6 de abr. de 2009

TERREMOTO NA ITÁLIA..


Terremoto deixa vários mortos na Itália

Um violento terremoto sacudiu nesta segunda-feira a cidade medieval de Áquila, no centro da Itália, matando ao menos 50 pessoas, - entre elas cinco crianças-, deixando dezenas desaparecidas e dezenas de milhares de outras desabrigadas.

De acordo com a Defesa Civil de Áquila, o tremor foi de 5,8 graus na escala Richter, mas sua magnitude pode ter chegado a 6,3 graus no pico, segundo a mídia italiana.

O terremoto atingiu Áquila às 3h32 (22h34 em Brasília), quando a maioria dos moradores dormia. O abalo foi sentido na capital, Roma, que fica a 95 quilômetros de distância.

Segundo informações da Defesa Civil, entre 3 mil e 10 mil prédios da cidade - que tem 70 mil habitantes - foram danificados. Um albergue de estudantes e algumas igrejas ruíram por inteiro. Equipes de resgate estão procurando sobreviventes sob os escombros.

Mais cedo, o prefeito da cidade, Massimo Cialente, disse que 100 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou sua viagem a Moscou e foi para Áquila. O governo italiano decretou estado de emergência na região de Abruzzo, onde Áquila está localizada. O tremor causou danos também em outros vilarejos da região, que é montanhosa. Linhas de telefone e eletricidade foram danificadas e cortadas.

O hospital de Áquila foi parcialmente danificado, o que dificultou o atendimento aos feridos. Milhares de voluntários de toda a Itália se dirigiram à região. Segundo a Defesa Civil, o número de vítimas em Áquila deve superar o do último terremoto que atingiu a Itália, em 2002, na cidade de San Giuliano, na região da Puglia, onde morreram 20 pessoas.

O tremor também foi sentido em outras regiões italianas, como Lazio e Marche, onde não ocorreram danos ou houve vítimas. Algumas pessoas, apavoradas, chegaram a sair às ruas de cidades dessas regiões.

Em Áquila, o tremor durou aproximadamente 30 segundos durante a madrugada. Moradores e equipes de resgate usavam as próprias mãos para remover escombros de prédios destruídos. Sobreviventes, muitos em suas roupas de dormir, se abraçavam enquanto esperavam notícias de parentes ou amigos.

Sobe para 280 número de mortos em terremoto na Itália
06/04/2009

O forte terremoto que sacudiu a região central da Itália na madrugada desta segunda-feira (6), deixou pelo menos 92 pessoas mortas e outras 50 mil desabrigadas. Centenas de pessoas ficaram feridas e cerca de 15 mil edifícios foram interditados.

Cerca de 12 horas depois do tremor, de 6,3 graus na escala Richter, as equipes de resgate informaram que haviam encontrado 92 corpos entre os escombros.

A cidade mais atingida pelo terremoto foi Áquila região de Abruzzo, que fica a 100 quilômetros de Roma.

Este foi o terremoto que provocou mais mortes na Itália desde 1980, quando um abalo de 6,5 graus matou 2.735 pessoas no sul do país.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, cancelou uma viagem a Moscou e declarou stado de emergência nacional.

ROMA - Equipes de resgate que trabalham no socorro às vítimas do terremoto que devastou a região central da Itália informaram que o número de mortos na tragédia já chega a 100. Há mais de 1.500 feridos e 50 mil desabrigados. Ainda não é possível dizer quantas pessoas estão desaparecidas.

O tremor ocorreu às 3h32 locais (22h32 de domingo, no horário de Brasília) na região do Abruzzo e teve seu epicentro na zona norte da cidade de L'Aquila. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, decretou estado de emergência, e, assim como membros da Defesa Civil de todo o país, já está na região.

Pelo menos 26 cidades foram afetadas "seriamente" pelo tremor. Autoridades locais temem que o número de vítimas possa aumentar, uma vez que muitas casas antigas desmoronaram e, no mínimo, quatro prédios históricos foram destruídos. Em muitas cidades da região de Abruzzo, como Santo Stefano di Sessanio, Castelvecchio Calvisio, San Pio, Villa Sant'Angelo, Fossa, Ocre, San Demetrio né Vestini, dezenas de casas do centro histórico foram destruídas.

A situação na capital da província e nos seus arredores é mais dramática, sendo que em Paganica já foi registrado um número grande de vítimas.

No centro histórico de L'Aquila, muitos edifícios foram abalados, mas alguns palácios não chegaram a ruir completamente. A situação do hospital local é complicada, porque algumas partes da sua estrutura também foram danificadas pelo abalo sísmico. As principais linhas ferroviárias, segundo o Grupos Ferrovias do Estado, estão operando, e estuda-se a operabilidade das linhas regionais. As estradas da região estão sendo controladas pelas autoridades locais.

As infraestruturas centrais da Telecom Itália, seja para telefonia fixa ou para celulares, não sofreram danos súbitos pelo terremoto. O Conselho de Ministros italianos foi convocado para uma reunião às 19h (14h no horário de Brasília) desta segunda-feira no Palácio Chigi (sede do Governo).

Comboios de ajuda foram enviados por praticamente toda a Itália. Da região do Lácio, partiram dois grupos de homens e membros da Proteção Civil da Região. Aproximadamente 40 equipes com mais de 200 voluntários chegaram à região de Abruzzo e muitos já estão prontos para trabalhar. Uma força tarefa com uma dúzia de homens e quatro veículos foi enviada pela Província de Vicenza, e daqui a algumas horas 100 voluntários serão mandados ao local.

Da região da Toscana, partirá o primeiro grupo móvel, o qual dispõe de estruturas de socorro, cozinha de campo, serviços higiênicos, tendas e cobertores para 60 leitos. Da cidade de Legnano, 50 pessoas da Proteção Civil de Lombardia foram enviados à L'Áquila, equipados com uma tenda para acolher 250 desabrigados. As autoridades locais estão monitorando os edifícios escolares abalados pelo terremoto e 13 menores do Instituto de Menores de L'Áquila serão transferidos para outros centros.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, está mantendo contato com Guido Bertolaso, diretor do Departamento de Proteção Civil do governo italiano.

O papa Bento XVI expressou "viva participação na dor da população" afetada pelo terremoto. - É uma situação que não há precedentes desde 2000 - disse, por sua vez, o premier Silvio Berlusconi, referindo-se ao último tremor de terra desta magnitude que atingiu o país em 31 de outubro de 2002.

Berlusconi garantiu que não deixará desamparadas as vítimas do terremoto e enfatizou que "este não é o momento de discutir", mas sim de agir. Em entrevista coletiva, concedida na cidade de L'Aquila, na região de Abruzzo, o premier explicou que "não existem dados científicos para prevenir os tremores" e que, "agora, é preciso pensar em resolver a situação e depois em como prevenir".

Berlusconi chegou nesta tarde à cidade e, antes da coletiva, sobrevoou de helicóptero as áreas atingidas. O premier, que antes de viajar decretou estado de emergência, enfatizou que "agora é preciso reagir aos fatos com as ações. Quando tivermos colocado as coisas em ordem, poderemos começar a discutir a previsibilidade deste terremoto".

Sobre o apoio de líderes mundiais, Berlusconi disse ter recebido telefonemas de solidariedade de várias autoridades, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. - Recebi um telefonema de solidariedade do presidente norte-americano Obama e do russo [Dmitri] Medvedev, assim como de muitos outros chefes de Estado e de governo - contou.

Segundo ele, "4 mil pessoas e mil unidades estão trabalhando" nas tarefas de socorro às vítimas e, "no momento, os esforços estão concentrados em retirar as pessoas" soterradas sob os escombros. - Uma coisa fundamental que quero dizer é que ninguém ficará desamparado - afirmou o primeiro-ministro, garantindo que "não haverá problemas" econômicos para realizar os trabalhos de socorro e que o governo italiano já entrou em contato com a União Europeia (UE) para utilizar o Fundo de Solidariedade (FSUE) para as catástrofes naturais.

O FSUE conta com um orçamento anual de um bilhão de euros, dos quais 75 milhões estão disponíveis para auxiliar os países do bloco e seus aliados.

- Entre os mortos estão também dois estudantes, um deles proveniente da República Tcheca - contou Berlusconi que explicou que todos os edifícios públicos na cidade de L'Aquila estão inutilizados devido a abalos na estrutura, alertando ainda a população para os riscos de desabamento.



O chefe de governo da Itália garantiu também que "todas as estruturas" do Estado foram "imediatamente mobilizadas" para ajudar a região.

Após a coletiva, Berlusconi retornou a Roma, onde se reúne no fim do dia com os ministros italianos para discutir as medidas que o governo adotará para atender as vítimas e ajudar a região de Abruzzo.