Algumas refeições prontas contêm aditivos |
Os pesquisadores testaram os efeitos de vários corantes artificiais no comportamento de crianças.
Pesquisas anteriores relacionaram aditivos à hiperatividade e falhas de concentração.
A Food Standards Agency (FSA), agência reguladora de comercialização de remédios e alimentos, afirmou que não vai divulgar recomendações formais até que as descobertas sejam publicadas.
Mas especialistas independentes afirmaram que os pais devem evitar alimentos contendo o grupo de aditivos.
Testes
A equipe da Universidade de Southampton testou os aditivos amarelo tartrazina (E102), vermelho de ponceau 4R (E124), amarelo crepúsculo (E110), azorrubina ou carmoisina (E122), amarelo de quinolina (E104) e vermelho alaranjado (E129) em crianças de duas faixas etárias: de três anos e entre oito e nove anos.
As quantidades usadas no estudo foram as mesmas que uma criança consumiria em média por dia.
Uma fonte da universidade disse à revista britânica Grocer, especializada na indústria de alimentação, que os resultados sustentavam conclusões de pesquisas que, sete anos atrás, já relacionavam aditivos a problemas de concentração, explosões de raiva, hiperatividade e reações alérgicas.
Todos os aditivos testados no estudo são aprovados para uso na União Européia e considerados seguros, mas alguns dos corantes são proibidos em países da Escandinávia e nos Estados Unidos.
"Temos várias experiências de professores e pais com crianças que se comportam de maneira péssima quando consomem alimentos com muito açúcar. No final, tenho certeza de que vamos ter as provas que corroborem o fato", disse Pru Leith, presidente do School Food Trust.
Vyvyan Howard, uma das especialistas do Grupo de Trabalho de Aditivos e Comportamento da FSA, afirmou que é importante esperar pela publicação das conclusões.
Mas ela acrescentou: "É plausível que exista algum efeito biológico destes aditivos. Enquanto espera pelos resultados, o consumidor pode escolher não expor seus filhos a estas substâncias", disse.
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