21/07/2007 - 14h15
Norte da Argentina é sacudido por terremoto de 6,2 graus
Tremor teve epicentro na região de Jujuy, a 140 km de Tarija, na Bolívia.
Não há informações sobre vítimas ou danos materiais.
Um terremoto de 6,2 graus na escala Richter sacudiu o norte da Argentina na manhã deste sábado (21), segundo a Agência Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
Saiba mais
* » Terremoto de 6,1 graus é registrado no Acre
Mais cedo, um terremoto com magnitude de 6,1 atingiu a região da Amazônia no Brasil. O epicentro do terremoto ocorreu a 100 quilômetros do município de Cruzeiro do Sul, no Acre, segundo informações do Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB).
O tremor da Argentina teve epicentro na região de Jujuy, a 140 quilômetros a leste de Tarija, na Bolívia, a uma profundidade de 247 quilômetros.
Não há informações a respeito de vítimas ou danos materiais.
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4 de ago. de 2007
TERREMOTO NO BRASIL..?
21/07/2007 - 13h17 - Atualizado em 24/07/2007 - 13h27
Terremoto de 6,1 graus é registrado no Acre
Abalo ocorreu a 600 km de profundidade e não gerou conseqüências graves.
Maior terremoto registrado no país ocorreu em 1955.
* » Norte da Argentina é sacudido por terremoto de 6,2 graus
Um terremoto com magnitude de 6,1 graus atingiu a região da Amazônia no Brasil por volta das 10h30 deste sábado (21). O epicentro do terremoto ocorreu a 100 quilômetros do município de Cruzeiro do Sul, no Acre, segundo informações do Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB).
Apesar da magnitude do sismo, o tremor não teve conseqüências graves pois ocorreu a cerca de 600 quilômetros de profundidade. "As ondas geradas por esse tremor perdem a energia”, explicou o chefe do observatório, Lucas Vieira Barros.
"Esses são sismos interplacas, que acontecem em função do choque das bordas de duas placas tectônicas. Elas se rompem e se quebram a grandes profundidades. Como tem um foco muito profundo, não ocorre dano".
O maior terremoto já registrado no Brasil atingiu 6,2 graus e ocorreu no município de Porto dos Gaúchos, em Mato Grosso, em 1955. No entanto, teve característica diferente, ocorreu mais próximo à superfície e por isso pode ter oferecido risco maior à época.
Barros conta que os terremotos são "comuns" na região amazônica. "Aquela região tem uma história sísmica. Vai continuar acontecendo. Esse sismo tem até uma característica benéfica porque as ondas perdem a energia", disse.
No Brasil, também são registrados sismos nos estados de Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, mas com outras características. "Eles são intraplacas, ocorrem devido a ruptura de falha geológica do interior do continente, ocorrem mais próximos à superfície".
O chefe do Observatório de Sismologia conta que na região amazônica já ocorreram sismos maiores, de 7 graus. No entanto, não há motivo para temer desastres devido à característica do choque, de ocorrer a grande profundidade.
"É muito remota a possibilidade de ter um grande terremoto no Brasil, mas não podemos dizer que isso não vai acontecer. Os terremotos são cíclicos. Eles têm um tempo de recorrência, de repetição. Ocorre a ruptura, o alívio das tensões e depois começa tudo de novo", conta.
Segundo Lucas Barros, terremotos de grande magnitude, de cerca de 7 graus, têm ciclos de 500 anos.
A PIOR ENCHENTE EM 115 ANOS
Moradores de Chongqing enfrentam pior enchente dos últimos 115 anos.
"Devemos encontrar coragem e determinação para superar", disse Hu Jintao.
Presidente da China, Hu Jintao, visita região atingida por enchentes. (Foto: Reuters)
O presidente da China, Hu Jintao, visitou Chongqing, uma das regiões mais atingidas pelas inundações que causaram cerca de 180 mortes nos últimos 10 dias em diversas áreas do país, segundo informou nesta segunda-feira (23) a agência estatal Xinhua.
A emissora de TV estatal "CFTV" mostrou imagens de Hu andando pelas alagadas ruas de Chongqing e visitando casas de pessoas atingidas e guarnições do Exército de Libertação Popular (ELP), que ajudam na recuperação das zonas inundadas.
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"Sua casas ficaram destruídas e seus pertences foram levados. Estou tão triste quanto vocês, e devemos encontrar coragem e determinação para superar isto", afirmou o governante.
Moradores de Chongqing se queixaram do reservatório das Três Gargantas, no rio Yang Tsé, alegando que ele foi o responsável pelos problemas climáticos da região, que em 2006 sofreu a pior seca dos últimos 50 anos e na semana passada suportou a pior tempestade dos últimos 115.
No entanto, os meteorologistas asseguram que o reservatório, considerado a maior obra hidráulica do mundo, não está relacionado com esses desastres naturais.
A província mais atingida é a de Yunnan (sul), onde 59 pessoas morreram em deslizamentos de terra, oito continuam desaparecidas e 386 mil foram afetadas pela perda de casas, gado e cultivos.
Foto: Reuters
Reuters
Criança senta sobre destroços de casa destruída em Longchang, na província chinesa de Sichuan. (Foto: Reuters)
Em Hubei (centro), as fortes chuvas causaram a morte de duas pessoas, o desaparecimento de outras duas e afetaram 13 milhões.
A estas vítimas se somam as dos dias anteriores nas divisões administrativas chinesas de Shandong, leste (40), Sichuan, sudoeste (15), Xinjiang, noroeste (16), e Mongólia Interior, norte (3).
Mais de 20 milhões de pessoas se viram afetadas nessas regiões pelas tempestades e inundações, que de forma pouco usual castigaram também gravemente algumas cidades, como Jinan (capital de Shandong), onde pelo menos 12 pessoas morreram.
Na província de Anhui (leste), milhares de pessoas trabalham para evitar o rompimento dos diques do leito do rio Huaihe, o terceiro mais longo do país (depois do Yang Tsé e do Amarelo).
O Huaihe, que ao longo da história causou graves inundações, está passando por sua segunda maior alta neste verão desde 1954.
O perigo de transbordamento do rio obrigou a evacuação de mais de um milhão de pessoas nas províncias ribeirinhas de Jiangsu, Anhui e Henan.
25/07/2007 - 09h13 - Atualizado em 25/07/2007 - 12h28
Rio Tâmisa transborda e estádio vira abrigo em Oxford
Cerca de 350 mil pessoas enfrentam o risco de passar duas semanas sem água.
Prejuízo com enchentes ultrapassa os R$ 12 bilhões.
Homem usas barco para poder se locomover em Oxford, na Inglaterra (Foto: Kirsty Wigglesworth/AP)
O rio Tâmisa transbordou nesta quarta-feira (26), levando à desocupação de centenas de casas na cidade universitária de Oxford. É a pior enchente a atingir a Grã-Bretanha em 60 anos.
Veja a galeria de fotos da enchente
Oxford tornou-se o novo centro da crise, quando afluentes do Tâmisa transbordaram água para as ruas, forçando a polícia a retirar os moradores de 250 casas. Eles receberam abrigo no estádio de futebol de Oxford.
Está na Inglaterra? Envie fotos e vídeos ao G1
Moradores de cidades históricas, como Windsor, foram alertados que poderão ser os próximos atingidos. A previsão é de mais chuvas.
Cerca de 350 mil pessoas enfrentam o risco de passar duas semanas sem água, e agricultores disseram que as colheitas foram fortemente prejudicadas. A conta do seguro pelos prejuízos pode chegar a 6,2 bilhões de dólares (pouco mais de R$ 12 bilhões).
Em Gloucestershire, condado no oeste da Inglaterra mais atingido pelas cheias, os níveis da água começaram a recuar no rio Severn.
O governo prometeu o equivalente a US$ 21 milhões (cerca de R$ 40 milhões) em ajuda para as áreas afetadas, além dos US$ 28,8 milhões (cerca de R$ 60 milhões) inicialmente destinados pelo primeiro-ministro Gordon Brown.
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* » Ásia volta a ser atingida por enchentes
"Estamos vendo as condições extremas do clima no século 21", disse Brown. Nesta quarta-feira (25), ele deve realizar uma visita às áreas afetadas.
Gordon assumiu o cargo há menos de um mês e disse que é necessário verificar tudo, desde a infra-estrutura a drenagem, a fim de combater tais condições.
Questionado sobre se o governo trabalhista fez o suficiente na última década em que esteve no poder, Brown afirmou que os investimentos para defesa contra enchentes já haviam dobrado antes da atual crise, "então sabemos que é necessário fazer mais pela defesa".
Um estação de distribuição de energia em Walham, Gloucestershire, ficou seriamente ameaçada pelas cheias, e os serviços de emergência trabalharam sem parar para protegê-la.
Se a estação fosse afetada, 500 mil pessoas ficariam sem energia.
Enquanto a Grã-Bretanha lida com enchentes, a região central e o sudeste da Europa enfrenta uma onda de calor. Autoridades estimam que cerca de 500 pessoas tenham morrido na Hungria e o calor também matou 12 romenos.
MORTOS DA ENCHENTE
2/06/2005 - 15h04
Mortos em enchente no nordeste da China já são 92
Equipes de resgate continuavam neste domingo a procurar pelas vítimas da enchente ocorrida ontem no nordeste da China, que já deixou 92 mortos. Ao menos 17 crianças --que estudavam na escola invadida pelas águas-- ainda estão desaparecidos.
A enchente aconteceu no mesmo dia em que em que um incêndio em um hotel ao sul matou 31 pessoas.
Autoridades de Pequim tentam lidar com as duas tragédias --em regiões opostas do país. O governo tenta restabelecer as comunicações na cidade de Shalan (Província de Heilongjiang), que ficou sob as águas neste sábado, e descobrir as causas do incêndio em Shantou.
As águas atingiram a escola às 14h (3h de Brasília), quando havia 352 crianças --com idades entre seis e 14 anos-- no local e outros 31 professores.
A enchente aconteceu devido a uma torrente de água e lama que desceu de uma montanha, próxima à cidade. Segundo o jornal 'Beijing News', a força das águas foi tão forte que vários estudantes foram levados na correnteza.
Sul
Ao menos 31 pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas em um incêndio que atingiu um hotel na Província de Guangdong, no sul da China.
Segundo a agência de notícias Xinhua, o fogo começou no início da tarde de sexta-feira (10) e se espalhou pelos três últimos andares do hotel Huanan, que fica no centro comercial da cidade costeira de Shantou.
Os bombeiros demoraram cerca de três horas para conseguir controlar o fogo. A agência não esclareceu quantas pessoas estavam no hotel no momento do incêndio.
Com agências internacionais
CHUVAS FATAIS
Sexta, 3 de agosto de 2007, 15h39
Chuvas deixam milhões de desabrigados no sul da Ásia
Azad Majumdar
Pelo menos 216 pessoas morreram em decorrência das enchentes causadas pelas monções no sul da Ásia nos últimos dez dias, disseram autoridades na sexta-feira, e mais de 10 milhões estão desabrigadas ou ilhadas, muitas delas sem acesso à assistência médica.
Com isso, cresce o risco do aparecimento de doenças trazidas pela enchente. Algumas pessoas foram vítimas de mordidas de cobras, outras sofreram ferimentos por causa do desabamento das casas, e muitas se afogaram.
O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) disse que as inundações estão levando o caos à região e podem ser as piores de uma geração inteira em algumas regiões.
"A escala das enchentes e o número enorme de pessoas afetadas representa um desafio sem precedentes para a assistência humanitária", disse o Unicef.
A infra-estrutura médica rural desapareceu em muitas regiões. No estado de Bihar, na Índia, várias mulheres deram à luz a natimortos em áreas afetadas.
"Há muito pouco o que fazer, já que quase metade dos 315 centro de saúde dos distritos remotos estão inundados", disse Baidyanath Singh, uma autoridade da área da saúde. Os moradores de Bihar, que tem cerca de 90 milhões de habitantes, dizem estar enfrentando falta de remédios e de alimentos.
Em Bangladesh, quase metade do país está sob as águas. A inundação chegou a afetar as partes mais baixas da capital, Daca. "A situação está piorando a cada hora que passa", disse o jornalista Biplob Chakravarty, da cidade de Manikganj, ao norte da capital.
As autoridades afirmaram que mais de 300 mil hectares de lavouras foram afetados.
No Estado de Assam, no nordeste da Índia, há quase 3 milhões de desalojados. Milhares estão acampados em estradas e margens de rio, nos poucos espaços não afetados pela inundação. Helicópteros e barcos militares tentam levar comida, água potável e remédio até eles.
No leste do Estado mais populoso da Índia, Uttar Pradesh, as enchentes inundaram quase 300 vilarejos. No oeste do país, vôos e trens sofreram atrasos por causa das chuvas no centro financeiro de Mumbai, onde a água chegava até o joelho das pessoas.
2 de ago. de 2007
CALOR QUE MATA..IV
Europa
Terça, 24 de julho de 2007,
Onda de calor na Romênia já matou trinta pessoas
O número de mortos na onda de calor que atinge há uma semana a Romênia, onde as temperaturas chegaram a 43ºC à sombra, chegou a 30, após a descoberta de 12 novos corpos nas últimas 24 horas, informou hoje o ministro da Saúde Pública, Eugen Nicolaescu.
O ministro afirmou que todas as mortes estão dentro da "definição do caso de hipertermia". Pelo menos cinco das últimas vítimas tinham mais de 70 anos e não respeitaram os insistentes alertas das autoridades para não se expor ao calor nas horas de pico.
Nicolaescu disse que 869 pessoas foram encontradas desmaiadas nas ruas em todo o país, 15% a mais que no dia anterior, enquanto as ligações para serviço de emergência chegaram a 18.942, uma alta de 20% em relação a segunda-feira. Hoje, ao meio-dia, o termômetro da Praça da Universidade em Bucareste indicava 55ºC.
Passageiros de um bonde sem ar-condicionado impediram um grave acidente hoje na capital, após o condutor ter desmaiado devido ao calor de 60ºC na cabine.
O fornecimento de energia foi interrompido durante várias horas em alguns dos distritos de Bucareste devido ao consumo excessivo, que superou os mil mW, enquanto a exportação de energia elétrica foi reduzida em 20%.
As atividades econômicas e comerciais em espaços abertos continuam suspensas entre as 11h e as 18h, e foram mantidas as restrições de velocidade do tráfego ferroviário e dos caminhões superiores a 7,5 t nas estradas.
As salas dos teatros e cinemas se somaram hoje aos espaços para primeiros socorros aos afetados pelo calor, junto com as igrejas, as farmácias, os consultórios médicos e as tendas instaladas nas ruas. No sul extremo da Romênia foram registradas temperaturas de 42ºC e 43ºC.
EFE
CALOR QUE MATA...III O INICIO DO INFERNO
Mundo vive maior fase de calor dos últimos 1,2 mil anos
Paul Rincon
Altas temperaturas são mais freqüentes e atingem todo o globo
O hemisfério norte experimentou as ondas de calor mais freqüentes dos últimos 1,2 mil anos, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Science.
A constatação dá mais força aos que defendem que o aquecimento global imprecedente e recente está ligado à atividade humana no planeta.
Uma equipe da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha, mediu mudanças em anéis de troncos de árvores, em conchas fossilizadas e no gelo, que permitem descobrir temperaturas máximas através do tempo.
Eles também estudaram diários pessoais dos últimos 750 anos, escrito por moradores de países como Holanda e Bélgica, e relatando o congelamento dos canais. E concluíram que há um aquecimento inédito e recente.
Pequena Idade do Gelo
Os pesquisadores Timothy Osborn e Keith Briffa analisaram medidas de temperatura tomadas por instrumentos desde 1856, para definir a quando o aquecimento começou.
E em seguida compararam também evidências de outras fontes, datando até o ano 800 d.C.
As análises confirmaram período de aquecimento significativo no hemisfério norte dos anos 890 a 1170 , o chamado período de aquecimento medieval. E constataram períodos de esfriamento, como o que ocorreu entre 1580 e 1850 - a pequena Idade do Gelo.
Mas apesar dos períodos anteriores de oscilação, a equipe mostrou que o atual aquecimento do planeta é mais freqüente e a mais longa anomalia de temperatura de qualquer tupo desde o século IX.
"Os últimos 100 anos são mais surpreendentes que os períodos de grandes flutuações anteriores. O aquecimento é global e afeta quase todos os registros analisados", afirmou Timothy Osborn.
Em novembro, a mesma publicação divulgou um estudo demonstrando que os níveis de gás carbônico e metano na atmosfera eram os mais altos dos últimos 650 mil anos.
Terça, 24 de julho de 2007, 14h04
Onda de calor mata 500 húngaros, diz governo
Uma onda de calor na Hungria provocou cerca de 500 mortes, informou nesta terça-feira em Budapeste o chefe dos serviços médicos nacionais. "De 15 a 22 de julho, a temperatura média diária permaneceu acima dos 30°C na maior parte do país. Neste período, a taxa de mortalidade se elevou cerca de 30% no centro da Hungria em comparação com a média normal de um dia de verão", informou Ferenc Falus, chefe dos serviços médicos.
"Isto significa que nesta região o calor causou a morte de 230 pessoas que, junto com os números nacionais, perfazem uns 500 mortos", completou Falus.
CALOR QUE MATA...II
Quarta, 25 de julho de 2007, 10h55 Atualizada às 11h24
Calor causa incêndios e mortes no Leste Europeu
Uma onda de calor com máximas de até 45ºC deixou dezenas de mortos e provocou incêndios em milhares de hectares de florestas nos Bálcãs e no Leste Europeu nos últimos sete dias.
» Onda de calor mata 500 húngaros
» Onda de calor na Romênia mata 30
» Registrado recorde de consumo de energia
Na Grécia, três pessoas morreram em conseqüência das temperaturas altas. Os meteorologistas previam para hoje a máxima de 45ºC à sombra. É o dia mais quente da onda de calor da última semana. Acompanhado por fortes ventos, o calor gerou cerca de 100 incêndios florestais por dia, com 40 mil hectares queimados e cinco bombeiros mortos na luta contra o fogo.
O maior número de vítimas foi na Romênia, com 30 mortos por hipertermia desde 16 julho. No fim de junho, uma primeira onda de calor matou 33 pessoas. O Ministério da Saúde romeno informou que as ligações de emergência para ambulâncias subiram 30%. Só na terça-feira, o número de pessoas desmaiadas nas ruas subiu para 869 em todo o país. Além disso, cerca de 19 mil pessoas pediram assistência médica.
O calor tem graves conseqüências econômicas para a Romênia, pois a seca provocou danos estimados em 1,5 bilhão de euros na agricultura, reduziu a produção energética e provocou a suspensão de 20% das exportações.
Já para os búlgaros, este verão europeu foi o mais intenso dos últimos 120 anos e foi acompanhado por chamas que arrasam florestas: só nas últimas 24 horas, tinham surgido 22 novos focos de incêndio. A circulação atmosférica que leva ar quente do norte da África elevou os termômetros para um recorde histórico: 44,8ºC na terça-feira em Sevlievo (centro da Bulgária). Hoje as temperaturas começaram a apresentar leve queda.
A Turquia também vive o verão mais quente dos últimos 50 anos, com temperaturas médias que superam as dos anos anteriores em até 10 graus. No sudeste do país, os termômetros chegaram a 47ºC. Na cidade de Edirne (fronteira com a Grécia), o governo turco decidiu conceder dois dias de ponto facultativo aos funcionários públicos com problemas de saúde e às grávidas.
Segundo fontes em hospitais ouvidos pela agência Efe, foi houve aumento de 10% no número de pessoas internadas por problemas de saúde devidos às altas temperaturas. Mas, por enquanto, o índice de mortalidade aumentou. A situação começava a se acalmar hoje na Croácia, na Sérvia e na Hungria, onde as temperaturas diminuíram em até 10 graus em relação à véspera.
Na Hungria, as autoridades decidiram suspender o alerta de terceiro grau (mais alto), em vigor até terça-feira, e calcularam que a mortalidade durante o calor aumentou 30%, com 500 mortes a mais que "em dias normais".
Os números são apenas projeções e não se referem a casos de mortes diretas pelo calor, mas ao número total de mortes, ponderou a médica Anna Báldy, vice-diretora do Instituto de Saúde Ambiental. Ela acrescentou que na Hungria nunca fez tanto calor durante tanto tempo, por isso não existem "dados que poderiam ser comparados cientificamente".
Na Sérvia, cerca de 2,5 mil hectares de floresta estavam pegando fogo hoje, mas só em poucas áreas os incêndios permaneciam fora do controle. Hoje, a temperatura diminuiu em quase 10 graus em todo o país. Centenas de hectares de floresta também estavam incendiados na província sérvia do Kosovo.
Na vizinha Macedônia, 25 incêndios permaneciam ativos, vários fora de controle, disse Elena Potsevska, porta-voz do Centro de Gestão de Crise. Havia incêndios florestais também em Montenegro e na Croácia, nas regiões do litoral adriático.
Duas pessoas morreram em função do calor na Croácia, que hoje se refrescou para 30 graus, mas a mudança climática chegou a alguns lugares com tempestades que danificaram telhados, automóveis e plantações.
CALOR QUE MATA...
Último verão europeu foi o mais quente em 500 anos, diz estudo
banhistas em Trafalgar
No último verão, fontes se transformaram em piscinas públicas na Europa
O último verão europeu foi o mais quente dos últimos cinco séculos no continente, segundo pesquisadores suíços.
"Quando se considera a Europa como um todo, foi o verão mais quente", disse o professor Juerg Luterbacher, da Universidade de Berna.
O invernos europeus também estão ficando mais quentes, segundo o estudo publicado na revista Science desta semana.
As temperaturas médias no inverno e no ano nas últimas três décadas também foram as mais quentes em 500 anos, diz a pesquisa.
Camadas do solo
O professor Luterbacher e sua equipe recolheram informações de toda a Europa e analisaram a história da temperatura no continente.
Eles analisaram troncos das árvores e camadas do solo desde 1500.
Segundo a pesquisa, nesses cinco séculos, houve diferentes tendências climáticas no continente, de aquecimento e de esfriamento.
O segundo verão mais quente no período foi em 1757 e foi seguido de um resfriamento.
Verão mais frio
O verão mais frio foi em 1902 nesses 500 anos.
Segundo os pesquisadores, desde 1977 há "uma tendência de aquecimento excepcionalmente forte e sem precedentes", que resultou na onda de calor do verão passado.
Autoridades em diferentes países europeus têm confirmado que milhares de pessoas morreram no verão de 2003, devido ao calor excessivo.
O estudo dos pesquisadores suíços não trata da questão controversa da influência humana sobre as mudanças climáticas.
"Não fazemos análise da influência humana", disse Luterbacher.
"Não tentamos determinar as causas. Apenas relatamos o que encontramos."
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