11 de mai. de 2007

ABORTO...QUEM ACEITA????

Morte de mães, direito do feto ou saúde pública

O aborto já é legalizado, mas é preciso também prever casos como a má-formação do feto. Será que a lei reflete em menos clínicas clandestinas? Educação sexual, sim é uma questão de saúde pública
Autor: Ceila Santos - Participa desde: 11/05/2007 Confesso que o atual projeto que tramita no Congresso há 16 anos, cujo relator já se mostrou favorável em uma das comissões, é uma legalização necessária para a má-formação do feto que ainda não está prevista entre os abortos legais. Mas tenho minhas dúvidas em legalizar o aborto para mulheres que ainda estariam numa fase embrionária da gravidez. Não me lembro do período proposto no projeto de lei.
Acabo de entrevistar o grupo Católicas pelo Direito de Decidir para o portal Desabafo de Mãe e reconheço que é de extrema importância solucionar as mortes oriundas em clínicas clandestinas. Mas será a legalização do aborto a solução?
Tenho um receio enorme dos impactos dessa legalização para nossa sociedade, principalmente, quando lembro da juventude. Acho que num país como Brasil, onde se transa cada vez mais cedo e não há nenhuma política efetiva sobre educação sexual, o risco de abusar desse direito de forma irresponsável é imenso.
Não há dúvidas de que as mulheres têm seus direitos e deveres, mas o direito da escolha de ter, ou não, um filho pode ser feito antes de uma transa e não depois que ela aconteceu. sou a favor da educação massiva sobre sexo, prevenção e uso de anticoncepcionais e camisinha.
Duvido muito que a legalização do aborto resulte em menos mortes maternas. Há a questão moral e religiosa: quanto mais a mulher brasileira precisa do poder público, maior a vergonha e receio de assumir um aborto que para maioria delas é um pecado religioso. É preciso mudar, mas será que é a lei que deve reger este processo?
A legislação precisa ser ampliada, além do estupro, para prever também o direito do aborto para fetos de má-formação. Mas acho que antes de se discutir um ato tão pessoal e privativo é preciso rever os valores das crenças brasileiras. É preciso que essas mulheres estejam preparadas para se perdoar e não encare o aborto como pecado imortal. É preciso ter uma outra história, uma nova cultura. por isso, sou a favor da educação plena, ampla e irrestrita.
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