Hepatite C aumenta risco do desenvolvimento de câncer linfático
08/05 -
Washington, 8 mai (EFE).- O vírus da hepatite C, a infecção crônica de maior transmissão sanguínea ligada ao câncer de fígado e à cirrose, aumenta o risco do desenvolvimento do linfoma de Hodgkin, um câncer do sistema imunológico, anunciaram hoje cientistas americanos.
Segundo os resultados do estudo publicado pelo "Journal of the American Medical Association", o vírus da hepatite C aumenta entre 20% e 30% o risco de ter o linfoma de Hodgkin.Além disso, provoca um aumento de 300% no risco de este linfoma sofrer uma mutação chamada Macroglobulinemia de Waldenstrom, um câncer dos linfócitos B - um tipo de glóbulo branco - associado com a produção excessiva de proteínas chamadas anticorpos IgM.
O linfoma de Hodgkin, que atinge principalmente os homens e que ao mutar pode causar tumores, se desenvolve nos gânglios linfáticos do pescoço ou da área entre os pulmões e a região posterior do esterno.
Também aparece nos grupos de gânglios linfáticos que estão nas axilas, na virilha, no abdômen ou na pélvis.
Caso o linfoma de Hodgkin se dissemine é muito comum que atinja o baço ou o fígado, embora possa alcançar outras partes do corpo.
"Embora o risco de desenvolver linfomas seja pequeno, nossa pesquisa indica que as mostras dos infectados pelo vírus da hepatite C poderiam desenvolver condições que derivassem em um câncer", explicou em comunicado Eric Engels, um dos co-autores do relatório.
A pesquisa se concentrou em 146.394 militares americanos com hepatite C e em outros 572.293 sadios entre 1997 e 2004, cuja média de idade era de 52 anos.
A hepatite C infecta de forma crônica 180 milhões de pessoas no mundo, o que faz com que seja quatro vezes mais freqüente que o vírus do HIV. EFE mg fal
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