25 de out. de 2010

BUSCAS DE VIDA EM MARTE...


o veículo que buscará vida em Marte


Uma câmera instalada no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia, permite a qualquer um acompanhar o progresso do veículo Curiosity.

Ele foi projetado para explorar Marte em busca de condições favoráveis para a vida, no presente ou no passado, e também para encontrar as regiões nas quais poderiam estar preservados os registros de sua existência.



Com lançamento programado para 2011, entre 25 de novembro e 18 de dezembro, o Curiosiry deverá chegar somente em 2012 ao planeta vermelho.

Até lá, ele passa por uma série de testes e melhorias nas instalações da NASA. O veículo tem o tamanho de um carro, com cerca de 3 metros de comprimento (sem contar o braço robótico), 2,7 metros de largura e dois metros de altura. Ele pesa 900 quilos e leva consigo diversos instrumentos, como um laboratório de geologia, câmeras e laser.

Mesmo sem som, é possível acompanhar o trabalho da equipe de engenheiros da agência espacial americana de segunda a sexta, das 8h00 às 11h00. A câmera mostra a região que, geralmente, concentra mais ação – embora, ocasionalmente, o veículo possa ser transportado para outras áreas.

Nova pesquisa estuda água em Marte

Analisando dados recolhidos no planeta vermelho, a Nasa encontra novas evidências de que Marte já foi um dia abundante em água no estado líquido.

Graças a informações recolhidas pela veículo Phoenix Mars Lander, os pesquisadores descobriram que a atual composição da atmosfera do planeta só pode ser explicada pela presença recente de H2O em estado líquido
Por recente, entenda-se milhões de anos – uma vez que, na escala geológica, costuma-se lidar com bilhões e trilhões de anos.

O Phoenix chegou a Marte em 25 de maio de 2008 e, embora já esteja inativo, os dados colhido por ele ainda estão sendo estudados. As recentes descobertas são baseadas em informações colhidas sobre dióxido de carbono – um gás que constitui cerca de 95% da atmosfera marciana e é capaz de se infiltrar na siperfície, indicando a presença de água.

Os instrumentos a bordo do veículo mediram isótopos de carbono e oxigênio; os isótopos são variantes do mesmo elemento, porém com diferente peso atômico. Eles podem ser usados como uma assinatura química que nos diz de onde algo veio e por quais eventos passou.

A assinatura química sugere que o dióxido de carbono reagiu com a água líquida presente na superfície. Essa conclusão é possível devido a algumas características do planeta.

A baixa gravidade e a ausência de campo magnético em Marte significam que, conforme o CO2 se acumula na atmosfera, ele se perde no espaço. Esse processo favorece a perda de um isótopo mais leve chamado carbono-12, em comparação ao carbono-13. Se o CO2 de Marte tivesse passado somente por esse processo de perda atmosférica, a razão entre carbono-13 e carbono-12 seria muito maior do que o medido. Isso sugere que a atmosfera marciana recentemente foi preenchida com CO2 emitido de outras fontes – no caso, vulcões.

No entanto, uma assinatura vulcânica não está presente na proporção de dois outros isótopos (oxigênio-16 e oxigênio-18), achados no CO2 de Marte. Isso tudo sugere que o dióxido de carbono reagiu com água líquida, o que enriqueceu o oxigênio do CO2 com o oxigênio-18 (mais pesado).

A tese, publicada pela edição online da Science, é a de que água em estado líquido esteve presente em quantidade suficiente na superfície do planeta para afetar a atmosfera.