Nos Estados Unidos, estrangeiros confundidos com muçulmanos foram assassinados porque tinham feições árabes ou usavam turbante --entre eles, um indiano sikh e um egípcio copta (cristão). A ignorância sobre o islamismo nesse caso foi fatal. Vinte e cinco dias após os atentados, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas já registrava 1.500 atos de hostilidade contra muçulmanos. As vítimas islâmicas dos atentados à Costa Leste norte-americana --entre 600 e 1.400, segundo estimativas-- praticamente não foram citadas. Rahma Salie, de 28 anos, grávida de sete meses, estava no vôo da American Airlines que ia de Los Angeles a Boston no dia 11. Salie morreu no atentado, e o FBI --a polícia federal dos EUA - incluiu seu nome, que soa islâmico, numa "lista de observação" de pessoas com possíveis conexões terroristas. Mais tarde, ela foi retirada da listagem, mas não antes de que vários de seus parentes tivessem sido impedidos de tomar um avião quando tentavam viajar para Boston a fim de participar das cerimônias fúnebres.
Questionado por um jornalista norte-americano sobre como se sentia ao compartilhar da religião dos terroristas que atacaram o World Trade Center, o pugilista Muhammad Ali - nome adotado por Cassius Marcelus Clay após sua conversão - respondeu: "E você, como se sente professando a mesma fé que Hitler?"
Generalizações indevidas caracterizam, na maior parte das vezes, a visão que o Ocidente tem do islamismo; e vice-versa. Supostos especialistas, que nunca estiveram nas sociedades que analisam nem jamais abriram o Alcorão, contribuem para uma interpretação quase sempre enviesada dos vários mundos muçulmanos. Quem foi a dois ou três países dessa órbita compreende que eles são bastante diversos.
O Islã não é um bloco monolítico, nem muito menos estanque. Religião predominante no Oriente Médio e em vastas porções da África e da Ásia, reúne hoje cerca de 1,3 bilhão de pessoas, de diferentes origens étnicas, culturais e sociais. São árabes, iranianos, afegãos, paquistaneses, turcos, chineses, indonésios (89% dos 204 milhões de habitantes do maior país muçulmano), africanos, europeus e americanos. Participam da Organização da Conferência Islâmica, que pretende "assegurar o progresso e o bem-estar de todos os muçulmanos do mundo", 56 Estados 1. A presença dos muçulmanos se faz notar cada vez mais na Europa, onde são por volta de 15 milhões, sobretudo na França (5 milhões). Nos Estados Unidos, com seus 7 milhões de muçulmanos, o Pentágono permite aos soldados jejuar no mês sagrado do Ramadã, libera os praticantes para rezar as cinco orações diárias e põe à disposição alimentos em concordância com os preceitos islâmicos.
No Brasil, muçulmanos organizaram o principal levante urbano contra a escravidão na América --a Revolta dos Malês, em 1835. Atualmente, o país possui cerca de 1,5 milhão de adeptos, muitos sem ascendência árabe.
A palavra "islamismo", ou "Islã", vem de Islam, que significa "submissão [a Deus]". A raiz (slm, em árabe) é a mesma que originou "muçulmano" (de muslim, "aquele que se submete a Deus") e salâm ("paz"). A doutrina islâmica se baseia no livro sagrado Alcorão e nos atos, ditos e ensinamentos de Muhammad 2, considerado o último mensageiro enviado por Deus. Os muçulmanos acreditam nos profetas anteriores a ele, inclusive Jesus Cristo. O islamismo não nega o judaísmo nem o cristianismo, mas se considera a religião que completa as mensagens anteriores e sela o período das profecias numa síntese final.
Os muçulmanos crêem num único Deus (Allah, termo usado também por árabes cristãos), onipotente, que criou a natureza por meio de um ato de misericórdia. Consciente da debilidade moral da humanidade, Deus enviou profetas à Terra. Adão foi o primeiro e recebeu o perdão divino --o islamismo não aceita a doutrina do pecado original.
A visão que países como França, Reino Unido e, mais recentemente, Estados Unidos apresentam do Oriente Médio --berço do Islã - muitas vezes visa referendar práticas político-econômicas de cunho colonialista. Conceitos difundidos por orientalistas, como "mentalidade árabe" e "caráter tipicamente islâmico", por exemplo, são fruto de ignorância, ingenuidade ou má-fé deliberada, além de um complexo de superioridade que está no cerne de historiografias infelizes. Essa mistificação também serve de base, com freqüência, para intervenções militares que poderiam ser evitadas com uma análise mais profunda.
A absoluta maioria das escolas da Europa e da América - Brasil incluso - não dedica nem sequer uma aula ao Islã. Quando o presidente George W. Bush deu um rosto árabe e islâmico ao terrorismo, ao incluir exclusivamente muçulmanos em sua lista de "procurados", e anunciou uma nova "cruzada", reproduziu o que Hollywood mostrava bem antes do trágico 11 de setembro. Em filmes norte-americanos como Nova York Sitiada (The Siege, em que a comunidade árabe da cidade é aprisionada em campos de concentração para evitar atentados) e centenas de outros, os muçulmanos são retratados como seres irracionais que precisam ser domesticados e podem ser facilmente exterminados.
É fato que alguns países de maioria islâmica possuem grupos extremistas, em geral com uma motivação de fundo político, especialmente a ocupação israelense de territórios palestinos, que "inspira" movimentos no mundo inteiro. Basta, porém, espelhar-se no multiculturalismo que floresceu na península Ibérica durante os quase nove séculos de influência árabe e muçulmana (a partir de 711), entre outros exemplos, para compreender que tolerância e islamismo são compatíveis.
O fundamentalismo, conceito surgido entre protestantes norte-americanos (em algumas cidades do sul dos EUA, o ensino do darwinismo ainda é proibido), e o extremismo não são exclusividade de muçulmanos. Envolvem também cristãos, judeus, hindus e budistas.
A Europa e os Estados Unidos podem optar por uma permanente paz armada, sob a égide da "justiça infinita" preconizada por Bush e da inevitável ressuscitação da Guerra Fria, ou por uma revisão completa das relações com os muçulmanos que priorize o co-desenvolvimento econômico, o respeito aos direitos humanos e a liberdade de expressão. Não se pode permitir que a globalização, a geopolítica ou o petróleo passem por cima desses pré-requisitos. Oxalá prevaleça o dito atribuído a Muhammad: "a tinta do sábio vale mais que o sangue do mártir".
Nesse sentido, esta obra se propõe a lançar luz sobre as origens do islamismo, suas fontes sagradas, profetas e divisões políticas. Os avanços científicos e culturais que acompanharam sua evolução histórica, os conflitos atuais, inclusive a questão palestina e a crise no Afeganistão, além da presença muçulmana no Brasil, explicam-se em capítulos específicos. A intenção é despertar o interesse do leitor, como um primeiro passo para compreender o Islã e evitar discriminações, não críticas.
"O islã" explica origens e preceitos do islamismo
O número de católicos e muçulmanos no mundo está quase em empate. Isso, de acordo com dados do Vaticano, que pesquisou os números em 2005. Na Europa, o Islã é uma das religiões do dia-a-dia de um grande número de imigrantes e convertidos, ao mesmo tempo a expansão da religião vem acompanhada de dúvidas e sofre com preconceitos e estigmas. Para compreender o mundo hoje, é necessário entender o islamismo.
Divulgação
Livro discute o tema a partir de questões atuais, como globalização
Livro discute o tema a partir de questões atuais, como globalização
O "O Islã", da série Folha Explica esclarece de forma sintética as origens e do islamismo, suas fontes sagradas, seus profetas e suas divisões ao longo da história. Escrito por Paulo Daniel Farah, o volume discute também os conflitos atuais e dedica um capítulo à presença muçulmana no Brasil. Leia a seguir a introdução do livro.
Farah é professor doutor para graduação e pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Escreveu também "Glossário de Termos Islâmicos" e "ABC do Mundo Árabe", entre outras obras.
Viveu no Oriente Médio e na África durante vários anos e dirige o Centro de Estudos Árabes da USP e o Centro de Pesquisa América do Sul / Países Árabes, do qual participam acadêmicos de 34 países.
"Folha Explica o Islã"
Autor: Paulo Daniel Farah
Editora: Publifolha
Páginas: 112
Quanto: R$ 17,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo televendas 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
Confira o capítulo de "Folha Explica O Islã":
No dia 11 de setembro de 2001, três aviões norte-americanos mudaram o rumo da história. Os atentados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington, provocaram a morte de aproximadamente 3.700 pessoas e reforçaram o cerco de preconceitos e mal-entendidos em torno da segunda maior religião do mundo: o Islã.
Todos os países muçulmanos e seus principais líderes religiosos condenaram as ações terroristas. "Matar homens, mulheres e crianças inocentes é um ato horrível que nenhuma religião monoteísta aprova e que é rejeitado por todo espírito humano são", afirmou o xeque Muhammad Sayyd Tantawi, da Universidade de Al Azhar (fundada no século 10, no Egito), a mais prestigiosa instituição teológica sunita.
Apesar disso, o saudita Ussama bin Laden, acusado de orquestrar os ataques, e defensores da confusa e frágil teoria do "choque de civilizações" anunciaram tratar-se de um embate entre o Islã e o Ocidente, como se fosse possível reduzir conceitos complexos --e, por isso, temas de divergências-- a dois campos excludentes. As tentativas de polarizar o conflito logo renderam resultados. O discurso maniqueísta do presidente George W. Bush, que anunciou uma "luta do bem contra o mal", a aprovação em Washington de leis que permitem a detenção de estrangeiros com base em critérios puramente étnicos ou religiosos e as declarações do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, sobre a "superioridade da civilização ocidental" serviram de pretexto para ações de xenofobia e intolerância religiosa.
Nos Estados Unidos, estrangeiros confundidos com muçulmanos foram assassinados porque tinham feições árabes ou usavam turbante --entre eles, um indiano sikh e um egípcio copta (cristão). A ignorância sobre o islamismo nesse caso foi fatal. Vinte e cinco dias após os atentados, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas já registrava 1.500 atos de hostilidade contra muçulmanos. As vítimas islâmicas dos atentados à Costa Leste norte-americana --entre 600 e 1.400, segundo estimativas-- praticamente não foram citadas. Rahma Salie, de 28 anos, grávida de sete meses, estava no vôo da American Airlines que ia de Los Angeles a Boston no dia 11. Salie morreu no atentado, e o FBI --a polícia federal dos EUA - incluiu seu nome, que soa islâmico, numa "lista de observação" de pessoas com possíveis conexões terroristas. Mais tarde, ela foi retirada da listagem, mas não antes de que vários de seus parentes tivessem sido impedidos de tomar um avião quando tentavam viajar para Boston a fim de participar das cerimônias fúnebres.
Questionado por um jornalista norte-americano sobre como se sentia ao compartilhar da religião dos terroristas que atacaram o World Trade Center, o pugilista Muhammad Ali - nome adotado por Cassius Marcelus Clay após sua conversão - respondeu: "E você, como se sente professando a mesma fé que Hitler?"
Generalizações indevidas caracterizam, na maior parte das vezes, a visão que o Ocidente tem do islamismo; e vice-versa. Supostos especialistas, que nunca estiveram nas sociedades que analisam nem jamais abriram o Alcorão, contribuem para uma interpretação quase sempre enviesada dos vários mundos muçulmanos. Quem foi a dois ou três países dessa órbita compreende que eles são bastante diversos.
O Islã não é um bloco monolítico, nem muito menos estanque. Religião predominante no Oriente Médio e em vastas porções da África e da Ásia, reúne hoje cerca de 1,3 bilhão de pessoas, de diferentes origens étnicas, culturais e sociais. São árabes, iranianos, afegãos, paquistaneses, turcos, chineses, indonésios (89% dos 204 milhões de habitantes do maior país muçulmano), africanos, europeus e americanos. Participam da Organização da Conferência Islâmica, que pretende "assegurar o progresso e o bem-estar de todos os muçulmanos do mundo", 56 Estados 1. A presença dos muçulmanos se faz notar cada vez mais na Europa, onde são por volta de 15 milhões, sobretudo na França (5 milhões). Nos Estados Unidos, com seus 7 milhões de muçulmanos, o Pentágono permite aos soldados jejuar no mês sagrado do Ramadã, libera os praticantes para rezar as cinco orações diárias e põe à disposição alimentos em concordância com os preceitos islâmicos.
No Brasil, muçulmanos organizaram o principal levante urbano contra a escravidão na América --a Revolta dos Malês, em 1835. Atualmente, o país possui cerca de 1,5 milhão de adeptos, muitos sem ascendência árabe.
A palavra "islamismo", ou "Islã", vem de Islam, que significa "submissão [a Deus]". A raiz (slm, em árabe) é a mesma que originou "muçulmano" (de muslim, "aquele que se submete a Deus") e salâm ("paz"). A doutrina islâmica se baseia no livro sagrado Alcorão e nos atos, ditos e ensinamentos de Muhammad 2, considerado o último mensageiro enviado por Deus. Os muçulmanos acreditam nos profetas anteriores a ele, inclusive Jesus Cristo. O islamismo não nega o judaísmo nem o cristianismo, mas se considera a religião que completa as mensagens anteriores e sela o período das profecias numa síntese final.
Os muçulmanos crêem num único Deus (Allah, termo usado também por árabes cristãos), onipotente, que criou a natureza por meio de um ato de misericórdia. Consciente da debilidade moral da humanidade, Deus enviou profetas à Terra. Adão foi o primeiro e recebeu o perdão divino --o islamismo não aceita a doutrina do pecado original.
A visão que países como França, Reino Unido e, mais recentemente, Estados Unidos apresentam do Oriente Médio --berço do Islã - muitas vezes visa referendar práticas político-econômicas de cunho colonialista. Conceitos difundidos por orientalistas, como "mentalidade árabe" e "caráter tipicamente islâmico", por exemplo, são fruto de ignorância, ingenuidade ou má-fé deliberada, além de um complexo de superioridade que está no cerne de historiografias infelizes. Essa mistificação também serve de base, com freqüência, para intervenções militares que poderiam ser evitadas com uma análise mais profunda.
A absoluta maioria das escolas da Europa e da América - Brasil incluso - não dedica nem sequer uma aula ao Islã. Quando o presidente George W. Bush deu um rosto árabe e islâmico ao terrorismo, ao incluir exclusivamente muçulmanos em sua lista de "procurados", e anunciou uma nova "cruzada", reproduziu o que Hollywood mostrava bem antes do trágico 11 de setembro. Em filmes norte-americanos como Nova York Sitiada (The Siege, em que a comunidade árabe da cidade é aprisionada em campos de concentração para evitar atentados) e centenas de outros, os muçulmanos são retratados como seres irracionais que precisam ser domesticados e podem ser facilmente exterminados.
É fato que alguns países de maioria islâmica possuem grupos extremistas, em geral com uma motivação de fundo político, especialmente a ocupação israelense de territórios palestinos, que "inspira" movimentos no mundo inteiro. Basta, porém, espelhar-se no multiculturalismo que floresceu na península Ibérica durante os quase nove séculos de influência árabe e muçulmana (a partir de 711), entre outros exemplos, para compreender que tolerância e islamismo são compatíveis.
O fundamentalismo, conceito surgido entre protestantes norte-americanos (em algumas cidades do sul dos EUA, o ensino do darwinismo ainda é proibido), e o extremismo não são exclusividade de muçulmanos. Envolvem também cristãos, judeus, hindus e budistas.
A Europa e os Estados Unidos podem optar por uma permanente paz armada, sob a égide da "justiça infinita" preconizada por Bush e da inevitável ressuscitação da Guerra Fria, ou por uma revisão completa das relações com os muçulmanos que priorize o co-desenvolvimento econômico, o respeito aos direitos humanos e a liberdade de expressão. Não se pode permitir que a globalização, a geopolítica ou o petróleo passem por cima desses pré-requisitos. Oxalá prevaleça o dito atribuído a Muhammad: "a tinta do sábio vale mais que o sangue do mártir".
Nesse sentido, esta obra se propõe a lançar luz sobre as origens do islamismo, suas fontes sagradas, profetas e divisões políticas. Os avanços científicos e culturais que acompanharam sua evolução histórica, os conflitos atuais, inclusive a questão palestina e a crise no Afeganistão, além da presença muçulmana no Brasil, explicam-se em capítulos específicos. A intenção é despertar o interesse do leitor, como um primeiro passo para compreender o Islã e evitar discriminações, não críticas.
Assinar:
Postagens (Atom)