2 de jun. de 2007

ARMAS NUCLEARES



Tipos de armas nucleares

Acelerador de partículas fabricado pela Philips-Eindhovenem 1937 para a pesquisa e desenvolvimento de Bombas A
Acelerador de partículas fabricado pela Philips-Eindhovenem 1937 para a pesquisa e desenvolvimento de Bombas A


As bombas atômicas são normalmente descritas como sendo apenas de fissão ou de fusão com base na forma predominante de liberação de sua energia. Esta classificação, porém, esconde o fato de que, na realidade, ambas são uma combinação de bombas: no interior das bombas de hidrogênio, uma bomba de fissão em tamanho menor é usada para fornecer as condições de temperatura e pressão elevadas que a fusão requer para se iniciar. Por outro lado, uma bomba de fissão é mais eficiente quando um dispositivo de fusão impulsiona a energia da bomba. Assim, os dois tipos de bomba são genericamente chamados bombas nucleares.

Bombas de fissão nuclear

São as que utilizam a chamada fissão nuclear, onde os pesados núcleos atômicos do urânio ou plutônio são desintegrados em elementos mais leves quando são bombardeados por nêutrons. Ao bombardear-se um núcleo produzem-se mais nêutrons, que bombardeiam outros núcleos, gerando uma reação em cadeia. Estas são as historicamente chamadas "Bombas-A", apesar de este nome não ser preciso pelo fato de que a chamada fusão nuclear também é tão atômica quanto a fissão.

Bombas de fusão nuclear

Reação de implosão no nucleo de uma Bomba atômica

Baseiam-se na chamada fusão nuclear, onde núcleos leves de hidrogênio e hélio combinam-se para formar elementos mais pesados e liberam neste processo enormes quantidades de energia. Bombas que utilizam a fusão são também chamadas bombas-H, bombas de hidrogênio ou bombas termonucleares, pois a fusão requer uma altíssima temperatura para que a sua reação em cadeia ocorra.

Bomba suja

Conceitualmente, uma bomba suja (ou bomba de dispersão radiológica) é um dispositivo muito simples: é um explosivo convencional, como o TNT (trinitrotolueno), empacotado com um material radioativo. Ela é muito mais rústica e barata do que uma bomba nuclear e também é bem menos eficaz. Mas ela combina uma certa destruição explosiva com danos radioativos.

Os explosivos potentes causam danos por meio de um gás muito quente que se expande rapidamente. A idéia básica de uma bomba suja é usar a expansão de gás como um meio de propulsão para o material radioativo sobre uma extensa área, não a força destrutiva em si. Quando o explosivo é liberado, o material radioativo se espalha em um tipo de nuvem de poeira transportada pelo vento que atinge uma área maior do que a da própria explosão.

A força destrutiva da bomba, a longo prazo, seria a radiação ionizante do material contido nela. A radiação ionizante, que inclui partículas alfa, partículas beta, raios gama e raios-X é uma radiação com energia suficiente para extrair um elétron orbital para fora de um átomo. A perda de um elétron altera o equilíbrio entre os prótons e os elétrons do átomo, o que gera uma carga elétrica líquida no átomo (ele se torna um íon). O elétron liberado pode colidir com outros átomos para criar mais íons (confira Como funcionam os átomos para mais informações sobre partículas sub-atômicas).

Se isso acontece no corpo de uma pessoa, o íon pode causar muitos problemas porque a sua carga elétrica pode levar a reações químicas anormais dentro das células. Entre outras coisas, a carga pode quebrar as cadeias de DNA. Uma célula com uma fita de DNA quebrada morre ou o seu DNA desenvolve uma mutação. Se muitas células morrem, o corpo pode desenvolver várias doenças. Se o DNA sofre mutação, uma célula pode se tornar cancerígena e este câncer pode se espalhar pelo corpo. A radiação ionizante também pode causar o mal funcionamento das células, o que resulta em uma ampla variedade de sintomas coletivamente conhecidos como doença da radiação (em inglês). A doença da radiação pode ser fatal, mas as pessoas podem sobreviver a ela, particularmente se receberem um transplante de medula óssea.

Em uma bomba radioativa, a radiação ionizante vem dos isótopos radioativos, que são átomos simples que se degradam com o tempo. Em outras palavras, a disposição de prótons, nêutrons e elétrons que compõem o átomo gradualmente muda, formando diferentes átomos. Esta degradação radioativa libera um pouco de energia na forma de radiação ionizante (veja Como funciona a radiação nuclear para detalhes sobre radiação e isótopos radioativos).

Estamos expostos a pequenas doses de radiação ionizante constantemente: ela vem do espaço sideral, dos isótopos radioativos naturais e das máquinas de raio-X. Esta radiação pode causar câncer, mas o risco é relativamente baixo porque somente doses muito pequenas desta radiação são encontradas.

Uma bomba radioativa elevaria o nível de radiação acima dos níveis normais, aumentando o risco de câncer e doença da radiação.

Bombas de nêutrons (neutrões)

Uma última variante da bomba atômica é a chamada bomba de nêutrons, em geral um dispositivo termonuclear pequeno, com corpo de níquel ou cromo, onde os nêutrons gerados na reação de fusão intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba, mas se permite que escapem. As emanações de raios-X e de nêutrons de alta energia são seu principal mecanismo destrutivo. Os nêutrons são mais penetrantes que outros tipos de radiação, de tal forma que muitos materiais de proteção que bloqueiam raios gama são pouco eficientes contra eles. As bombas de nêutrons têm ação destrutiva apenas sobre organismos vivos, mantendo, por exemplo, a estrutura de uma cidade intacta. Isso pode representar uma vantagem militar, visto que existe a possibilidade de se eliminar os inimigos e apoderar-se de seus recursos

Efeitos
A bomba atómica que explodiu em Nagasaki, Japão


Os efeitos predominantes de uma bomba atômica (a explosão e a radiação térmica) são os mesmos dos explosivos convencionais. A grande diferença é a capacidade de liberar uma quantidade imensamente maior de energia de uma só vez. A maior parte do dano causado por uma arma nuclear não se relaciona diretamente com o processo de liberação de energia da reação nuclear, porém estaria presente em qualquer explosão convencional de idêntica magnitude.

O dano produzido pelas três formas iniciais de energia liberada difere de acordo com o tamanho da arma. A energia liberada na explosão segue a equação de Einstein, E=mc², onde E é a energia liberada, m é a massa da bomba que "some" na explosão e c (celeritas) é a velocidade da luz.

Curiosidades

Oficialmente, a mais poderosa Bomba detonada foi de 57 Megatons - conhecida como Tsar Bomba - em um teste realizado pela URSS em outubro de 1961. Esta bomba tinha mais de 5 mil vezes o poder explosivo da bomba de Hiroshima, e maior poder explosivo que todas as bombas usadas na II Guerra Mundial somadas (incluindo as 2 bombas nucleares lançadas sobre o Japão).

BOMBA ATÔMICA


Bomba atômica


A nuvem em forma de cogumelo deixada pela bomba atômica que explodiu em Hiroshima, Japão, a 6 de Agosto de 1945, atingiu 18 km de altura.
A nuvem em forma de cogumelo deixada pela bomba atômica que explodiu em Hiroshima, Japão, a 6 de Agosto de 1945, atingiu 18 km de altura.

Uma bomba atômica (bomba atómica) é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso - uma única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira. Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, pelos Estados Unidos contra o Japão nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países.

Muitos confundem o termo genérico "bomba atômica" com um aparato de fissão. Por bomba atômica, entende-se um artefato nuclear passível de utilização militar via meios aéreos ( caças ou bombardeiros). Por ogivas nucleares, entende-se as armas nucleares passíveis de utilização em mísseis. Já os artefatos nucleares não são passíveis de utilização militar, servindo portanto, somente para a realização de testes, como foi o caso do artefato de Trinity (o primeiro detonado) ou o caso do artefato nuclear norte-coreano testado em 09 de Outubro de 2006.

As potências nucleares declaradas são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia e o Paquistão. Por sua vez, considera-se que Israel já tenha bombas atômicas, embora este se negue a divulgar se as possui ou não. Também se supõe que a Coreia do Norte possua um reduzido número de ogivas nucleares.

CÉLULAS TRONCO 2- POTÊNCIAS


Totipotência


Totipotência é a habilidade de uma única célula, geralmente uma célula tronco, se dividir e produzir todos as células diferenciadas no organismo, incluindo os tecidos extraembrionários. Por exemplo, o corte de uma planta pode ser usado para fazer com que toda planta cresça. O desenvolvimento humano começa quando o espermatozóide fertiliza o óvulo e cria uma única célula totipotente. Nas primeiras horas após a fertilização, esta célula se divide em células totipotentes idênticas. Aproximadamente quatro dias após a fertilização e após vários ciclos de divisão celular, estas células totipotentes começam a se especializar.

Célula totipotente

Uma célula totipotente é uma célula não diferenciada com grande poder de multiplicação e especialização, como por exemplo o blastômero. As células-tronco embrionárias que podem formar todos os tecidos incluindo a placenta são denominadas embrionárias - totipotentes. Elas constituem o primeiro grupo de até 32 células, e se formam nas primeiras 72 horas após a fecundação do óvulo. Neste momento, não é possível identificar neste grupo celular qualquer diferenciação de tecido específico. A formação da placenta e de seus anexos somente ocorre quando estas células totipotentes são implantadas no útero.

Pluripotência em seu sentido mais amplo se refere a "ter mais do que um resultado em potencial". Em sistema biológicos, isso pode se referir tanto para células como para tecidos ou órgãos.

Pluripotente (biologia celular)

Na biologia celular, a definição de pluripotência é usada para se referir a uma célula tronco que tem potencial de se diferenciar em qualquer uma das três camadas germinativas:

1. endoderma (que origina o trato gastrointestinal e os pulmões),
2. mesoderma (que origina os músculos, ossos, sangue e sistema urogenital) e
3. ectoderma (que origina os tecidos epidermais e sistema nervoso).

Células tronco pluripotentes podem chegar a se especializar em qualquer tecido corporal, mas elas não podem por si próprias se desenvolver em um ser adulto porque elas não podem desenvolver tecido extra-embrionário, como a placenta.

Em contraste, muitas células progenitoras são multipotentes, ou seja, elas são capazes de se diferenciar em um número limitado de tipos celulares.

Pluripotentes (componentes biológicos)

A pluripotência também pode usada (embora menos comumente) para descrever a habilidade que certa substância tem de produzir diversas respostas biológicas distintas.

Por exemplo, na imunologia muitas citocinas são pluripotentes, de modo que cada um destes compostos podem ativar comportamentos específicos em alguns tipos de célula e inibir outro comportamento em células de outro tipo. O interferão gama representa um excelente exemplo de pluripotência. Ele inibe o crescimento e regula a expressão dos antígenos do MHC em uma reposta anti-viral geral nas células somáticas. Em linfócitos B ela estimula a troca de classe do anticorpo, e nas células NK esse hormônio protéico estimula a maturação. Em macrófagos ele ativa a digestão intracelular.

Multipotência


Células progenitoras multipotentes podem dar origem a diversos outros tipos de células, mas estes tipos são em número limitado. Um exemplo de célula-tronco multipotente é a célula hematopoiética — uma célula-tronco do sangue que pode se desenvolver em diversos tipos de células do sangue, mas não pode se desenvolver em células do cérebro ou outros tipos de células.

Cientistas por muito tempo defenderam a tese de que células diferenciadas não podem ser alteradas ou se comportarem de qualquer outra maneira além da qual foram comprometidas. Novas pesquisas, entretanto, retomaram esta suposição em debate. Em recentes experimentos com células-tronco, cientistas foram capazes de persuadir células-tronco sangüíneas a se comportarem como neurônios, ou até mesmo células cerebrais. Agora, cientistas acreditam que pesquisas de células-tronco poderiam revelar muito mais informações vitais sobre nossos corpos do que era anteriormente conhecido. Há também em andamento pesquisas para avaliar o critério da possibilidade de transformação de células multipotentes em células pluripotentes.

Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;

Unipotência


Na biologia celular um célula unipotente é a que possui a capacidade de se desenvolver/diferenciar em somente um tipo de célula/tecido.[1] As células mais comuns deste tipo em humanos são as células da pele. Esta célula tem um propriedade única: sua renovação-própria. Esta propriedade a diferencia das células não-troncos.

CÉLULAS TRONCO..


Célula-tronco





células-tronco, também conhecidas como células-mamãe ou células estaminais, são células que possuem a capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras e de se transformar (num processo também conhecido por diferenciação celular) em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são muito importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo úteis para em terapias,combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças, loucura, traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.


Tipos

As células-tronco podem ser de varios tipos. As células-tronco adultas podem ser encontradas nos mais variados tecidos do corpo, sendo as da medula óssea, da placenta e do cordão umbilical as mais utilizadas. São de grande aplicação na medicina, já estando em estágio de ampla utilização. Além disso, como as células-tronco adultas são geralmente retiradas do próprio paciente, o risco de rejeição em sua utilização é muito baixo.

As células-tronco embrionárias são extraídas dos embriões e acredita-se que elas podem se transformar em qualquer outra célula. As células-tronco adultas são mais limitadas, podendo apenas gerar tecidos específicos. Devido a essa limitação acredita-se que as células-tronco embrionárias sejam mais eficientes. Contudo, as pesquisas com esse tipo de células ainda são incipiente e elas têm uma chance muito maior de causar rejeição ou até tumores em relação às células-tronco adultas.Para a retirada da célula-tronco do embrião , ele irá perder a sua vida.Fato que auxilia na retardação dos estudos dessas células.

[editar] Definições de potência

As células-tronco ainda se classificam de acordo com o tipo de células que podem gerar:

* Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias;
* Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião;
* Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens;
* Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem;
* Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro.


TRANSGÊNICOS 2 - OQUE VEM A SER ?...


O que são os transgênicos?

Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.

Pode-se, com essa tecnologia, inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante.
Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos. Devido à pressão de grupos ambientalistas e da população, os governos europeus proibiram sua comercialização e seu cultivo (quase 80% dos europeus não querem consumir transgênicos).

As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-las ou passá-las adiante.

Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a única opção para a compra de grãos não transgênicos.
São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.

Ainda não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente e há sérios indícios de que eles sejam prejudiciais. Os próprios médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros.

Os produtos contendo transgênicos que estão nas prateleiras de alguns supermercados não são rotulados para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha.

A Campanha "Por um Brasil Livre de Transgênicos"

Os transgênicos ainda estão proibidos no Brasil e o tema ganha dimensão nacional e interesse popular graças às ações das ONGs.

A Campanha Por Um Brasil Livre de Transgênicos foi criada por um grupo de organizações não governamentais (ONGs) preocupadas com as conseqüências que o uso dos transgênicos pode trazer para nossa saúde, para o meio-ambiente e para a economia do País.

Queremos que antes que se tome uma decisão sobre o cultivo, a comercialização e o consumo de transgênicos no Brasil, sejam feitas pesquisas por instituições científicas de comprovada competência e independência, que assegurem que os transgênicos não são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Ao mesmo tempo, queremos que sejam realizadas pesquisas e que haja incentivos para desenvolver a agroecologia - uma agricultura que respeite o meio ambiente e leve em consideração as condições sociais do setor.

TRANSGÊNICOS


Transgênicos


Sinal de alerta







Transgênicos são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contenham material genético de outros organismos. A geração de transgênicos visa a obtenção de características específicas por um organismo de interesse. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, época na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante.

A manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de animais e plantas.

O primeiro transgênico, foi a bactéria Escherichia coli, que sofreu adição de genes humanos para a produção de insulina na década de 1980.

[editar] Polêmica

* Atualmente existe um debate bastante intenso relacionado à inserção de alimentos geneticamente modificados (AGM) no mercado, que têm implicação direta na saúde humana. Alguns mercados mundiais, tais como, o da Europa e do Japão rejeitam fortemente a entrada de alimentos com estas características. Esta polêmica divide não só autoridades, mas também a comunidade científica, visto que a ciência não tem informação suficiente para isentar os trangênicos de efeitos colaterais negativos na delicada fisiologia humana. "Ainda não se testaram todos os efeitos colaterais que um transgênico pode ter nem o impacto que os trangênicos podem ter na natureza".

* Um dos impactos possíveis seria o contato entre espécies transgênicas com as do meio ambiente, provocando a extinção de uma espécie vegetal ou animal menos favorecida ou que dependa das espécies não modificadas.

* Grande parte das polêmicas originadas com a questão dos transgênicos estão diretamente relacionadas a seu efeito na economia mundial. Países atualmente bem estabelecidos economicamente e que tiveram sua economia baseada nos avanços da chamada genética clássica, são contra as inovações tecnológicas dos transgênicos. A Europa, por exemplo, possui uma agricultura familiar baseada em cultivares desenvolvidos durante séculos e que não tem condições de competir com países que além de possuir grandes extensões de terra, poderiam agora cultivar os transgênicos. A total liberação das técnicas de produção de transgênicos, causaria uma crise na economia de muitos países destruindo sua agricultura familiar.
* Argumentos a favor dos transgênicos incluem a redução do uso de agrotóxicos (herbicidas, pesticidas e fungicidas) mais danosos, que podem causar sérios problemas aos seres vivos expostos a tais compostos, podendo diminuir o impacto de monoculturas em um ecossistema e consequentemente o problema de pragas e da perda da colheita por variação do tempo. Um exemplo interessante é o "Milho BT", resultante de um melhoramento por transgenia (incorporando genes da bactéria bacillus thuringiensis) que lhe conferiu certa "proteção natural" a larvas de insetos (lagartas), tornando praticamente desnecessário o controle destes por meio de pesticidas normalmente neurotóxicos, de alta agressividade ambiental, que em culturas não transgênicas são utilizados em larga escala. No Brasil esta variedade não foi ainda liberada para platio comercial, diferentemente de países como Canadá e alguns da Europa.
* Usa-se também o argumento de que o cultivo de transgênicos poderia reduzir o problema da fome, visto que aumentaria a produtividade. Porém muitos estudos, inclusive o do ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, revelam que o problema da fome no mundo hoje não é ligado à escassez de alimentos ou à baixa produção, mas à injusta distribuição de alimentos em função da baixa renda das populações pobres. Dessa forma a questiona-se a alegação de que a engenharia genética poderia provocar uma redução no problema da fome no mundo.

CLONAGEM ? QUE BICHO É ESSE??


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A Próxima Experiência



A clonagem há muito que é aplicada nas plantas, mais recentemente em animais, e chegou agora vez do homem se clonar a si próprio. O que aflige a comunidade científica, não parece ser o facto em si, mas apenas a pouca eficácia dos métodos disponíveis.

O pai da "Dolly", Ian Wilmut (Instituto de Roslin de Edimburgo) e o especialista na clonagem de ratos Rudolf Jaenisch do Instituto Whitehead de Pesquisas Biomédicas, situado em Cambridge (Massachusetts), afirmaram recentemente na prestigiada revista Sciense, que se forem aplicadas as técnicas disponíveis de clonagem, as raras crianças que sobreviverem terão fatalmente malformações, tais como insuficiências respiratórias e imunológicas, problemas cardiovasculares, malformações renais e deficiências mentais. Esta tem sido a regra nos mamíferos clonados, e nada indica que nos seres humanos seja diferente.

A técnica da clonagem de mamíferos revela-se muito pouco ineficaz em termos de sobrevivência dos embriões. A taxa de êxito registada nas cinco espécies de mamíferos até agora clonados oscila entre os 3 e os 5%.

A clonagem humana, com fins "reprodutivos" ou "terapêuticos" ultrapassou desta forma a fase das especulações científicas, e em breve será uma realidade. Não faltam candidatos para realizarem as primeiras experiências. O desejo de fama sobrepõe-se à análise das consequências que delas possam resultar.
Clonagem Reprodutiva: Tem por objectivo o nascimento de crianças.
Clonagem Terapêutica: Tem por objectivo a obtenção de tecidos ou orgãos destinados a fins médicos.

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A palavra "Clonagem" surgiu em 1903 para designar a propagação das plantas através de cortes e não por sementes. Em 1915 inspirou um livro de ficção cientifica: "Master Tales Of Myster by The World`s Most Famous Authors Of To-Day" de Francis Joseph Reynolds.





Defensores da clonagem reprodutiva

1.Na Europa destaca-se o ginecologista italiano Severino Antinori, em Março de 2001, anunciou em Roma que iria começar a clonar as primeiras crianças, dispondo já de cerca de 600 mulheres voluntárias em Itália e nos EUA dispostas a gerarem estes embriões. Israel foi o país escolhido para a realização desta experiência. Neste trabalho conta com a colaboração do biólogo molecular israelita Avi Ben Abraham e do médico Panaiotis Zavos, do Instituto Americano de Andrologia (EE UU). Antinori é muito conhecido em Itália, pelas suas experiências em induzir gestações viáveis em mulheres que há muito haviam terminado o seu período de fertilidade.

2. Na América do Norte, destaca-se Rael, o lider de uma seita defensora da clonagem humana. Entre os membros desta seita contam-se biólogos e especialistas em reprodução assistida. Rael afirma que em breve irá clonar as células do uma criança já morta, num laboratório secreto que possui nos Estados Unidos. Trata-se do filho de um casal dos EUA que morreu devido a um erro médico. O casal colocou à disposição da seita para esse fim, a indemnização que recebera do Hospital pela morte do filho. Rael afirma que já esteve numa nave de extraterrestes, como convidado, onde comprovou que os mesmos eram seres clonados. Em termos ideológicos afirma que este método permitirá aperfeiçoar o ser humano, defendendo que proibir estas experiências é impedir o avanço ciência. A ciência é a única "religião" em que acredita.

O principal argumento desta corrente, assenta no seguinte princípio: nada do que pode ser experimentado, deve deixar de o ser para o bem do conhecimento científico.

No futuro, afirmam os defensores da clonagem humana, nada pode impedir que:

- Um casal que não pode ter filhos por um processo natural, o não possa fazer através da clonagem.

- A interrupção não desejada no desenvolvimento de um feto, não possa ser concluída através da clonagem.

- Um casal homossexual não possa ter filhos através da clonagem.

- Uma criança morta prematuramente não possa reviver através da clonagem.

A Clonagem Terapêutica

Nos princípio de 2001, o governo da Grã Bretanha deu luz verde à clonagem de embriões humanos com fins terapêuticos. Foi o primeiro governo do mundo a fazê-lo.

Estamos perante um tipo de clonagem que tem gerado um largo consenso favorável entre a comunidade científica. Entre as possibilidades geradas por esta técnica indicam-se as seguintes:

-A maioria dos investigadores acredita que a clonagem terapêutica pode revolucionar a medicina, ao permitir desenvolver todo o tipo de tecidos ( incluíndo nervos, músculos, sangue e ossos) a partir de células mães, isto é, das que constituem um embrião com poucos dias antes de estas começarem a diferenciar-se.

- Poder-se-ía substituir tecidos danificados por tecidos sãos, o que permitiria "curar" muitas enfermidades degenerativas que hoje não têm cura, como a doença de Parkinson, Alzheimer e certas debilidades cardiacas.

- Os grandes avanços seriam possíveis nomeadamente na resolução do problema da rejeição dos transplantes. Se uma pessoa recebe um tecido que provêm do seu próprio corpo, o sistema imunológico não o ataca. Esta técnica foi já comprovada em ratos.

- Por última, dava-se ainda utilidade a milhões de embriões congelados que estão armazenados nas clínicas de fecundação in vitro espalhadas pelo mundo.

Especificidades na clonagem humana

1.A clonagem que já se faz com relativo êxito em ovelhas, ratos, vacas, cabras e carneiros segue sempre a mesma técnica: extrai-se o núcleo de uma célula de um animal adulto, que contenha o genoma completo, e introduz-se num óvulo em que previamente tenha sido extraído o seu núcleo. O embrião resultante é geneticamente idêntico ao do adulto original, sendo implantado alguns dias depois no útero da fêmea que o irá gerar.

2. Quando o núcleo se transfere para um óvulo, o seu padrão de actividade genética tem que reprogramar-se para adoptar o padrão típico de um embrião. A reprogramação é um processo bastante natural. As células que no curso normal da vida dão lugar a óvulos e a esparmatozóides executam esta reprogramação sem nenhum problema, e sem pressas. Dura várias meses nas células masculinas e vários anos nas femininas. Na clonagem de um mamífero, o processo de reprogramação é drasticamente reduzido a apenas alguns minutos, ou escassas horas. Talvez por este motivo o processo falha com grande frequência, e o embrião morre. O pior é contudo quando o processo falha parcialmente e o embrião sobrevive. O ser que é gerado surge com deficiências.



Problemas Éticos ?

A questão da clonagem humana não pode ser reduzida apenas a um problema técnico. Está em jogo não apenas a vida de um novo ser, mas a sua própria dignidade enquanto pessoa. Ao clonar-se as células de um ser humano, destrói-se a própria identidade do novo ser. Deixamos de ter indivíduos, e como tais únicos e irrepetíveis, para termos múltiplos sem dignidade própria.

- Com que fundamento moral se podem produzir seres para servirem de material genético para outros seres?

- Com que fundamento se pode produzir seres humanos deficientes apenas para gozo de frustrados pais ou em nome de progresso científico?



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Consultar: Genoma Humano

GENOMA HUMANO




O que é o genoma humano?
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É o código genético humano. Em termos genéricos é o conjunto dos genes humanos. Neste material genético está contida toda a informação para a construção e funcionamento do organismo humano. Este codigo está contido em cada uma das nossas células. O genoma humano distribui-se por 23 pares de cromossomas que, que por sua vez, contêm os genes. Toda esta informação é codificada pelo ADN (ácido desoxirribonucleico) que se organiza numa estrutura de dupla hélice, formada por quatro bases que se unem invariavelmente aos pares - adenina com timina e citosina com guanima.

A ordem particular do alinhamento dos pares ao longo da cadeia corresponde à sua sequenciação. Estas sequências que codificam as proteínas são os genes, que constituem a menor parte do ADN. Para além dos genes, o ADN é constituído na sua maior parte por material genético inactivo(97%), o qual aparentemente não possui qualquer utilidade. Estudos recentes mostram que material não pode ser desprezado. Coloca-se a hipótese do mesmo desempenhar funções de coordenação e de conservação do ADN.
Para que serve ? A utilidade mais evidente e imediata para o genoma humano é a de permitir conhecer as causas da maioria das doenças. O seu conhecimento poderá permitir diagnosticar e curar muitas delas, assim prever os potenciais riscos das mesmas ocorrem em certas pessoas.
Quando teremos estes benefícios? Alguns já hoje existem. Actualmente já existem meios para detectar se uma pessoa está predispostas a sofrer de certos cancros ou se um embrião herdou determinadas enfermidades graves. Os principais benefícios destas investigações só chegarão quando forem descobertas as funções de cada gene humano.

O genoma é formado por 6.000 milhões de peças. O seu conhecimento completo, poderá beneficiar os seus 6.000 milhões de habitantes do nosso planeta.
O que é a sequenciação do ADN? É o processo que permite determinar a ordem exacta dos três mil milhões de pares de bases químicas que constituem o ADN. Esta sequenciação é o ponto de partida para a tarefa de identificar os cerca de 30 mil genes, e perceber como eles se codificam e como ocorre a regulação entre eles

Quais são os riscos? Os riscos mais imediatos referem-se tanto ao uso científico como à sua aplicação na sociedade. Os primeiros a beneficiar serão os países ricos, e neles os mais ricos. As grandes empresas de engenharia genética e de farmácia não deixarão de explorar este novo filão para acumularem lucros. Mas não só. É provável que as empresas, venham a implantar mecanismos de discriminação dos seus trabalhadores em função do seu material genético.As companhias de seguros a exigirem análises deste tipo, antes de fazerem qualquer seguro.
Poder-se-á mudar os genes de uma pessoa? É provável que esta alteração seja possível num futuro mais ou menos próximo. As modificações dos genes dos óvulos ou espermatozóides, implicam, todavia, alterações na própria constituição da espécie humana.
Poder-se-á conceber pessoas? Esta possibilidade existe, mas para isso será necessário descobrir as funções de cada gene.
Quanto tempo leva a descodificar um genene? Hoje em dia, um novo gene (com cerca de 12 mil bases) tem a sua sequência decifrada em um minuto. Há três anos eram necessários 20 minutos. Há 20 anos era tarefa para um ano. Este avanço deve-se sobretudo ao emprego dos computadores. A empresa Celera, por exemplo, possui o computador de uso civil mais poderoso do mundo
O que é um gene? A unidade-base do material genético que forma a hereditariedade. Todo ser humano tem de 50 mil a cem mil genes diferentes no núcleo de cada célula do corpo. Os genes influenciam o funcionamento e o desenvolvimento dos órgãos e determinam a produção de proteínas. Mutações genéticas são responsáveis por uma série de doenças, como cancro, fibrose cística e esquizofrenia.
O que são cromossomas? Estruturas que carregam os genes. Ao todo, são 23 pares, sendo que um deles está ligado ao sexo (a mulher é XX, o homem é XY). A análise dos cromossomos - chamada cariótipo - permite que sejam detectadas anormalidades. Muitas vezes, essa análise é feita no feto para saber se o bebé poderá nascer com problemas. Geralmente, o procedimento é feito quando a mãe tem mais de 35 anos
Qual a diferença genética entre dois seres humanos? A diferença do código genético do homem para o de seu parente mais próximo, o chimpanzé, é de apenas 1,5%. O DNA de homens e dos ratos de laboratório (camundongos), por exemplo, tem mais de 70% de similaridade. Por isso, cientistas consideram a principal questão na pesquisa genómica é descobrir quais as pequenas sequências de DNA que nos fazem ser humanos.Os seis bilhões de habitantes do planeta dividem 99,9% de seu genoma. Apenas cerca de 0,1% varia de uma pessoa para outra em função da combinação dos genomas dos pais.
Quantas letras químicas estão inscritas no genoma? Há cerca de três bilhões de letras químicas no genoma. Se este livro fosse lido ao ritmo de uma palavra por segundo, durante oito horas por dia e em todos os dias da semana, seria preciso um século para que a leitura fosse concluída. O genoma humano tem o tamanho de 800 Bíblias. Digitalizado, cabe todavia, num simples DVD.
Qual o comprimento do genoma humano? Se todo o DNA de uma pessoa fosse esticado, seria possível fazer uma viagem de ida e volta ao Sol 600 vezes.
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Genética

Cronologia

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1856 O monge austriaco Gregor Mendel descreve as leis básicas da hereditariedade a partir de um estudo sobre sucessivas gerações de ervilhas verdes e amarelas. Concluiu que existiam elementos autónomos que controlavam as características hereditárias. A sua obra não será levada em conta até princípios do século XX.
1869 Johann Miescher analisa o ADN a partir de pus humano
1881 Edwar Zacharias prova que os cromossomas contém o ADN descoberto por Miescher
1889 Richard Altmann baptiza a nucleína com o nome de ácido nucleico
1900 Redescobertos os princípios da hereditaridade
1902 Descoberta a conexão entre cromossomas e hereditariedade
1909 As unidades fundamentais da herança biológica recebem o nome de genes.
1910 Thomas Morgan descobre que os genes estão localizados nos cromossomas
1914-196 Experiências com moscas do vinagre demonstraram que os genes se encontravam nos cromossomas.
1927

Herman J. Muller comprovou que os raios X podiam causar mutações e modificar o ADN,
1929 Griffinth faz a 1ª. experiência de transferência genética passando ácido nucleico de uma bactéria para outra, transmitindo-lhe assim as suas características.
1942 O estudo de bactérias revelou que os genes estão formados por ADN, e que se encontram no núcleo das células.
1944 Ostwald Avery descobre que o material genético de uma bactéria podia alterar a descendência de outra.
1952 King e Briggs criaram pela primeira vez seres clónicos.
1953

James Watson e Francis Crick descobrem como é feita a molécula de ADN. Possui a forma de uma dupla hélice em espiral, com apenas quatro peças, revelando uma simplicidade surpreendente.

O ADN ocupava o lugar dos genes, um termo que havido sido proposto em 1909 por W. L. Johannsen, para substituir o pangene que Hugo de Vries inventara para designar os factores hereditários. Só um ano mais tarde, em 1910, Thomas H. Morgan começou a estabelecer a relação entre genes e cromossomas.
1958

Comprova-se que ao replicar-se, a dupla hélice do ADN dissocia-se. Um ano depois,Severo Ochoa e Marianne Grunberg-Manago obtiveram ARN-polimerasa in vitro. Começa então a investigação para decifrar o código genético, o que se podia fazer com o enzima descoberto por Ochoa, descoberta que lhe valeu o Nobel en 1959. A equipa de Ochoa e a de Marshall Nirenberg conseguem, em 1966, decifrar o código genético, no qual o RNA mensageiro determina a produção de aminoácidos (componentes de proteínas).
1969

L. Eron, J. Shapiro y J. Beckwith isoloram um gene por primeira vez, concretamente o da (lactosa), entre os 3.000 que tem a bactéria Escheris-chia coli.
1960 Paul Berg consegue clonar ADN.
1970 Os cientistas descobrem como cortar e pegar fragmentos de ADN, o que abre as porttas para aos grandes avanços posteriores da engenharia genética.

H. Gobind Khorana sintetizam pela primeira vez um gene de um aminoácido, constituído por 77 pares de bases, e isolam também pela primeira vez um enzima de capaz de cortar troços de ADN em lugares específicos.
1972

Descobre-se o enzima que permite unir os genes.A primera molécula de ADN recombinante, com a união de troços de ADN de espécies diferentes, foi obtida em 1972 por Paul Berg e Peter Lobban, de forma independente. Esto conduziu a que, em 1975, se tivesse proposto uma moratória mundial na Conferencia de Asilomar, California,para deter certas experiências com o ADN recombinante.
1973 Princípia a engenharia genética quando Stanley Cohen e Herbert Boyer transferem um gene pela 1ª. vez . Eles inserem um gene de sapo africano no DNA de uma bactéria.
1977 Constitui-se a Genetech a primeira empresa do mundo para fazer medicamentos com ADN recombinante. Neste ano foi também criada a primeira molécula de mamífero com estas técnicas.
1978

O prémio Nobel é concedido aos descobridores dos enzimas de restrição. Fabrica-se a primeira hormona humana com técnicas de ADN recombinante.
1979

Alteradas as normas impostas pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA sobre investigacões com ADN recombinante. Um ano depois é construída a primeira fábrica industrial para produzir insulina.
1980 Os cientistas começam a identificar os genes que causam enfermidades concretas. O cancro é um dos primeiros que se será investigado.

O prémio Nobel se concedido aos investigadores que com enzimas de cortar e colar, criaram pela primeira vez uma molécula de ADN artificial, começava a era da engenharia genética.
1983 Kary Mullis concebe a reacção em cadeia da polimerasa, técnica de PCR, que permite obter múltiplas cópias de um fragmento qualquer de ADN.

Produção das primeiras plantas (tabaco) e animais (camundongos ou ratos de laboratório) transgenicos.Começa a caça aos genes associados a doenças genéticas, como a doença de Huntington e a fibrose de cística.
1984 Criado o 1º. teste de identificação genética, o DNA fingerprinting
1985 Alec Jeffreys desenvolve a técnica de identificação do ADN, o que se chamará o código de barras de cada pessoa. Neste mesmo ano, Walter Gil-bert propôs que o projecto do genoma humano fosse realizado a uma escala mundial.

Ralf Prinster cria o 1º. porco transgénico.
1987 Um comité de aconselhamento propõe a realização de um projecto multidisciplinar de 15 anos para mapear e sequenciar o genoma humano.
1988 É fundada a organização de Genoma Humano (HUGO), para coordenar os esforços internacionais da investigação neste domínio.
1989 Primeiras plantas transgénicas que produzem proteínas contra doenças humanas.
1990 Generaliza-se o cultivo de plantas transgénicas.

Cria-se o consórcio público do genoma humano, formado por científicos de 20 países e incrementado desde 1990 por organismos públicos dos Estados Unidos e da Grã Bretanha.

A empresa Celera Genomics, criada pelo cientista norte-americano Craig Venter. Craig propôs-se patentar as sequências aleatórias do genoma que o seu laboratório se encontrava a decifrar, ainda sem conhecer a suas funções.

Realiza-se o 1º. procedimento de uma terapia genética. O paciente foi uma menina de 4 anos com uma grave deficiência imunológica. A menina Ashanti Silva está viva e livre de parte da doença.
1993 Jerry Hall clona um embrião humano. São publicados os primeiros mapas genéticos e físicos de cromossomas humanos.
1995 Decifrado o primeiro genoma de um ser vivo, o da bactéria haemophilus influenzae , causadora da meningite e infecções no ouvido. Nasce a 1º. ovelha transgénica (Tracy) que produz leite com proteínas humanas.
1996

Publica-se o genoma completo da levedura, a sacharomyces cerevisae, no ambito de um projecto que envolve 40 laboratórios da Europa e EUA.

Ian Wilmut e a sua equipa clonam o primeiro mamífero, a ovelha "Dolly".
1997 É sequenciado o genoma da bactéria escherichia coli, o principal micro-organismo utilizado nas técnicas de clonagem.
1998 O genoma privatiza-se:a empresa Celera anuncia que em 2001 decifraria o genoma humano.
R. Yanagimachi aparece com 31 ratos clónicos, oito dos quais procediam por sua vez de clones. É o ano da Bolsa para as empresas de engenharia genética.

Conclui-se o primeiro genoma de um organismo multicelular, o verme caeorha bditis elegans.
1999 Decifrado o 1º.cromossoma humano, o 22.

2000
A 26 de Junho de 2000, cinco anos antes do previsto, o genoma humano é dado por decifrado nas suas partes essenciais. Esta revolucionário descoberta é anunciado simultaneamente na China, Japão, França, Alemanha, e Grã-Bretanha e EUA.

É publicada a sequência do genoma da mosca-do-vinagre, com cinco cromossomas.

2001




A 11 de Fevereiro, na Internet é divulgado o esquema quase completo do genoma humano, após dez anos de investigações à escala mundial.

1.

O código genético humano revelou menos genes que os esperados - apenas metade a um terço do número inicialmente previsto pelos cientistas. Nas primeiras estimativas pensava-se existirem cerca de 100.000 genes humanos no código genético humano, mas, em estudos mais recentes, este número foi reposto entre os 60.000 e 80.000. O consórcio público calcula que o genoma humano contém 31.780 genes codificadores de proteínas. Até ao momento descobriram 22.000. A empresa Celera afirma ter indícios importantes sobre a existência de 26.000 genes e calcula que seu número total seja de 38.000.

2.

Grande parte do material genético humano procede de micro-organismo primitivos como virús e bactérias. Há 113 genes humanos que provêm directamente das bactérias.O que parece confirmar a hipótese evolucionista de Charles Darwin.

3.

Apesar da complexidade da estrutura e o comportamento humano, o número de genes humanos (30 a 40 mil) é comparável ao existente em genomas muito mais pequenos. O trigo possui 13 mil genes, um verme 18 mil, uma planta 26 mil, mas um rato possui apenas menos 300 genes. A diferença em relação ao genoma de um chipanzé é ainda muitissimo menor, ficando reduziada para apenas um punhado de genes e proteínas, mas as suficientes para permitirem que a espécie humana possa falar, raciocionar, e decidir livremente o seu destino. Não existe pois uma grande correlação entre a complexidade de um organismo e a quantidade de ADN que possui. A grande diferença em relação aos restantes animais perece residir na maior complexidade do genoma humana e nas suas maiores possibilidades de

combinações.

4.

As diferenças que tornaram pouco a pouco os humanos diferentes dos restantes animais foram preservadas no código genético. A a maior parte da variação – as mutações que sublinham a evolução e trazem uma alteração gradual da espécie humana– está no cromossoma Y. Isto quer dizer que os homens são responsáveis pela grande parte das mutações, porque apenas os homens possuem este cromossoma.



5.

Uma das descobertas mais interessantes está no facto de se verificar que os seres humanos compartilham entre si 99,99% de seus genes. Daqui ode conclui-se que pode existir maior diferença entre duas pessoas da mesma raça do que a que há, por exemplo, entre um asiático e um negro.

6.

O ambiente terá desempenhado um papel crucial no desenvolvimento humano. A ideia que as características da personalidade estavam estreitamente ligadas ao genoma pode considerar-se falsa numa perspectiva científica. Não há genes capzes de sustentarem esta possibilidade. Esta constação levanta a seguinte questão: - Mesmo que fosse possível criar geneticamente duas pessoas idênticas, as possibilidades de ter personalidades e comportamentos iguais seria menor que zero. A diversidade do género humano tem que ser procurada no meio ambiente e nas interacções humanas e não na genética. Segundo Venter da empresa Celera, não há também suficientes genes para pensar que exista um único segmento de ADN que justifique a homossexualidade, o alcoolismo ou a agressão. Os homens não são pois necessariamente prisioneiros de seus genes, pelo contrário as circunstâncias da sua vida são cruciais na sua personalidade.



7.
Os cientistas afirmam ainda que, perante estes resultados, longe de ser a «fórmula secreta» da constituição do ser humano, o código genético é apenas um guia para a compreensão da génese e constituição do organismo humano. Após ultrapassar este enigma, um outro se

coloca: - como é que este organismo se eleva ao pensamento, de tal forma que investiga com sucesso a sua própria existência.









Publicado o livro da vida
Ana Lucia Azevedo, de 12/2/2001



A receita para fazer um homem é quase idêntica à que gera um camundongo. A origem de certas formas de depressão está em bactérias que carregamos em nosso DNA. Temos os genomas inteiros de vermes e vírus em nosso código genético e, longe de ser ruim, isso nos ajudou a evoluir. Essas e milhares de outras informações estão na primeira edição do mais essencial livro já escrito no mundo. Diz respeito a gente de todos os credos e etnias. É o livro do código genético do homem, o genoma, apresentado ontem, e cuja simples publicação já representa uma revolução na medicina.

O livro do homem começa com uma lição de humildade. Longe dos cem mil genes previstos, o homem tem cerca de 30 mil. Destes, aproximadamente 1% é exclusivamente humano - dos dois metros de DNA enrodilhados dentro de cada célula humana, só dois centímetros são exclusivamente humanos. A essência da Humanidade está na interação desses genes com o ambiente - é daí que se originaram toda as paixões, os medos e a capacidade humana para criar cultura e guerra. O livro do genoma deixa claro que o papel do ambiente (entenda-se aí desde os primeiros momentos do embrião no útero ao modo de vida de uma pessoa) é muito maior do que se imaginava.

- De certa forma, acabamos com o orgulho de nossa espécie. Temos apenas o dobro do número de genes de um verme. Nossa inteligência e complexidade emergem de outras fontes, de nossa rica interação com o planeta. Ainda há muito a descobrir - disse um dos líderes do Projeto Genoma, Francis Collins.

Uma arma contra doenças e racismo

As informações do livro da vida são suficientes para produzir centenas de testes de diagnóstico genético, bases para terapias contra doenças como câncer e mal de Alzheimer. O resultado será uma medicina mais personalizada e eficiente, voltada para a prevenção.

Em junho passado, cientistas anunciaram ter identificado toda a composição química do DNA humano. Era como se tivessem todas as letras necessárias para fazer um livro, mas ainda não soubessem como escrevê-lo. Agora, parte da tarefa está concluída e o livro já pode ser lido, ainda que a versão definitiva não esteja pronta.

O livro, na verdade, é composto pelo trabalho de dois grandes grupos de pesquisa. O primeiro é o Consórcio de Seqüenciamento do Genoma Humano, ou Projeto Genoma Humano, um esforço internacional com milhares de cientistas liderado por Estados Unidos e Grã-Bretanha, com a participação de França, Alemanha, Japão e China. O segundo é o da empresa americana de biotecnologia Celera, do geneticista Craig Venter.

- A Humanidade produziu um grande número de clássicos da literatura, fontes de cultura e inspiração. Agora, pela primeira vez, temos uma antologia de nós mesmos, que nos conta uma história de bilhões de anos de evolução. Nós estamos aprendendo a ler essa história. É uma tarefa para décadas - afirmou Eric Lander, principal autor do estudo do Projeto Genoma.

Os resultados seriam apresentados oficialmente hoje, mas o jornal britânico "The Observer" violou o embargo internacional, obrigando os dois grupos de pesquisa a liberar a divulgação dos dados. O trabalho da Celera será publicado esta semana pela revista americana "Science" (www.sciencemag.org) e o do Projeto Genoma pela britânica "Nature" (www.nature.com). Ambas as revistas divulgarão hoje o trabalho em seus sites.

A genética baniu de vez o conceito de raça. Negros, brancos e asiáticos diferem tanto entre si quanto dentro de suas próprias etnias.

- Há diferenças biológicas ínfimas entre nós. Essencialmente somos todos gêmeos - disse Venter.
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CURA DE CEGUEIRA,.QUESTÃO DE TEMPO..


• CEGUEIRA
Cientistas conseguem recuperar parcialmente visão de ratos
Uma equipa de cientistas britânicos e norte-americanos conseguiu restaurar parcialmente a visão de ratinhos cegos. A experiência é descrita pela revista Nature como «significativa» . Os cientistas admitem que, daqui por alguns anos, ela possa ser aplicada em pessoas com problemas de visão causados pelo envelhecimento e diabetes.
( 20:16 / 08 de Novembro 06 )



Os cientistas utilizaram células da retina de um ratinho com poucos dias de vida e transplantaram-na para ratos com cegueira provocada por deficiências genética.

Não foram utilizadas células estaminais que podem dar origem a qualquer tipo de tecido, mas sim células num estado um pouco mais adiantado, quando se preparam para ser células fotoreceptoras.

As células transplantadas foram bem aceites e estabeleceram relação com as células já existentes permitindo a recuperação de parte da visão dos animais.

Os cientistas notam que estes resultados põem em causa a certeza provisória de que seria impossível desenvolver novas células numa retina madura

Para aquilo que nos interessa de forma especial, os cientistas estimam que esta pesquisa possa vir a permitir alguns transplantes semelhantes em humanos, dentro de uma década. Mas como sempre, os prazos são incertos.

O alvo principal pode ser uma doença chamada degenerescência macular com a idade - conhecida como DMI - a causa principal de cegueira na idade avançada, por causa justamente da perda das células fotoreceptoras.

Mais um detalhe: os cientistas avisam que - para obter células humanas da retina no mesmo estado de desenvolvimento daquelas dos ratinhos, seria necessário recorrer a um feto no segundo trimestre de gravidez. Um cenário naturalmente posto de parte.

Assim, o caminho terá de passar pela manipulação de células estaminais adultas para que elas se comportem como as células fotoreceptoras bebés dos ratinhos recém nascidos

26 de outubro, 2000 - Publicado às 15h57

Quatro novas luas descobertas ao redor de Saturno
Saturno tem agora 22 luas conhecidas


Aumentou para 22 o número de luas conhecidas ao redor de Saturno, com a descoberta de quatro novos satélites em torno do planeta.

Telescópios em várias partes do mundo detectaram quatro corpos celestes nos últimos meses. Cálculos orbitais mostram que é praticamente certo que os objetos são satélites ligados ao planeta.

Eles são classificados como luas "irregulares" e podem ser asteróides capturados do espaço. Ainda há outras luas ao redor de Saturno esperando confirmação para serem reconhecidas oficialmente como luas de Saturno.

As duas primeiras luas foram observadas pelo Observatório do Sul da Europa, no Chile.

Várias observações

Imagens capturadas no dia 7 de agosto mostram dois objetos que se movem próximo ao clarão criado pelo planeta. Astrônomos acreditam que poderiam ser novos satélites.

No dia 23 de setembro, uma equipe de astrônomos observou em Mauna Kea, no Havaí, os mesmos objetos vistos no Chile e mais outros dois.

Novas luas de Saturno
Novas luas de Saturno
Cálculos orbitais sugerem que os corpos celestes não devem ser asteróides de primeiro plano, embora esta possibilidade não possa ser descartada.

Os astrônomos dizem que mais alguns meses de observação serão necessários para determinar com precisão a órbita desses objetos. Os estudos devem ser completados antes que o planeta desapareça atrás do Sol em março do ano que vem.

As novas luas são classificadas como irregulares porque elas estão distantes do planeta e foram provavelmente anexadas à sua órbita depois que o planeta já estava formado.

Já as luas regulares geralmente circulam numa órbita muito próxima ao planeta, e foram provavelmente formadas a partir de poeira ou gás provenientes da formação do planeta.

O único satélite irregular ao redor de Saturno, até então, é Phoebe, descoberto em 1898. Já Júpiter tem nove luas irregulares, das quais uma delas foi descoberta somente no ano passado. Netuno tem duas luas irregulares e Urano tem cinco.

Maior número de luas

Com essas duas descobertas, Saturno tem agora 22 luas, uma a mais do que Urano. As novas luas de Saturno têm entre 10 e 50 quilômetros de diâmetro, mais ou menos o mesmo tamanho das luas de outros planetas.

Saturno pode ainda ter outra luas. Astrônomos descobriram vários outros possíveis satélites que ainda precisam ser estudados para ser confirmados como luas.

A descoberta foi feita por um grupo de astrônomos, baseados em várias partes do mundo. Eles estavam observando os corpos celestes no Observatório de Cote d'Azur, na França, McMaster University, no Canadá, Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos e na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.

FURACOES- CATARINA & KATRINA


Lições do Catarina e do Katrina
Artigo discute influência das mudanças climáticas na ocorrência de fenômenos extremos

Nos últimos tempos, fenômenos climáticos de grande poder de destruição vêm ocorrendo em diversas partes do mundo, causando enormes danos materiais e alto número de mortes. Nem o Brasil escapou: o Catarina, primeiro furacão do Atlântico Sul, pegou de surpresa moradores do sul do país em março do ano passado.

Alguns estudos indicam que o aumento da temperatura das águas oceânicas estaria tornando mais intensos esses fenômenos, mas ainda há incertezas quanto à real influência do chamado aquecimento global em mudanças na freqüência de furacões e tufões e em sua ocorrência em locais onde não eram observados. Centros de pesquisa de vários países, usando modelos climáticos, tentam prever se esses eventos extremos tendem a aumentar, para evitar ou amenizar tragédias como a provocada pelo furacão Katrina em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Existem evidências de que, em diversas regiões da Terra, estão aumentando a freqüência e a intensidade de fenômenos climáticos extremos. Ainda que esse aumento possa, em princípio, ser parte de uma variabilidade natural do clima, ele também é consistente com as conseqüências esperadas do aquecimento global – o aumento das temperaturas médias da superfície dos continentes e dos mares induzido por causas naturais e pelos efeitos de atividades humanas. Essa relação é preocupante, pois mostra que, em razão do aquecimento global (em especial o das águas do mar), a humanidade precisa estar preparada para enfrentar fenômenos climáticos cada vez mais severos.

Esses fenômenos já vêm acontecendo, como revelam notícias vindas de várias partes do mundo, causando imensos prejuízos materiais e causando a morte de grande número de pessoas. No entanto, os danos a cidades e populações provocados por ciclones, furacões, tufões e tempestades severas têm razões menos climáticas e mais demográficas e políticas.

Grandes cidades já foram atingidas por tempestades muito fortes no passado, sem tantas mortes ou estragos. A diferença é que de lá para cá ocorreu uma explosão demográfica nas zonas costeiras e muitas áreas sujeitas à passagem de furacões e chuvas fortes foram intensamente ocupadas, com o consentimento dos governos e sem maior preocupação com os riscos associados.

Imagem do Catarina, primeiro furacão conhecido no Atlântico Sul, que atingiu o sul do Brasil em 2004 – a fotografia, em cores naturais, foi obtida pelo satélite Terra (foto: Nasa)
Mesmo o Brasil não está imune a esses fenômenos. Em 27 de março de 2004 uma tempestade inicialmente classificada como ciclone extratropical atingiu a costa sul do Brasil, entre Laguna (SC) e Torres (RS), com chuvas fortes e ventos estimados em cerca de 150 km/h, matando 11 pessoas no continente e no oceano e causando destruição em dezenas de municípios. Após estudos e debates, concluiu-se que o fenômeno – batizado de Catarina por causa do estado mais atingido – foi o primeiro furacão de que se tem notícia no país.

O Catarina gerou muitas indagações sobre suas causas, e não está excluída a possibilidade de estar relacionado ao aquecimento global. Na verdade, ainda existe incerteza nos meios científicos sobre as possíveis conseqüências das mudanças climáticas associadas ao aquecimento global no aumento na freqüência e intensidade de furacões.

O que se sabe é que o aquecimento global é real e decorre principalmente, entre outros fatores, do aumento da concentração de gases de ‘efeito estufa’ na atmosfera. Essa maior concentração, gerada em grande parte pela queima de combustíveis derivados do petróleo e por desmatamentos, queimadas e incêndios florestais, acumulam-se na atmosfera e aumentam a retenção de calor pelo planeta, fazendo com que a baixa atmosfera se comporte como uma imensa estufa.

Para avaliar os efeitos desse aquecimento no clima, os países integrantes das Nações Unidas criaram em 1988 o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Existe no Painel o consenso de que as mudanças do clima vinculadas ao aquecimento global podem alterar as trajetórias das tempestades severas (entre elas tempestades tropicais e furacões) e de que regiões que raramente experimentam fenômenos extremos hoje podem ser afetadas por eles no futuro. A pergunta que se faz é: esse futuro já chegou?

1 de jun. de 2007

PRÓSTATA, NOVO TRATAMENTO..

Sexta, 1 de junho de 2007, 19h52


Descoberto novo tratamento para câncer de próstata



A utilização do isótopo radioativo 223 em um estudo para comprovar sua eficácia no tratamento de pacientes com câncer de próstata refratário à hormonioterapia constatou "resultados promissores", segundo um artigo publicado na edição online da revista britânica The Lancet. O câncer de próstata hormônio-refratário (CPHR) é, segundo os médicos, o tumor que apresentou progressão, apesar da remoção dos hormônios androgênicos testiculares, por castração ou bloqueio androgênico máximo.

Os pacientes que sofrem deste tipo de câncer possuem sintomas como dor nos ossos, compressão da medula espinhal e fraturas patológicas, acrescenta o relatório. Segundo o estudo, os tratamentos empregados para curar os problemas nos ossos, como o uso dos isótopos radioativos que emitem partículas beta com estrôncio 89, reduzem a dor do paciente.

Um grupo de cientistas do Instituto para a Pesquisa do Câncer e do Hospital Royal Marsden de Sutton, no Reino Unido, liderado pelo doutor Christopher Parker, acompanhou 64 pacientes que sofriam desta doença. O tratamento se baseou no radioisótopo 223, que emite radiações alfa, que são ao mesmo tempo mais potentes e produtivas que as beta.

Parker e seus colegas avaliam que esse tipo de tratamento teria um efeito maior no combate dos tumores. Inicialmente, os pacientes foram divididos em dois grupos de forma aleatória. Os especialistas submeteram, então, o primeiro grupo, de 33 pessoas, a radioterapia com feixes externos e a quatro injeções de rádio-223. O outro grupo recebeu as mesmas doses de radioterapia, além de um placebo.

Nos pacientes que receberam o rádio-223 foi detectada uma diminuição de 66% em seus níveis de fosfatase alcalina óssea, considerada um sinal desse tipo de câncer. Além disso, o período de sobrevivência observado nos pacientes tratados com rádio-223 foi 41% superior ao das pessoas do grupo que receberam apenas o placebo.

PALEONTOLOGIA, EO FRUTO ANTIGO



Paleontologia
Sexta, 1 de junho de 2007, 16h09 Atualizada às 16h24
Japão: descoberto pedaço de melão de 2,1 mil anos

Arqueólogos que trabalhavam em uma escavação no oeste do Japão descobriram o que parece ser o mais antigo melão já encontrado, segundo um oficial local informou nesta sexta-feira. Baseado em análises, pesquisadores estimam que o pedaço de fruta tem cerca de 2,1 mil anos, afirmou Shuji Yamazaki, na cidade de Moriyama.

O fruto achado no Japão ainda tem uma parte da polpa. Os pesquisadores acreditam que o bom estado de conservação deve-se ao fato de que a fruta estava isolada por vácuo em uma camada úmida abaixo do solo, um ambiente hostil para microorganismos, disse Yamazaki.

Sementes de melão são freqüentemente encontradas em escavações arqueológicas no Japão, mas pesquisadores raramente acham restos de frutas, complementou Yamazaki. Até hoje, a fruta mais antiga já encontrada datava do século IV e foi descoberta na China.

TUBERCULOSE CURA SÓ EM 2012


Sexta, 1 de junho de 2007, 18h13


Vacina contra tuberculose estaria pronta em 2012

A única vacina contra a tuberculose latente, a RUTI, estará pronta em 2012 e poderá ser aplicada a um terço da população mundial infectada pela enfermidade, disse nesta sexta-feira Pere-Joan Cardona, diretor da investigação para o desenvolvimento da vacina, na Espanha.


» Doença mata 5 mil por ano no Brasil
» Doença custa até US$ 16 bilhões

As experiências em humanos da RUTI demonstraram a sua tolerância e a ausência de toxicidade, o principal problema que enfrenta o tratamento da mais antiga das enfermidades humanas que afeta 2,5 milhões de pessoas. "A vacina estará pronta em 2012 e, potencialmente, poderá ser administrada a um terço da humanidade, a população que se calcula estar infectada pelo bacilo da tuberculose", afirmou Cardona.

Segundo ele, inicialmente, o tratamento está dirigido às pessoas que tenham maior necessidade, como os soropositivos que, além disso, estão infectados por tuberculose latente, "uma combinação mortal". Dez por cento das pessoas com o vírus HIV, causador da aids, dos países desenvolvidos têm também tuberculose.

O desenvolvimento da RUTI é um marco mundial porque não existe nenhuma vacina terapêutica para tratar a infecção latente da tuberculose além do tratamento à base de isoniazida durante nove meses que, devido à sua toxicidade, não se administra a muitos dos infectados.

A infecção latente da tuberculose não gera sintomas e é diagnosticada por um teste cutâneo ou pela prova da tuberculina. "Um tratamento com antibiótico com a duração de nove meses é difícil de seguir, ainda mais se não se tem nenhum sintoma". A principal vantagem é que a nova vacina estimula a resposta do sistema imunológico e, ao ser administrada, pode reduzir para um mês o tratamento com antibiótico.

Pesquisadores da Archivel Farma e do Hospital Germans Trias i Pujol de Badalona, em Barcelona, onde também está sendo feita a primeira fase de experimentação da vacina em humanos, apresentaram os resultados das primeiras duas semanas de desenvolvimento clínico para garantir que não haja risco quando ela for comercializada.

O chefe do serviço de Farmacologia e da unidade responsável por esta primeira fase de experimentação. Joan Costa, explicou que foi administrada uma primeira dose de quatro microgramas da vacina a quatro dos seis voluntários saudáveis no dia 23 de abril. Aos outros dois voluntários, foi administrado um placebo. Na quarta semana, foi administrada uma segunda dose da vacina, "sem nenhum problema".

Esta primeira fase da investigação em humanos, na qual se comprova a toxicidade e a segurança do novo fármaco em 24 voluntários sãos, vai durar mais de um ano e será seguida de outra na qual se vai testar a imunidade e a eficácia da vacina com uma amostra significativa de 72 infectados com tuberculose. A terceira e última fase, prévia à comercialização da RUTI, requer uma amostra representativa de 3 mil pessoas.

ASTRONOMIA..UM NOVO PLANETA



Astronomia
Sexta, 29 de julho de 2005, 22h02 Atualizada às 16h59
Astrônomo afirma ter descoberto novo planeta

O astrônomo americano Michael Brown afirmou nesta sexta-feira ter descoberto o "décimo planeta do sistema solar", a cerca de 15 bilhões de quilômetros da Terra.

O novo "planeta", batizado provisoriamente de 2003-UB313, é o corpo celeste mais distante já descoberto gravitando em torno do sol", disse Brown, chefe do departamento de astronomia do Instituto Californiano de Tecnologia (Caltech), em Pasadena. Segundo Brown, o corpo celeste está "situado a 97 unidades astronômicas (14,4 bilhões de quilômetros) da Terra" e é maior que Plutão, o nono planeta do nosso sistema solar, descoberto em 1930.

O 2003-UB313 foi fotografado por uma câmera extremamente possante por intermédio do telescópio Samuel-Oschin, do Monte Palomar, no sul da Califórnia, disse Brown. Ele admitiu que qualificar de "planeta" este corpo celeste composto basicamente de rocha e gelo, como Plutão, pode provocar polêmica entre os especialistas, mas lembrou que se o 2003-UB313 não é um planeta, Plutão também não é.

O 2003-UB313 é um típico corpo do Cinturão de Kuiper, mas tem o tamanho para ser classificado de planeta. "Ele é, definitivamente, maior que Plutão", destacou Brown. O astrônomo americano propôs um nome para o "planeta" à União Internacional de Astronomia e espera uma decisão sobre o caso.

Brown fez a descoberta com os astrônomos Chad Trujillo, do Observatório Gemini de Havaí, e David Rabinowitz, da Universidade de Yale, em 8 de janeiro passado. O novo "planeta" será visível "nos próximos seis meses pela manhã, no leste do firmamento, na constelação de Cetus", segundo Brown.

SISTEMA SOLAR UB 313



O novo planeta do sistema solar – 2003 UB313


Na tarde de 29 de julho de 2005, os astrônomos: Mike Brown do Instituto de Tecnologia da Califórnia – Caltech, juntamente com Chad Trujillo e David L. Rabinowitz, anunciaram à União Internacional de Astronomia (IAU) a descoberta do décimo planeta do sistema solar ainda provisoriamente chamado sob o nome técnico de 2003 UB313.
Esta descoberta forçou o órgão oficial de astronomia a fazer uma revisão quanto aos parâmetros oficiais para que um corpo celeste seja caracterizado como planeta e consequentemente atribuir a este um nome apropriado.
Enquanto isto não acontece, órgãos científicos como a Nasa e revistas astronômicas de renome já reconhecem este objeto transnetuniano como o novo e mais distante planeta do sistema solar.

Características de UB313 – Codinome: Xena
Por vários anos, a equipe de astrônomos vem trabalhando especificamente na procura de novos planetas e planetóides e já são autores da descoberta de objetos trans-netunianos importantes como 5000 Quaoar, Sedna, Orcus, etc.
Em sua rotina de trabalho, a cada corpo novo encontrado eles o denominavam com um código interno tais como “Flying Dutchman” (Sedna), “Easterbunny” (2005FY9) e assim surgiu o codinome “Xena” em homenagem ao sucesso do seriado de televisão com este nome.


Representação artística do UB 313

Trata-se do maior objeto encontrado desde a descoberta de Netuno e de sua lua Tritão em 1846.
UB313 é maior que Plutão e se encontra no “cinturão de Kuiper”. O cinturão de Kuiper é uma área do sistema solar com inclinação paralela ao plano da eclíptica e que se estende além da órbita de Netuno.
Até então, Plutão era tido como sendo o maior objeto localizado nesta área do cinturão de Kuiper.
UB313 é agora o planeta mais distante do sistema solar. Está a quase 97 UA do Sol em seu afélio (maior distancia do Sol). Para vocês terem uma idéia, Plutão está a 49 AU do Sol – quase o dobro da distancia.
Seu tempo de órbita é de 560 anos para dar a volta ao Sol, o que significaria uma média de 45 anos em cada signo.
O ciclo de Plutão é de 240 anos e percorre cada signo em uma média de 20 anos.
Atualmente, UB 313 encontra-se localizado em 21 ° de Áries.
Do ponto de vista astronômico o novo planeta se localiza na constelação de Cetus.


Foram encontradas várias similaridade entre UB313 e Plutão: o estudo apresentado pelos astrônomos avalia que, assim como ocorre com Plutão, a composição do novo planeta é de gelo e rocha, havendo em sua superfície metano congelado (na terra, o metano é encontrado em estado gasoso).
Outra característica em comum é que UB313 apresenta uma órbita totalmente excêntrica inclinada em 44° com relação à eclíptica. A de Plutão está inclinada em 17°.
Esta inclinação surpreendeu aos astrônomos e representa um dos motivos pelo qual UB313 não foi descoberto antes.


Como foi descoberto:


Desde 2001 a equipe de astrônomos lidera, no Observatório de Palomar uma pesquisa para a descoberta de novos objetos na área do cinturão de Kuiper.
No verão de 2003 eles substituíram o equipamento de observação (Câmera Quest e o telescópio Samuel Oschin) resultando na descoberta de 80 objetos significantes.
O método usado consiste em tirar três fotografias ao longo de um período de 3 horas de uma mesma região do céu, juntar estas imagens e analisar se elas detectam o movimento característico de planetas, asteróides ou cometas.

A ilustração mostra os nove planetas incluindo UB313 em vermelho e parte da órbita de Sedna. UB313 parece atravessar a orbita de Plutão. O efeito é devido à sua inclinação de 45 graus em relação ao resto do sistema solar.

Primeiras imagens: Em 21/10/2003 (UT 06h22min – Observatório de Palomar) foi tirada a primeira série de imagens que resultaria na descoberta.
Todo o processo de análise era computadorizado e programado para objetos de movimentos mais rápidos.
Devido à distância de UB313 e ao seu passo tão lento, os computadores não revelaram a presença do objeto.
Em 2004 a equipe decidiu reanalisar todas as fotos anteriores focando a busca para objetos muito distantes e de passo mais lento.
A descoberta: Em 05 de Janeiro de 2005 (11h20min AM PST) a nova análise revela a presença de UB313.
Começam os trabalhos científicos para sua classificação: categoria ao qual pertencem, dimensões, densidade, rotação etc. para que a descoberta possa ser apresentada à comunidade científica.
A curiosidade da história é que os astrônomos foram forçados a revelar a descoberta oficialmente, antes da data prevista. Uma equipe de astrônomos da Espanha, tendo acesso aos dados dos computadores do Monte Palomar se precipitaram em se declarar como autores da descoberta do objeto 2003EL61, encontrado no mesmo período que UB313.
Anúncio oficial de UB313: 29 de Julho de 2005 (04h00min Pacific Daylight Time) o Centro para Minor Planet publica a descoberta.
A Lua de Xena: 10 de Setembro 2005. Astrônomos do Observatório de Mauna Kea no Havaí analisando os objetos recém descobertos com uma aparelhagem ótica de alta precisão fotografam UB3413 e descobrem uma Lua. Foi lhe dado o codinome de Gabriela.

O significado da Descoberta

Independente de UB313 ser catalogado definitivamente como planeta ou não, não há dúvidas de se tratar de uma descoberta muito importante tanto para a comunidade astronômica quanto para os astrólogos.
A partir do momento em que a descoberta do 10° planeta do sistema solar alcançou tamanha divulgação, novas polêmicas se criaram, novas definições estão sendo impostas, novos grupos de pesquisa imediatamente se formaram em torno desta descoberta.
Principalmente entre os astrônomos e no meio astrológico.
Estes fatores em si já são suficientes para caracterizar um marco histórico na evolução destas ciências.

Versão artística de 2003 UB313
O horizonte dos planetas em órbita de nosso sistema solar se ampliou para 14 bilhões de quilômetros a partir do Sol.
Esta descoberta provoca uma abertura de conhecimento que simultaneamente expressa uma nova ampliação de consciência de nossa civilização. No coletivo e no individual.

PEDOFILIA..SERA MESMO DOENÇA ??


A Violência Sexual Como Doença



Pedofilia (Abuso de Menores, Incesto, Molestação de Menores)

A Pedofilia é um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes, efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos 5 anos mais velho que a vítima.

O abuso ocorre em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais.

A grande maioria de abusadores é de homens, mas suspeita-se que os casos de mães abusadoras sejam sub-diagnosticados.

Existem 4 faixas etárias de abusadores:

* jovens até 18 anos de idade, que aprendem sexo com suas vítimas,

* adultos de 35 a 45 anos de idade que molestam seus filhos ou os de seus amigos ou vizinhos,

* pessoas com mais de 55 anos de idade que sofreram algum estresse ou alguma perda por morte ou separação, ou mesmo com alguma doença que afete o Sistema Nervoso Central,

* e aqueles que não importa a idade, ou seja, aqueles que sempre foram abusadores por toda uma vida.

O sexo praticado com crianças geralmente é oro-genital, sendo menos freqüente o contato gênito-genital ou gênito-anal.

As causas do abuso são variáveis. O molestador geralmente justifica seus atos, racionalizando que está ofertando oportunidades à criança de desenvolver-se no sexo, ser especial e saudável, inclusive praticando sexo com a permissão desta. Pode envolver-se afetivamente e não ter qualquer noção de limites entre papéis ou de diferenças de idade.

Quando ocorre dentro do seio familiar (o abusador é o pai ou padrasto, por exemplo), o processo é bastante complicado. Normalmente interna-se a criança para sua proteção, e toda uma equipe trabalha com o clareamento da situação. Por vezes, a criança é também espancada e deve ser tratada fisicamente. A família se divide entre os que acusam o abusador e os que acusam a vítima, culpando esta última pela participação e provocação do abuso. O tratamento, então, é inicialmente direcionado para a intervenção em crise. Depois, tanto a criança, quanto o abusador e a família devem ser tratados a longo prazo.

Devido ao fato de abuso de menores ser um crime, o tratamento do abusador torna-se mais difícil.

As conseqüências emocionais para a criança são bastante graves, tornando-as inseguras, culpadas, deprimidas, com problemas sexuais e problemas nos relacionamentos íntimos na vida adulta.

Estupro (Violência ou Violação Sexual, Ataque Sexual)

O Estupro é definido como o ato físico de atacar outra pessoa e forçá-la a praticar sexo sem seu consentimento. Pode ser um ataque homossexual ou heterossexual, estando a pessoa consciente ou não (sob efeito de drogas ou em coma).

Geralmente o estuprador é homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres, sentimentos de inadequação e insegurança em relação a sua performance sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades genéticas com tendências à agressividade.

A vítima normalmente é estigmatizada, havendo uma tendência social de acusá-la direta ou indiretamente por ter provocado o estupro. Sente-se impotente até mesmo em delatar o estuprador, que muitas vezes é alguém já conhecido, sentindo-se muito culpada e temerosa de represálias. Muitas vezes, pode sentir que o estupro não foi um estupro, que foi uma atitude permitida por ela e de sua responsabilidade. Tal atitude dificulta o delato do crime. Os sentimentos de baixo auto-estima, culpa, vergonha, temor (fobias), tristeza e desmotivação são comuns. A ideação suicida também pode piorar o quadro. São comuns sintomas similares ao Estresse Pós-Traumático (Transtorno de Ansiedade comum em soldados pós guerra).

O tratamento da vítima consiste em conscientizá-la de que o estupro foi um ataque sexual, um crime, envolvendo pessoa conhecida ou mesmo uma pessoa desconhecida com a qual a vítima possa ter marcado um encontro às escuras.

Assédio Sexual (Molestamento, Coação Sexual)

O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-benvinda, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal de natureza sexual.

Existem leis que protegem as pessoas de preconceitos sexuais, tomando-se por base tais situações.

Existem dois tipos de molestamento:

* quando existe uma pressão sobre a vítima para esta prestar algum favor sexual ou se submeter de alguma forma por estar hierarquicamente abaixo ao molestador,

* quando há uma pressão para a vítima sentir-se em um ambiente desagradável por ser de seu sexo específico. Por exemplo, uma mulher ser hostilizada ou não-benvinda por ser uma mulher em um determinado ambiente de trabalho, fazendo com que se sinta tão mal a ponto de ter de abandonar o emprego ou permanecer nele com sofrimento.

O tratamento para essas vítimas consiste em ajudá-las a tomar medidas legais contra o molestador, treinando-as para identificar quando estão sendo submetidas a esse tipo de abuso.

Exploração Sexual Profissional

A Exploração Sexual Profissional ocorre quando há algum tipo de envolvimento sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que está prestando algum serviço (de confiança e com algum poder delegado) e um indivíduo que procurou a sua ajuda profissional.

Pode ocorrer em todos os relacionamentos profissionais nos quais haja algum tipo de poder de um indivíduo sobre o outro (assimetria). Exemplos são relações como a do médico-paciente, psicólogo-paciente, advogado-cliente, professor-aluno e clérigo-paroquiano.

Restrições à intimidade sexual entre profissionais da área médica e pacientes são já citadas no juramento de Hipócrates, que data quatrocentos anos antes de Cristo, proibindo esse tipo de atividade sexual. Atualmente, tanto o código de ética médica como o código dos psicólogos postulam os mesmos princípios, considerando seríssimos os danos causados ao paciente.

É sempre muito difícil tratar um paciente que foi explorado por um médico ou terapeuta. Há uma incapacidade da vítima para confiar novamente, impossibilitando a aliança terapêutica, extremamente necessária para desenvolver o relacionamento saudável médico-paciente e a obtenção de sucesso no tratamento.

O profissional abusador também enfrenta muitas dificuldades no seu próprio tratamento. Geralmente busca ajuda somente quando foi delatado e indiciado. Existem ainda poucos serviços especializados e direcionados ao tratamento dessas situações.














: LEGISLAÇÃO :.


.: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE :.

LEI N.º 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 (alterado pela Lei no 9.455, de 07 de abril de 1997)

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Título I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

(...)

Capítulo I
Dos Crimes

Seção I
Disposições Gerais

Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo do disposto na legislação penal.

Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.

Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada.

Seção II
Dos Crimes em Espécie

Art. 240. Produzir ou dirigir representação teatral, televisiva ou película cinematográfica, utilizando-se de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, nas condições referidas neste artigo, contracena com criança ou adolescente.

Art. 241. Fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão de um a quatro anos.

VENENO CONTRACEPTIVO


Veneno de viúva-negra chilena pode funcionar como contraceptivo

Publicada em 01/06/2007 às 23h17m


SANTIAGO - Cientistas descobriram um contraceptivo potenciamente comercializável no veneno da aranha viúva-negra do Chile, cuja mordida pode ser fatal, mas também pode causar ereções prolongadas, dolorosas e involuntárias nos homens.

O veneno da aranha Latrodectus, uma variedade de viúva-negra encontrada apenas no sul do Chile, tem propriedades espermicidas não encontradas em outras aranhas da espécie de outras regiões do mundo, disse o médico chileno Fernando Romero.

Romero lidera um grupo de pesquisa que estuda o veneno da aranha há sete anos, estimulado por histórias de fazendeiros chineses que adquiriram virilidade sobre-humana após terem sido mordidos pela viúva-negra.

Estudos iniciais se focaram em extrair o veneno para tratar disfunções de ereção, mas os pesquisadores logo descobriram que havia uma molécula na substância que também tinha efeito contraceptivo.

“ Temos que nos certificar que não há efeitos colaterais para que possa ser usado como um gel em combinação a preservativos ”

- Esta é uma grande oportunidade de negócios, somos os criadores do espermicida - disse Romero.

Ele afirmou acreditar que as propriedades naturais da molécula são superiores àquelas de espermicidas sintéticos atualmente no mercado.

Romero, da Universidad de la Frontera, localizada na cidade de Temuco, sul do país, já fez o pedido de patente para seu medicamento contra disfunção erétil.

Ele disse estar confiante de que sua pesquisa estará completa dentro de dois anos e que o espermicida se torne disponível no mercado mundial.

- Temos que nos certificar que não há efeitos colaterais para que possa ser usado como um gel em combinação a preservativos, ou como supositórios para mulheres - disse o pesquisador.