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3 de nov. de 2007
CHUVAS CASTIGAM CIDADES DO SUL DO BRASIL
Chuva deixa ao menos 70 cidades do Sul em estado de emergência Ao menos 70 municípios do Sul do país decretaram situação de emergência por causa das chuvas que atingiram a região nos últimos dias. Vendavais e granizo deixaram casas destelhadas e pontos de alagamento em várias cidades. Nenhuma morte foi registrada. Foi decretada situação de emergência em 18 municípios de Santa Catarina, em 44 do Rio Grande do Sul e em oito no Paraná. Na região metropolitana de Curitiba e no litoral do Paraná, 350 mil casas e estabelecimentos comerciais sofreram quedas de energia, devido a árvores que caíram em instalações elétricas. Segundo a Defesa Civil do Estado, foram registradas 92 quedas de árvores, 12 pontos de alagamento e 13 destelhamentos, além de sete pontos de desabamento só em Curitiba. Anteontem, por volta das 18h, desabou parte do teto do Shopping Total, no bairro do Portão, na capital paranaense. Uma pessoa com ferimentos leves foi socorrida e passa bem. Áreas de instabilidade sobre o Sul do país manterão as condições de pancadas de chuva no centro-sul e no leste do Paraná e no sul e no leste de São Paulo. Curitiba e região ainda contavam os estragos do temporal do domingo, quando uma nova tempestade no final da tarde de ontem praticamente varreu a Capital e municípios vizinhos. Uma área de cerca de mil metros quadrados da cobertura do Shopping Total desabou no Portão, deixando uma pessoa ferida. No Parolin, uma grande árvore caiu sobre algumas residências. No São Lourenço, as águas do lago do parque voltaram a transbordar. Várias casas nas Vila Esperança ficaram destelhadas. Na Rua Toaldo Túlio, em Santa Felicidade, dezenas de árvores foram arrancadas. Aproximadamente 200 mil residências ficaram sem energia elétrica. O temporal atingiu praticamente toda a cidade. Segundo a Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec) ainda há condições para novas ocorrências na tarde de hoje. O temporal começou em Curitiba pouco antes das 18h30. O céu escureceu rapidamente e a tormenta veio forte, prejudicando o trânsito na região Central, que ficou cheia de água. Na região da Lapa, os ventos alcançaram a velocidade de 70 quilômetros por hora. Houve registros de estragos em São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul e Colombo. A linha de instabilidade avançou do Sudoeste paranaense ainda no começo da tarde. Temporais também foram registrados nos Campos Gerais. O acidente mais sério aconteceu no Shopping Total, onde uma parte da cobertura de gesso — de 50 por 20 metros — desabou durante o temporal, deixando uma pessoa ferida, encaminhada ao Hospital do Trabalhador, conforme informações da Defesa Civil Estadual. Mas havia informações extra-oficiais de outras cinco pessoas com escoriações leves. O setor foi isolado e o shopping evacuado. Dezenas de lojas foram atingidas. Os bombeiros enviaram quatro equipes para o local. Ainda conforme balanço preliminar no meio da noite, em Curitiba eram atendidos 40 quedas de árvores — principalmente em Santa Felicidade e no Boa Vista —, dez alagamentos, 20 destelhamentos, principalmente na região Norte da cidade. A Defesa Civil monitorava o lago do parque São Lourenço, que depois do alagamento de domingo, voltou a ameaçar transbordar, ontem. No Parolin, uma família foi encaminhada para abrigo depois que uma árvore caiu sobre a casa. Destelhamentos também ocorreram no bairro Libanópolis, em São José dos Pinhais, onde a Defesa Civil entregou lonas à população. Em Campina Grande do Sul a Defesa Civil contava sete destelhamentos, e em Colombo, diversos bairros tiveram problemas com alagamentos. Em Quatro Barras também foram contados destelhamentos. Os números de ocorrências deveriam crescer na madrugada, conforme as equipes das Coordenadorias Municiapais da Defesa Civil (Comdecons) enviassem seus relatórios. OBS..ESSES FÉNOMENOS NÃO ACONTECIAM ANTES,E CASO TENHA ACONTECIDO.FOI A MUITO TEMPO,JA QUE MORADORES ANTIGOS.NUNCA VIRAM COISA IGUAL...
2 de nov. de 2007
ÁRTICO SEM GELO EM 2023
01/11/2007 -
Banco de gelo do Ártico vai desaparecer até 2023, dizem cientistas
EM PARIS
SE NADA FOR FEITO,,COMO ATÉ AGORA NADA ACONTECEU...
O coordenador do projeto europeu Damocles, Jean-Claude Gascard, afirmou que o banco de gelo do Ártico desaparecerá até 2023 se o degelo registrado no verão do hemisfério norte continuar no atual ritmo, o que causaria grandes transtornos climáticos na Europa.
"Ficamos surpresos com a grande rapidez com que o gelo ártico se derrete no verão", disse Gascard hoje ao "Le Parisien".
Após lembrar que "500 mil quilômetros quadrados adicionais são perdidos a cada ano", ele alertou que "neste ritmo, o banco de gelo no verão terá desaparecido até 2023", muito antes do previsto pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).
A grande diminuição do banco de gelo no final do verão foi constatada pelos cientistas da embarcação Tara, que faz parte do programa europeu Damocles e que começou sua expedição pelo Ártico em setembro de 2006.
O projeto Damocles tem como objetivo melhorar a antecipação às mudanças geradas pelo aquecimento global terrestre no Ártico e inscreve-se nas atividades do Ano Polar Internacional 2007-2008.
D N A..OQUE É ISSO??
DNA, ou ADN (em português), é a abreviatura de ácido desoxirribonucléico (em inglês, DNA: Deoxyribonucleic Acid). Trata-se uma molécula orgânica que reproduz o código genético. Quando transcrita em RNA, tem a capacidade de traduzir proteínas. É responsável pela transmissão das características hereditárias de cada espécie de todos os seres vivos. Tem a forma parecida com uma escada espiral cuja disposição dos degraus se dá em quatro partes moleculares diferentes. Esta disposição constitui as chamadas quatro letras do código genético. O DNA, consagrada abreviação em língua inglesa da substância ácido desoxirribonucléico, representa provavelmente a molécula1 mais famosa do mundo. Talvez apenas a fórmula H2O seja mais conhecida, mas poucas pessoas que não sejam químicos de formação saberão descrever a forma tridimensional da molécula da água (na sua forma gasosa, os dois átomos de hidrogênio, H, formam um ângulo de 105°, tendo no vértice o de oxigênio, O). Menos gente ainda, decerto, deixará de ter visto e memorizado a estrutura de escada de pintor torcida do DNA, tradicionalmente descrita como "dupla hélice". Ela se tornou um ícone do final do século 20, sobretudo depois que o consórcio internacional Projeto Genoma Humano e a empresa norte-americana Celera soletraram, no ano 2000, a maioria dos caracteres químicos que constituem os quase 3 bilhões de degraus das longuíssimas cadeias de DNA nos 23 pares de cromossomos da espécie humana. Essa é a imagem por excelência da ciência natural nos dias de hoje, como foi na década de 50 o desenho esquemático do átomo (simbolizando a não menos temível energia nuclear). A cada oportunidade em que algum tema de genética ou biotecnologia alcança a ordem do dia - e isso ocorre com freqüência cada vez maior -, lá está a dupla hélice a sinalizar um entrelaçamento de esperança e temor. Do genoma humano à clonagem de ovelhas e homens, da identificação de genes envolvidos no câncer à polêmica dos alimentos transgênicos, dos testes de paternidade às discussões sobre o sempre presente fantasma da eugenia, pode-se contar que a figura do DNA aparecerá associada, seja na vinheta da TV, seja na capa do livro, seja na ilustração do jornal - seja até em anúncios de xampu e de gasolina, nesses dois casos como sinônimo de eficácia molecular e de autenticidade. Complexidade vs. Determinismo Tal onipresença decorre não apenas da importância que as biotecnologias vêm assumindo para a medicina, mas também do impacto simbólico e cultural que o conhecimento da estrutura do DNA e as inovações que propiciou tiveram nas últimas cinco décadas, desde que o norte-americano James Watson e o britânico Francis Crick a decifraram, no famoso artigo para a revista científica Nature publicado no dia 25 de abril de 1953. Com a imodéstia que sempre lhe foi característica, Watson afirmou em suas memórias que esse fora "talvez o mais famoso evento em biologia desde o livro de Darwin". E não sem motivo: ficar sabendo que em cada uma das células do próprio corpo (10 trilhões delas, distribuídas em cerca de mil tipos diferenciados) há um conjunto virtualmente idêntico de 6 bilhões de letras químicas estreitamente associadas com as características mais pessoais é uma dessas revelações marcantes do conhecimento, como a descoberta de que a Terra, vista do espaço, é um planeta azul - algo que hoje parece óbvio, mas que só foi confirmado pelos olhos do cosmonauta soviético Iúri Gagárin em 12 de abril de 1961. Afeta em sentido profundo o modo humano de compreender o mundo e os próprios homens, por vezes num sentido e numa proporção que extrapolam o próprio conteúdo objetivo e comprovado da descoberta científica, como no caso do problemático impulso dado ao determinismo genético pelo que há de impressionante nos avanços da biologia molecular. O desvendamento da intimidade da matéria viva cria uma promessa e uma ilusão de controle ou precisão que a tecnociência biológica ainda está longe de alcançar. Muita gente culta acredita piamente que a transcrição do genoma humano tem o poder de desvendar, por si, os mecanismos envolvidos em processos fisiológicos tão decisivos quanto câncer, envelhecimento e infecções, quando qualquer pessoa minimamente familiarizada com os rumos atuais da genômica sabe que a cada avanço nessa área corresponde igualmente um aumento de complexidade. Muitas vezes, compreender pode também significar que o controle almejado pelo saber é mais difícil do que se esperava, ou mesmo pouco provável. Um exemplo recente e eloqüente é o ainda mal compreendido fenômeno da interferência de RNA (RNAi, na abreviação em inglês com que se tornou mais conhecido), destacado pela prestigiada revista especializada norte-americana Science como o principal avanço da pesquisa científica no ano de 2002 e explicado a seguir. O pressuposto de toda a engenharia genética é que, ao modificar-se o DNA de um organismo incluindo em seu genoma um ou mais genes de seqüência conhecida (ou, numa estratégia diversa, silenciando genes para que o organismo pare de sintetizar certas substâncias), a planta ou animal passará a produzir (ou deixar de produzir) as proteínas correspondentes. É o que se faz com plantas transgênicas, por exemplo, incluindo nelas trechos de DNA extraídos de bactérias para que seu metabolismo passe a tolerar um herbicida (caso da soja Roundup Ready, da empresa Monsanto, resistente ao agrotóxico Roundup, o glifosato) ou passe a fabricar um inseticida nos seus próprios tecidos (caso do milho Starlink, da Aventis CropScience, que secreta a proteína inseticida Cry9C para aniquilar lagartas de borboletas e mariposas que se alimentam da planta). Mas nem sempre são esses os efeitos obtidos. Em alguns casos, cessa por completo a produção das substâncias pretendidas. Isso deixava os pesquisadores desconcertados até o começo dos anos 1990, quando se descobriu que pequenos trechos de RNA podiam modular a expressão (leitura) de genes pela maquinaria bioquímica das células. A prova definitiva dessa forma de interferência genética (daí o nome "interferência de RNA") veio em 1998, quando pesquisadores dos Estados Unidos - Andrew Fire (Carnegie Institution) e Craig Mello (University of Massachusetts Medical School) - enxertaram fitas duplas de RNA num tipo de verme e demonstraram que elas bloqueavam a expressão dos genes que continham justamente trechos de DNA coincidentes com as seqüências de RNA enxertadas. O mesmo fenômeno da RNAi foi posteriormente observado em insetos e outros organismos, provando a participação do RNA no que se convencionou chamar de silenciamento de genes. A interferência de RNA poderia ter-se transformado numa nota de rodapé da biologia molecu-lar, mera excentricidade bioquímica na já furiosa complexidade do metabolismo celular, não fossem indicações crescentes de que o mecanismo talvez seja universal entre organismos superiores, como animais e plantas. Ele teria sido herdado de ancestrais bacterianos, que o teriam desenvolvido há centenas de milhões de anos para proteger-se do ataque de vírus (desarmando os ácidos nucléicos que estes injetam na vítima para obrigá-la a produzir quantidades industriais de cópias do próprio vírus). Além disso, pode-se interpretar a RNAi como uma das mais flagrantes contradições de um pilar da biologia molecular, o Dogma Central formulado por Francis Crick em 1957: o fluxo de informação só se faz no sentido DNA ' RNA ' proteína, nunca no inverso (como ressalvou Sandro de Souza, tal dogma já vinha perdendo muito de seu peso desde os anos 1980, quando começaram a ser identificadas formas quimicamente ativas de RNA e continuou a desfazer-se a noção de que ele fosse mero intermediário entre DNA e proteínas). Ora, se o RNA pode silenciar genes (DNA), não é descabido dizer que o fluxo de informação se inverte. De um ponto de vista utilitário (e certamente é dessa perspectiva que flui o entusiasmo dos pesquisadores), isso significa também que toda uma nova classe promissora de ferramentas se apresenta para os biotecnólogos, pois eles talvez não precisem mais modificar o genoma - isto é, o DNA contido nos cromossomos - de um organismo para obter os resultados pretendidos, seja a resistência a um herbicida numa planta comercial, seja o tratamento de uma enfermidade humana. Em princípio, os mesmos efeitos poderiam ser alcançados sem reformar o "código da vida" no núcleo celular, bastando adicionar pequenos RNA ao seu citoplasma (o "recheio" das células). Não seria ainda, decerto, o desabamento do edifício da engenharia genética, lenta e arduamente erguido nas últimas três décadas, mas representaria no mínimo uma mudança radical de sua planta, com a adição de andares imprevistos a um prédio térreo, que mereceria - quem sabe? - ser relançado com o nome de "engenharia biomolecular". Genômica em baixa No momento em que este volume chega às livrarias, em março de 2003, o anúncio pomposo da decifração do tal "código da vida" feito pelo então presidente norte-americano Bill Clinton e pelo premiê britânico Tony Blair, em 2000, está para completar três anos - sem que nem um único medicamento desenvolvido diretamente com base em informações divulgadas naquele dia, e em artigos científicos sete meses depois, tenha sido lançado no mercado. Uma das estrelas da cerimônia de 26 de junho na Casa Branca, o dublê de cientista e empresário Craig Venter, cuja empresa Celera forçara o concorrente Projeto Genoma Humano a antecipar em quase três anos a transcrição dos cromossomos da espécie, vem desde então perdendo prestígio - pelo menos no mundo das expectativas comerciais e financeiras da biotecnologia aplicada à medicina. Em 23 de janeiro de 2002, Venter deixou a presidência da Celera, que reverteu suas linhas de atuação para métodos mais tradicionais de desenvolvimento de remédios, uma vez que não estava decolando a tentativa de fazê-lo com base nas informações genômicas produzidas no atacado por Venter. Os genes seguramente contêm muitos detalhes relevantes para entender a espécie humana, mas não revelaram ainda o mapa dos lucros bilionários que as gigantes farmacêuticas buscam. A complexidade dos genes é tanta, e tão galopante (a julgar pelos resultados das pesquisas mais recentes, como a da RNAi), que não seria exagero dizer que a própria unidade operacional do conceito se encontra ameaçada, o que não impede muitas pessoas de continuar acreditando que genes equivalem a uma espécie de destino, e um destino que seres humanos se acreditam capazes de modificar com as ferramentas da engenharia genética. O propósito deste livro é mostrar que tal crença é correta e, ao mesmo tempo, despropositada, uma vez que a engenharia genética tem, sim, meios de produzir efeitos espantosos sobre seres vivos, mas que nem por isso se encontra na posição de ditar-lhes metabolismo e comportamento absolutamente previsíveis e controlados. Para chegar a esse objetivo, o primeiro passo é entender a estrutura da molécula de DNA, a famosa dupla hélice, explicada no capítulo 1. A função desse primeiro texto é tornar claro como a arquitetura da molécula encarna de forma elegante a realização de duas funções biológicas primordiais: primeiro, for-necer um molde para a fabricação de milhares de proteínas cuja ação concertada resulta na vida de um indivíduo de determinada espécie; depois, garantir que a geração seguinte receba um pacote mínimo de moldes para a continuação da espécie (ainda que comportando alguma variação, sem a qual a seleção natural não pode agir). Esse mesmo capítulo 1 buscará ainda elucidar, sem muita minúcia bioquímica, as engrenagens da máquina celular para duplicar o DNA (quando a célula se divide) e para ler sua seqüência (quando sintetiza as proteínas de que necessita). Os dois capítulos seguintes (2 e 3) possuem uma característica mais histórica, resumindo a longa e tortuosa trajetória entre as conjeturas de Gregor Mendel sobre a hereditariedade, na segunda metade do século 19, quando a palavra "gene" nem mesmo existia, e a plena compreensão das relações da seqüência de ácidos nucléicos (DNA e RNA) com o que há de específico em cada proteína. Entre uma coisa e outra, foi preciso provar que a substância da hereditariedade era o DNA, e não uma proteína, façanha nem sempre lembrada de Oswald Avery, em 1944. Depois, desvendar a organização bioquímica tridimensional do ácido, o feito muito mais famoso dos então obscuros Watson e Crick, em 1953, que derrotaram na corrida ninguém menos que Linus Pauling. O evento, que agora completa meio século, foi seguido de quase uma década de esforços para decifrar a relação entre essa estrutura e a das proteínas, capitaneados por Crick e pelo físico russo-americano George Gamow, ambos batidos na disputa pelo desconhecido Marshall Nirenberg, que corria por fora. Na Conclusão, serão retomadas algumas descobertas e refinamentos da pesquisa genômica que, assim como a interferência de RNA, estão reformulando a visão dos genes e do papel do DNA. Serão também oferecidas algumas indicações sobre o que se pode e deve esperar das biotecnologias, à luz - ou na penumbra - da complexidade assim revelada. Espera-se com isso que este pequeno volume se torne uma contribuição para que mais admiradores da biologia, molecular ou não, venham a perceber quanta sabedoria há na frase do geneticista de populações norte-americano Richard Lewontin, um crítico precoce e incansável da megalomania genômica: "Nossa biologia fez de nós criaturas que estão constantemente recriando seu ambiente psíquico e material, e cujas vidas individuais são os resultados de uma extraordinária multiplicidade de trajetórias causais entrecruzadas. Portanto, é a nossa biologia que nos torna livres".
SUPER CAMUNDONGOS,CADA UMA...
Cientistas dos EUA criam "super camundongos"
em Washington
Pesquisadores americanos dizem ter criado camundongos transgênicos capazes de correr durante seis horas seguidas ou realizar outros esforços excepcionais.
"São metabolicamente similares a Lance Armstrong (campeão do ciclismo) subindo as estradas dos Pirineus", disse Richard W. Hanson, o principal autor do estudo, publicado no "Journal of Biological Chemistry".
Segundo Hanson, professor de bioquímica da Universidade Case Western Reserve de Cleveland, nos Estados Unidos, os "super camundongos queimam essencialmente ácidos graxos para obter a energia necessária a estes esforços, produzindo muito pouco ácido lático" durante o trabalho intensivo dos músculos.
Estes animais transgênicos comem 60% mais que seus congêneres selvagens, se mantêm "magros", em boa forma física e vivem mais. Eles também são muito mais agressivos que os outros.
A chave destas qualidades fisiológicas excepcionais está no gene que tem um papel importante na produção da enzima PEPCK-C (fosfoenolpiruvato carboxiquinasa citosólica), explica Richard Hanson.
O professor e sua equipe criaram esta nova espécie de camundongos, chamada de PEKCK-C, durante os últimos cinco anos, dentro de uma pesquisa que busca compreender a função metabólica e fisiológica da PEPCK-C nos músculos do esqueleto e nos tecidos adiposos.
AQUECIMENTO GLOBAL..O INICIO DO FIM??
Mudança do clima
O clima na maioria dos lugares se tornará mais quente; em alguns, no entanto, a temperatura será mais fria. No Canadá, na Rússia e na Escandinávia, por exemplo, devem ocorrer processos mais rápidos de aquecimento. Isso se deve, em parte, ao feedback positivo causado pelo degelo, que será mais intenso. A boa notícia é que plantações e árvores crescerão melhor. A má é que grande parte das áreas da
superfície, da mais quente à mais fria, devem se aquecer mais do que a média. O aquecimento será mais intenso no interior dos continentes, porque a circulação dos
oceanos terá influência moderadora sobre as áreas costeiras.
Costa fria
Os oceanos vão retirar o calor da superfície nas áreas costeiras ou, pelo menos, daquelas que restarem depois que o nível dos mares subir
O quente fica mais quente
Algumas das regiões mais quentes devem sofrer algumas das maiores elevações de temperatura. Grande parte da Ásia do oeste da China até a Arábia Saudita, que regularmente enfrenta temperaturas acima de 40ºC, deve sofrer elevações de 7ºC até o ano 2100. O norte da África e o sul da Europa também devem passar por grande aquecimento. Países com forte influência do mar e clima equilibrado hoje como Irlanda, Nova Zelândia e Chile sofrerão menores mudanças. Outras tendências no planeta, muitas já evidentes, apontam aquecimento maior à noite durante o inverno. Isso sugere menos neve e mais chuva, além de estações de cultivo sem geadas prolongadas nas latitudes medianas.
Europa resfriada
A Corrente do Golfo, parte de um sistema de circulação do oceano no Atlântico Norte, é movida pela formação de gelo no Ártico. Banha o oeste da Europa com águas quentes, especialmente no inverno, e mantém as temperaturas mais altas do que em outros pontos da mesma latitude. Cientistas do Instituto para Pesquisa do Impacto Climático em Potsdam, na Alemanha, prevêem o possível colapso da Corrente do Golfo por causa do aquecimento global. Como resultado, boa parte da Europa irá esfriar.
Fluxo de água quente
A imagem do oceano mostra que a água congelada deixa para trás água salina densa, que desce até o fundo e abre espaço para um fluxo de água quente dos trópicos
Mudanças de rota
Estudos científicos revelam que menos gelo irá se formar por causa do aquecimento do mundo. Essa previsão, associada ao maior fluxo de água doce no Ártico, poderia encerrar o mecanismo de formação de água profunda, que cria a Corrente do Golfo. No início de 2001, pesquisas norueguesas forneceram evidências de que as correntes da região na direção norte diminuíram em 20% desde 1950.
Diferenças na hidrologia
A temperatura não será a única mudança no próximo século. Em muitos lugares, haverá alterações no ciclo hidrológico a circulação de água entre o mar, a atmosfera e a superfície da Terra e, portanto, nos padrões de chuva, enchentes e seca, no fluxo dos rios e na vegetação.
A água irá desaparecer de lugares onde é esperada e necessária e reaparecerá onde é inesperada, ou simplesmente se tornar imprevisível. Como o aquecimento torna a atmosfera mais energética, as taxas de evaporação e formação de nuvens e tempestades deverão aumentar, embora os efeitos dessas mudanças possam variar conforme a localização.
Nem uma gota
A falta de chuva está esvaziando as torneiras e os canais de irrigação do norte da África e Ásia Central até o sul da Europa
Mais seca
A maior evaporação poderá secar o interior dos continentes durante o próximo século. Desertos irão aumentar; oásis, morrer; e fluxo de rios, diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos. Ninguém pode prever com precisão o futuro dos rios, mas um estudo sugere declínio de 40% no fluxo do rio Indo, a única fonte de água do Paquistão e um dos maiores sistemas de irrigação do mundo. A mesma pesquisa estima perda de 30% no fluxo do rio Niger, que banha cinco países áridos no oeste da África, e queda de 10% no Nilo, a água vital do Egito e do Sudão.
A Ásia Central pode esperar declínio ainda mais drástico nos rios que escoam no mar de Aral, que já está virtualmente secando por causa da irrigação. Outros mares em risco incluem o Cáspio, o Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, e os lagos Chade, Tanganica e Malauí, na África. Modelos climáticos indicam também a probabilidade de ocorrer mais secas na Europa, na América do Norte, no centro e no oeste da Austrália. Alguns rios australianos poderiam perder metade de seu fluxo, enquanto o outback (sertão australiano) se tornaria mais seco.
Atualmente, 1,7 bilhão de pessoas vive em países que os hidrologistas descrevem como sob estresse hídrico, porque usam mais de 1/5 de toda a água teoricamente disponível. Estima-se que esse número irá subir para 5 bilhões em 2025. Esse cenário aumenta o espectro da guerra pela obtenção de água. Os países lutariam para controlar o mais precioso de todos os recursos.
A areia se espalha
Com a diminuição da chuva na maior parte do oeste da África, o deserto do Saara está se expandindo
O deserto que era verde
Pinturas em rochas mostram que, no passado, o Saara foi uma região de criação de gado. Pólen fossilizado também revela que existiam florestas, rios e lagos. O Saara se transformou em deserto em poucas décadas, há cerca de 5.500 anos, e poderia voltar ao seu estado original rapidamente, segundo alguns pesquisadores. A região está em uma situação-limite, porque sua vegetação depende dos feedbacks de reforço entre a atmosfera e a vegetação. O estado atual, com pouca vegetação, produz chuvas escassas. Pequeno aumento na quantidade delas (causado pelo aquecimento global) e até na vegetação seria suficiente para fazer o Saara voltar a ser uma selva.
Como o Saara é hoje
A paisagem atual é árida e contém pouca umidade. Há, portanto, pouca evaporação e nenhuma chuva. A maior parte dos modelos climáticos sugere que o Saara ficará ainda mais seco e acarretará a desertificação de áreas próximas.
Como seria amanhã
Caso o Saara fosse coberto pela vegetação, a terra iria absorver mais umidade. Resultado: mais chuvas e maior evaporação.
Aumento das enchentes
Evaporação mais rápida proporciona aumento da umidade no ar. O calor extra e a umidade irão gerar tempestades tropicais mais intensas. Haverá mais chuva nas regiões costeiras, particularmente, e ao longo das rotas das tempestades. A média anual de chuvas aumentou em 10% durante o século 20. Alguns modelos presumem que tempestades inesperadas na várzea do Mississippi, por exemplo, tendem a deixar esse rio ainda mais propenso a enchentes.
O Caribe, o sudeste da Ásia e outras regiões já suscetíveis a furacões e ciclones passam a ter ventos ainda mais fortes, chuvas mais pesadas e enchentes relâmpagos. Partes do sistema de monções da Ásia podem ser ainda mais intensas. Mas a monção também será menos previsível e até mais freqüente. Com maior quantidade de calor na atmosfera tropical e no oceano, o El Niño (ver à direita) tem condições de se tornar um evento quase permanente.
O mar encolheu
O mar de Aral já foi o quarto maior mar interno do mundo. Mas sistemas de irrigação acabaram reduzindo-o imensamente. A salinidade triplicou, a pesca acabou. E o aquecimento global pode fazer esse cenário ficar ainda pior.
Doenças
Um mundo mais quente permitirá que mosquitos levem doenças, como malária e dengue, a países fora dos trópicos.
O que é o El Niño?
Fenômeno natural cuja existência foi rastreada durante milhares de anos, é a reversão periódica dos ventos e das correntes oceânicas na área tropical do oceano Pacífico, que dura entre nove meses e um ano. Esse processo drena os sistemas pluviais da Ásia e provoca secas em áreas úmidas, como Indonésia e Austrália. Enquanto isso, as ilhas dos Mares do Sul, normalmente plácidas, e a costa do Pacífico nas Américas, muito seca, sofrem com tempestades.
NOEL..O FURAÇÃO DA DESGRAÇA
Mortos devido à passagem do furacão Noel chegam a 118 no Caribe
O furacão Noel --o mais mortal da temporada do Atlântico de 2007-- matou ao menos 118 pessoas em sua passagem pela região do Caribe, informaram autoridades nesta sexta-feira.
Ao menos 73 pessoas morreram na República Dominicana, e outros 43 corpos foram achados no Haiti, a maioria na região de Porto Príncipe. Uma pessoa morreu na Jamaica, e outras nas Bahamas.
Noel, um furacão de categoria 1, deve ganhar força nas próximas 24 horas. Após atingir Cuba nesta quinta-feira, ele seguiu em direção às Bahamas, enquanto equipes de emergência na República Dominicana tentavam resgatar, com a ajuda de barcos e helicópteros, pessoas isoladas devido a inundações e deslizamentos de terra.
Imagem de satélite do furacão Noel; total de mortos já é de ao menos 115 na região do Caribe
Imagem de satélite do furacão Noel, que causa ventos de até 130 km/h; total de mortos já é de ao menos 118 na região do Caribe
Os ventos causados por Noel chegam a 130/h. Seu centro se localiza a 755 km ao sul de Cabo Hatteras, no Estado americano da Carolina do Norte. Ele se move para norte-noroeste a cerca de 30 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
Na República Dominicana, as equipes enfrentam dificuldades para realizar os resgates.
"Enviamos helicópteros a lugares que ficaram isolados por terra, onde não tínhamos conseguido entrar por falta de visibilidade. Levamos alimentos, água potável e medicamentos", disse Juan Manuel Méndez, do Centro de Operações de Emergências.
Há 52 lugares isolados em todo o país. Mais de 62 mil pessoas deixaram suas casas. Destas, 21.500 estão em abrigos oficiais e o resto se hospedou em casas de familiares e amigos.
Mais de 15 mil casas ficaram danificadas e 664 foram completamente destruídas. Em todo o país, 35 pontes e estradas ficaram inutilizáveis, segundo fontes oficiais.
O presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, declarou estado de emergência e pediu ajuda internacional.
Bahamas
No Haiti, um dos países mais pobres do mundo, ao menos 43 morreram.
A Defesa Civil haitiana informou que 14 pessoas estão desaparecidas e mais de 70 ficaram feridas após a passagem da tempestade.
Milhares de pessoas estão desabrigadas, e quase 2.000 casas foram danificadas.
Noel também causou fortes chuvas nas Bahamas, segundo o premiê Hubert Ingraham. Inundações mataram ao menos uma pessoa no país, e forçaram a saída de 400.
A maior parte dos desalojados são moradores da ilha de Abaco, no nordeste do arquipélago. Em Long Island, no sudeste das ilhas localizadas no Atlântico, houve queda de eletricidade.
O aeroporto internacional de Nassau foi fechado, mas deve ser reaberto nesta sexta-feira. Apenas um de dez navios-cruzeiro previstos para chegar desembarcaram no arquipélago.
Cuba
Em Cuba, apesar dos estragos menores, a Noel segue com fortes chuvas. Cerca de 24 mil pessoas foram retiradas de suas casas e as autoridades permanecem em estado de alerta.
Ao menos 2.000 casas ficaram danificadas, mas não houve relato oficial de mortes.
As autoridades do NHC emitiram alertas de tempestade para a costa sudeste da Flórida, que inclui as cidades de Miami e Fort Lauderdale.
28 de out. de 2007
CHUVAS ACABAM COM O RIO DE JANEIRO...
Com chuva e túnel bloqueado, Rio tem trânsito caótico
Deslizamento fecha túnel, ruas ficam alagadas, falta luz nos bairros, semáforos não funcionam e param a cidade
Chuva pára a capital fluminense nesta quarta
SÃO PAULO - O trânsito continuava caótico nas ruas do Rio de Janeiro no fim da manhã desta quarta-feira, 24, devido às interdições causadas pelos alagamentos na cidade. Nesta manhã, alguns pontos da cidade ainda registravam chuva forte. A Defesa Civil registrou 55 ocorrências após as chuvas que começaram na manhã de terça-feira, 23. O caso mais grave em toda a cidade foi o deslizamento de terra que causou a interdição do Túnel Rebouças, principal ligação entre as zonas norte e sul da cidade, e que parou a cidade.
linkSantos Dumont fecha e quase 60% dos vôos são cancelados
linkTúnel Rebouças é fechado após deslizamento na zona sul do Rio
linkPrefeitura do Rio recomenda que população não saia de carro
linkPrevisão é que chuva continue por 48 horas no Rio
Nesta manhã, a Prefeitura recomendou que os motoristas deixassem o carro em casa e usassem o transporte coletivo. Os trabalhos de contenção de terra no Túnel Rebouças foram interrompidos devido à possibilidade de novos deslizamentos. Em toda a cidade, a Prefeitura registrava pontos de alagamento.
Também devido às chuvas, vários bairros do Rio ficaram às escuras nesta manhã. Moradores de Copacabana firam sem energia durante entre as 9 horas e 9h20. De acordo com a assessoria da Light, o apagão atinge partes do município de Nova Iguaçu; Anil e Freguesia, em Jacarepaguá; Cosmos e Barra da Tijuca, na zona oeste; Santa Teresa, na região central; e Tijuca, na zona norte.
O Aeroporto Santos Dumont, no centro, continuava fechou para pousos e decolagens às 11h30 desta quarta, e o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, zona norte, operava com a ajuda de instrumentos.
A Prefeitura do Rio de Janeiro chegou a recomendar à população que use o transporte coletivo nesta quarta-feira. Com isso, a SuperVia, responsável pelas linhas de trem da região metropolitana, manteve 100% da frota mesmo com o fim do horário de pico. A totalidade da frota vai continuar até que a situação do trânsito melhore, segundo a SuperVia.