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9 de out. de 2007
AS MENORES GALÁXIAS DO UNIVERSO
Descobertas as menores galáxias do Universo
Os telescópios espaciais Hubble e Spitzer descobriram nove das menores, tênues e compactas galáxias observadas até agora no universo distante, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.
Cada uma dessas galáxias, que contam com milhões de estrelas, são entre 100 e mil vezes menores que a Via Láctea, acrescentou o JPL em um relatório.
"Trata-se das galáxias de menor massa detectadas no universo", disse Nor Pirzkal, do Instituto de Ciências Astronômicas. As teorias sobre a evolução das galáxias assinalam que os conjuntos menores de estrelas se uniram para se transformar em galáxias de enorme massa.
"É provável que estas galáxias, como tijolos de um jogo de Lego e que foram inicialmente detectadas pelo Hubble, tenham contribuído à formação do Universo como o conhecemos agora", disse o JPL.
Pirzkal assinalou que o telescópio Spitzer foi usado para confirmar a pequena massa das galáxias e suas observações constataram que são os "menores tijolos do Universo", acrescentou.
As estrelas que as compõem têm uma idade de apenas poucos milhões de anos e estão no processo de transformar elementos do Big Bang (a explosão que criou o Universo) em elementos mais pesados como hidrogênio e hélio.
Segundo Sageeta Malhotra, cientista da Universidade do Arizona e participante no estudo, a luz azul do Hubble comprova a presença de estrelas jovens nesses conjuntos galácticos.
No entanto, "a ausência de luz vermelha nas imagens proporcionadas pelo Spitzer demonstra de maneira conclusiva que se trata de galáxias jovens sem que tenha havido outra geração estelar antes delas", acrescentou.
ESTRELAS EM FORMAÇAO
Telescópios mostram jovens estrelas em formação
A Nasa divulgou uma imagem composta por dados dos telescópios espaciais Spitzer e Chandra que pode fornecer aos astrônomos uma oportunidade de observar vários estágios de estrelas em formação.
A imagem mostra uma região denominada Corona Australis, local que contém um aglomerado perdido de dezenas de jovens estrelas com escalas diferentes de massas e em vários momentos distintos de evolução.
A composição foi formada pelos raio-x do Chandra (em roxo) e o infravermelho do Spitzer (laranja, verde e tons de azul). Os dados do Spitzer mostram ainda uma emissão difusa de poeira na região.
Descoberto sistema com mais água do que a Terra
A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quarta-feira imagens captadas pelo telecópio espacial Spitzer que registram o surgimento de um sistema solar onde foi encontrado vapor de água suficiente para encher todos os oceanos da Terra cinco vezes.
A Nasa explicou em comunicado que as observações do observatório constituem a primeira visão direta da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusive os rochosos como a Terra.
"Pela primeira vez estamos vendo como a água surge numa região onde provavelmente se formam planetas", disse Dan Watson, astrônomo da Universidade de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B, que se localiza na Via Láctea, na constelação de Perseus, distante cerca de mil anos-luz da Terra.
Segundo os astrônomos, o vapor vem de uma nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estelar, que seria o material da formação inicial dos planetas. "Na Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas", disse Watson.
"Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas", acrescentou.
"Detectamos uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual podem se formar planetas", acrescentou Michael Wenero, cientista da missão do Spitzer nos escritórios do JPL, em Pasadena (Califórnia).
A descoberta foi feita graças ao siste infra-vermelho do Sptizer, capaz de detectar o espectro de luz emitido pelo vapor de água. O processo não é visível a olho nu.
CIENCIA DESCOBRE ESTRELA FUMANTE
Grupo de cientistas descobre estrela "fumante"
Em uma pesquisa conjunta, astrônomos da França e do Brasil descobriram uma imensa nuvem de fumaça ao redor de uma estrela localizada a 6 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário. Segundo os especialistas, o fenômeno tem aspecto da fumaça liberada por um cigarro.
A observação, feita por meio de um telescópio do Observatório Astronômico Europeu (ESO), dá forças à teoria de que a área escura da estrela RY Sagittarii é formada por uma grande quantidade de poeira expelida da sua própria superfície.
A teoria, chamada de "baforada de poeira", sugere que massa a perdida pela estrela é enviada ao espaço até que a temperatura seja suficientemente baixa para que partículas de carbono se transformem em poeira.
Segundo os cientistas envolvidos no projeto, o surpreendente nesse caso é que o material perdido se aglutinou em forma de nuvem, e muito próximo do astro, o que inclusive pode esconder a estrela, formando uma espécie de eclipse.
"Esta é a nuvem de poeira mais próxima de uma estrela desse tipo que já detectamos. No entanto, ainda é uma distância muito pequena para desvendar as possíveis formações dessas nuvens", disse o astrônomo Patrick de Laverny, líder do estudo.
O BERÇO DAS ESTRELAS
Hubble mostra jovens estrelas no "berço do espaço"
A agência espacial européia (ESA) divulgou nesta terça-feira uma foto obtida pelo telescópio especial Hubble da nebulosa NGC 3603, também denominada "o berço do espaço". A região está localizada a cerca de 20 mil anos-luz do Sistema Solar, no braço Carina da Via Láctea.
A imagem mostra uma jovem estrela cercada por uma vasta área de poeira e gás. A maioria dos astros que brilham ao seu redor são estrelas azuis (jovens astros que possuem elevadas temperaturas).
As estrelas azuis produzem radiação ultravioleta e ventos violentos que formam uma enorme cavidade na área dominada por gás e poeira e que cerca o conglomerado. A imagem foi divulgada pelo centro Hubble, localizado em Munique, Alemanha.
TEMPESTADE EM JÚPITER...
Nasa registra tempestade em Júpiter e vulcão em Io
Uma nave da Nasa, a agência espacial americana, registrou uma tempestade elétrica em um dos pólos do planeta Júpiter. A sonda New Horizons estudou alguns comportamentos de Júpiter durante sua passagem pelo maior planeta do sitema solar.
A Nasa divulgou as descobertas científicas da missão na revista Science, mas já havia apresentado seus destaques no começo do ano.
As imagens da missão que mostram os pequenos anéis em torno do planeta. A sonda registrou ainda o comportamento da cauda magnética que o planeta gasoso deixa em sua trajetória e a atividade vulcânica na lua Io, que orbita Júpiter.
Para Jeff Morre, da equipe científica responsável pela sonda, "o encontro ocorreu da melhor forma possível".
Uma das fotos que mais impressionou os técnicos da Nasa foi uma do satélite de Júpiter, famoso por seus vulcões ativos. A erupção do vulcão Tvashtar soltou uma coluna de fumaça em forma de guarda-chuva que subiu 320 km da superfície de Io.
Enquanto estava por ali, a nave mais rápida já lançada da Terra voltou suas câmeras e sensores para Júpiter e para suas quatro maiores luas, fazendo cerca de 700 observações.
"Por uma sorte incrivelmente boa, chegamos por acaso no momento em que uma dessas raras 'supererupções' ocorreu", disse Moore.
A New Horizons permitiu que os cientistas entendessem melhor a dinâmica atmosfera jupiteriana. Por exemplo, eles viram raios nos dois pólos, fenômeno antes só testemunhado na Terra.
Também já foram detectados relâmpagos em outros lugares de Júpiter. As novas conclusões mostraram que os raios não se concentram perto do equador do planeta, o que sugere que as nuvens de convecção são provocadas por diferenças térmicas em todo o planeta, segundo os cientistas.
A New Horizons, que tem o tamanho de um piano, atingiu em 28 de fevereiro a sua aproximação máxima com Júpiter, e em seguida usou a considerável gravidade do planeta gasoso para lhe dar impulso na direção de Plutão, aonde deve chegar em julho de 2015.
O SERIAL KILLER RUSSO...
Serial killer diz que 1ª morte foi como 1º amor
O russo acusado do assassinato de 49 pessoas compareceu nesta terça-feira à corte em Moscou para que mais onze vítimas fossem adicionadas ao número. Alexander Pichushkin, 33 anos, ainda afirmou ao júri que a primeira vez que estrangulou um homem foi como "se apaixonasse pela primeira vez",
"Uma primeira morte é como um primeiro amor. Você nunca esquece", disse ele de sua jaula em Corte após explicar como começou a matar aos 18 anos. Sua primeira vítima foi um colega. Pichushkin ficou conhecido como o "assassino do xadrez" ao dizer que queria completar um tabuleiro de xadrez com suas vítimas.
Pichushkin contou que sugeriu ao seu colega de colégio que eles matassem alguém, mas quando seu amigo se recusou, "eu enviei ele para o céu". Após dizer isso, ele sorriu para o júri.
A polícia precisou de 14 anos para resolver os misteriosos assassinatos que o último maníaco da Rússia tramava em sua cabeça enferma. Quando policiais invadiram o apartamento deteriorado em que Alexander Pichushkin vivia com a mãe, em Moscou, no ano passado, as coisas logo se tornaram claras. A polícia encontrou um tabuleiro de xadrez no qual Pichushkin, 33 anos, havia inscrito um número para cada vítima.
Esta semana, teve início o julgamento no qual ele é acusado de 49 assassinatos, ainda que o total que lhe é atribuído seja de 62. Ao que parece, o último maníaco da Rússia tinha dois objetivos. O primeiro era tirar a vida de 64 pessoas, tantas quanto as casas de um tabuleiro de xadrez, como ele mesmo disse. O segundo era competir com o assassino serial mais famoso do país, Andrei Chikatilo, que em 12 anos matou 52 crianças e mulheres jovens.
A polícia presume que Pichushkin tenha matado a maioria de suas vítimas com golpes de martelo ou garrafas de vodca contra a cabeça. Esta última técnica foi utilizada contra os moradores de rua que ele atraía ao parque Bittsa sob o pretexto de lhes oferecer um trago. "Para mim, uma vida sem assassinato é como uma vida sem comida", ele declarou em confissão diante de câmeras de TV.
"Sinto-me como um pai para essas pessoas, pois fui eu quem lhes abriu as portas para o outro mundo". Na saída do primeiro dia de julgamento, segunda-feira, os jornalistas perguntaram por que ele havia cometido os crimes, e a resposta foi lacônica, sem emoção; "Era assim que eu me sentia".
Pichushkin não foi capaz de concluir seu plano macabro porque a última de suas vítimas intuiu a cilada. O assassinato do tabuleiro trabalhava como vendedor em uma loja de alimentos, e um dia convidou uma colega de trabalho para um passeio no parque. Foi em 5 de junho de 2006. Ela deixou um bilhete ao filho explicando aonde pretendia ir, e em companhia de quem. A polícia encontrou o papel e, 10 dias mais tarde, deteve Pichushkin.
Ainda que inicialmente ele negasse os indícios, terminou confessando depois que policiais mostraram uma gravação de câmeras de segurança do metrô que o mostrava em companhia da mais recente vítima. Alexander Pichushkin não parece humano, e sim um maníaco de cinema. Não lhe custou muito começar a revelar todos os seus crimes, e até vangloriar-se deles. Em 2005, quando a cidade viveu um pânico devido às suas numerosas ações, a polícia deteve um homem erroneamente.
Pichushkin assassinou duas pessoas na mesma semana, para demonstrar que não haviam conseguido detê-lo. Acompanhava com atenção o que a imprensa publicava sobre seus crimes, e se irritava muito quando detalhes que considerava essenciais estavam ausentes dos relatos. De acordo com o suposto maníaco, seu truculento torneio de xadrez começou em 1992, com o assassinato de um colega da escola onde estudava.
A polícia o interrogou, então, mas não foram movidas acusações contra ele. Aquele foi exatamente o ano em que Chikatilo foi condenado. Depois dessa primeira experiência, Pichushkin só voltou a atuar uma década mais tarde. Em 2005 e 2006, seus ataques se tornaram mais freqüentes, e talvez por isso tenha saído derrotado.
7 de out. de 2007
MIANMAR,QUE PAÍS É ESSE?
Governo de Mianmar efetua novas prisões
A junta militar que governa Mianmar anunciou hoje que mais 78 pessoas foram detidas na repressão ao movimento pró-democracia, apesar da reação internacional e das novas sanções decididas contra o país.
As novas prisões elevam para cerca de 1.000 o número de pessoas que a ditadura militar de Mianmar reconhece que estão sendo mantidas em centros de detenção. Além disso. o governo diz que 135 monges budistas são mantidos sob custódia. Grupos de oposição e governos estrangeiros afirmam, porém, que mais de 6 mil pessoas foram presas desde os protestos do mês passado.
O jornal "A Nova Luz de Mianmar", porta-voz da junta militar, informou que seis dos 78 detidos foram liberados depois de responderem a interrogatório. O jornal não disse quando ocorreram as prisões.
A Malásia fez hoje um apelo para que a junta militar de Mianmar retome o diálogo com a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, antes que a comunidade internacional decida aumentar a pressão sobre o regime. O governo malaio, no entanto, descartou a imposição de sanções econômicas ou uma intervenção militar.
Saiba mais sobre os protestos em Mianmar
Liderados por monges budistas, dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Mianmar [antiga Birmânia] pedindo democracia e o fim da repressão militar.
Os protestos, realizados há vários dias consecutivos, já são considerados o maior levante popular dos últimos anos contra a junta militar que governa o país do Sudeste Asiático.
O governo já impôs um toque de recolher nas duas principais cidades do país, Yangun e Mandalay, proibiu a reunião de grupos de mais de cinco pessoas e colocou tropas para patrulhar ruas e templos.
Há temores de que se repitam os episódios de 1988, quando as últimas manifestações pró-democracia realizadas em Mianmar foram reprimidas violentamente pela junta militar, em confrontos que deixaram cerca de 3.000 mortos.
Saiba mais sobre o que provocou os protestos, quem são os envolvidos e o que esse levante pode significar para o país do Sudeste Asiático.
Em 15 de agosto, o governo de Mianmar decidiu aumentar o preço do combustível. Tanto o preço do petróleo quanto o do óleo diesel dobraram, e o preço gás natural comprimido --usado em ônibus-- aumentou cinco vezes.
Esses aumentos de preços tiveram um forte impacto na população de Mianmar. Eles acabaram provocando um aumento nos preços do transporte coletivo e em gêneros de primeira necessidade, como arroz e óleo de cozinha.
As manifestações iniciais foram lideradas por ativistas pró-democracia e ocorreram em Yangun (ex-Rangum), a antiga capital e principal cidade do país.
No dia 29 de agosto, cerca de 400 pessoas marcharam pelas ruas da cidade, no que foi, até aquele momento, a maior manifestação realizada no país em vários anos.
O governo militar de Mianmar agiu rapidamente para sufocar os protestos e prendeu dezenas de ativistas.
No entanto, continuaram a ser realizados protestos em diversas partes do país.
Muitos monges começaram a participar dos protestos depois que soldados reprimiram de forma violenta uma manifestação pacífica na cidade de Pakokku, no centro do país, no dia 5 de setembro.
Nesse episódio, pelo menos três monges ficaram feridos. No dia seguinte, membros das forças de segurança de Mianmar foram capturados por monges de Pakokku e mantidos reféns por algum tempo.
Os monges também deram um prazo, até 17 de setembro, para que o governo pedisse desculpas pelo episódio de violência.
No entanto, o governo não se manifestou sobre o caso. Quando o prazo chegou ao fim, os monges começaram a protestar, em número cada vez maior. Eles também se negaram a oferecer seus serviços religiosos a membros da junta militar e seus familiares.
Desde então, têm sido realizados protestos diários, tanto em Yangun quanto em outras cidades. As manifestações ganham a adesão de mais pessoas a cada dia e já envolvem dezenas de milhares de monges.
A participação dos monges nos protestos é muito importante, porque há centenas de milhares deles em Mianmar e porque são venerados no país.
Historicamente, os religiosos têm papel importante em protestos políticos em Mianmar.
Essa influência fez com que membros do governo tentassem cortejar muitos religiosos de alta hierarquia. O fato de esses religiosos terem escolhido silenciar é interpretado por muitas pessoas como um sinal de que eles aceitam os protestos.
Analistas acreditam que qualquer ação violenta contra os monges poderá provocar um levante nacional de grandes proporções.
Para alguns monges, sim. No entanto, para outros, a questão já foi muito além disso.
Um grupo denominado Aliança de Todos os Monges Budistas da Birmânia passou a liderar os protestos. Em 21 de setembro, esse grupo divulgou uma declaração em que descreve a junta militar que governa o país como "o inimigo do povo".
Eles prometeram manter os protestos até que tenham "varrido a ditadura militar da terra da Birmânia". Também fizeram um apelo para que a população de todo o país se una às manifestações.
Em uma das marchas, os manifestantes passaram perto da casa da principal líder da oposição, Aung San Suu Kyi --que está em prisão domiciliar--, ligando claramente o movimento liderado pelos monges ao desejo de mudanças no governo.
Nos primeiros dias de protestos, a população não parecia estar envolvida. Segundo analistas, as pessoas estavam com muito medo de sofrer retaliações do governo.
No entanto, isso foi mudando gradualmente, à medida que as manifestações aumentaram.
Imagens de um dos protestos iniciais mostravam pessoas alinhadas ao longo das ruas enquanto os monges marchavam, formando uma corrente para protegê-los de qualquer retaliação dos soldados.
Em 24 de setembro, milhares de pessoas responderam à convocação dos monges e aderiram a um grande protesto em Yangun.
Membros da Liga Nacional pela Democracia, o partido de Aung San Suu Kyi, que no início se distanciaram das manifestações, agora também já aderiram aos protestos.
Os últimos protestos em larga escala no país haviam sido realizados em 1988, durante um levante popular.
Na época, os protestos foram provocados pela decisão do governo militar de desvalorizar a moeda, o que arruinou financeiramente muitas pessoas.
Aqueles protestos foram iniciados por estudantes e, gradualmente, ganharam a adesão de monges e da população.
A tensão culminou com um levante nacional no dia 8 de agosto de 1988, quando centenas de milhares de pessoas marcharam pelas ruas do país para exigir uma mudança no governo.
A junta militar enviou tropas para sufocar o protesto. Acredita-se que pelo menos 3.000 pessoas morreram nos confrontos.
Depois de manter o silêncio no início, o governo militar disse que está pronto para "agir" e impôs medidas para conter os protestos.
No dia 25 de setembro, foi declarado um toque de recolher em Yangun e Mandalay, com vigência de 60 dias, no período do anoitecer até o amanhecer. Também foi proibida a reunião de grupos de mais de cinco pessoas. Soldados e tropas de elite foram colocados nas ruas e nos templos.
Os líderes militares do país ficam baseados na nova capital, Nay Pyi Taw, o que os mantêm um pouco afastados dos protestos, realizados principalmente em Yangun e outras cidades.
No entanto, muitos temem que se repitam os episódios de violência de 1988.
A Igreja Perseguida em Mianmar
O Mianmar, antiga Birmânia, é conhecido como a "terra dos templos" e está localizado às margens do Golfo de Bengala e do Mar de Andaman, entre Bangladesh e a Tailândia. Seu território apresenta densas florestas e é caracterizado por uma região central de terras baixas cercada por um anel de montanhas íngremes e elevadas.
Mianmar tem cerca de 46 milhões de habitantes, dos quais um terço possui idade inferior a 15 anos e apenas 26% vivem na zona urbana. Entre os diversos grupos étnicos presentes no país destacam-se os birmaneses, os chans e os karenes.
Os birmaneses descendem de tribos mongóis que chegaram à região no século VII d.C. O Estado é unificado em 1054 d.C., com a fundação da dinastia Pagan pelo rei Anawrahta. Durante essa dinastia, inúmeros templos budistas foram construídos no país. Mais tarde, com a invasão de Gêngis Khan em 1287 d.C., muitos desses templos foram destruídos. Entre 1287 e 1824, o país foi governado por seis dinastias distintas. As primeiras guerras anglo-birmanesas ocorreram em 1824 e 1853. Foi também em 1853 que, sob o governo do rei Mindon, iniciou-se uma intensa revolução industrial em paralelo à descoberta de petróleo. Em 1885, a Grã-Bretanha venceu a terceira guerra anglo-birmanesa e assumiu totalmente o controle do país. Já no século XX, com o início da II Guerra Mundial, os birmaneses chegaram a auxiliar os japoneses em uma tentativa de expulsar os colonizadores ingleses. Finalmente, em 1947, o país obtém sua independência e torna-se uma união federativa de sete distritos e sete estados minoritários. Os sucessivos regimes de governo adotados pelo país adotaram posturas diferentes em relação à igreja cristã. Alguns deram poder aos budistas, enquanto outros relutaram em envolver-se com assuntos religiosos. O clamor popular pela democracia levou às eleições de 1990, em que a oposição obteve 85% das cadeiras do Parlamento, mas o regime militar recusou-se a entregar o poder. Após esses acontecimentos, distúrbios civis irromperam pelo país e o governo agiu com mão forte contra os insurgentes, detendo, exilando ou assassinando a maioria dos líderes. O atual regime mantém a repressão contra qualquer manifestação de oposição ao governo.
A maioria da população birmanesa é alfabetizada. A renda per capita é de US$ 1.000 por ano, porém grande parte da população está envolvida em atividades ilícitas. Mianmar é o maior produtor mundial de ópio, droga utilizada na fabricação de heroína, e há sérios problemas no país relacionados ao uso de drogas e à prostituição. O Estado divide o controle da economia com a iniciativa privada. Importantes setores econômicos pertencem ao governo, incluindo o comércio de arroz, a indústria pesada e a produção de energia.
A maioria dos birmaneses é adepta do budismo, que entrou no país durante os primeiros séculos da era cristã e tem sido a religião dominante desde o século IX, exercendo enorme influência sobre a nação. Cerca de 4% da população professa o islamismo, que encontra mais adeptos entre os habitantes da região do Arakan, localizada próxima à fronteira com Bangladesh no extremo sudoeste do país. Crenças tradicionais são praticadas por minorias étnicas e influenciam a prática do budismo.
A Igreja
O cristianismo chegou ao território birmanês no século X, levado por discípulos de Nestório. Mais tarde, chegaram o catolicismo romano no século XVI e o protestantismo em 1813. As reações ao cristianismo têm variado grandemente, mas o país continua sendo uma importante base para o ministério cristão na Ásia. Aproximadamente 6% da população birmanesa é cristã.
A Perseguição
Períodos de perseguição e de liberdade religiosa se alternam em Mianmar. No passado, alguns governos deram significativo poder aos budistas e restringiram severamente a igreja. Outras administrações, no entanto, restringiram a igreja mais como um exercício do ateísmo socialista do que por uma preocupação em divulgar o budismo. Ainda assim, alguns governos aprovaram a construção de igrejas e de gráficas cristãs. Os cristãos das áreas rurais são perseguidos com freqüência pelos governantes, que se alinham com poderosos grupos budistas e tentam utilizar a religião como forma de controlar a população local.
No momento há um conflito entre a ditadura militar e grupos étnicos rebeldes, e a política do "dividir para conquistar" está na ordem do dia. Soldados birmaneses atormentam os cristãos e favorecem os budistas, enquanto atacam os campos de refugiados.
No dia 11 de março de 1998, logo após a meia noite, Sheh Wah Paw, uma jovem de 17 anos, estava orando com sua irmã, Thweh Ghay Say Paw, de 15 anos. Nas proximidades, soldados queimavam cabanas feitas de bambu na região fronteiriça com a Tailândia. Muitos da etnia karen estavam desabrigados e Sheh Wah Paw agradecia a Deus pela cabana de bambu que as abrigava. Próxima daquela cabana rudimentar estava localizada a igreja batista que a família de Sheh freqüentava regularmente. Aquela cabana, considerada uma bênção pela família Paw, estava para ser colocada à prova naquele momento.
Kyaw Zwa, o patriarca da família, havia construído um abrigo provisório de concreto embaixo da cabana como esconderijo. Receando que sua casa pudesse ser destruída, ele refugiou-se com sua família naquele local, buscando proteção. No entanto, pouco tempo depois a cabana estava em chamas e o calor era tão intenso que o interior do abrigo parecia um verdadeiro forno. As chamas se espalharam pelo esconderijo e as roupas das pessoas que estavam ali começaram a pegar fogo. Finalmente, as garotas saíram correndo e gritando do abrigo. Infelizmente, duas semanas depois, as duas filhas de Kyaw Zwa faleceram em conseqüência das queimaduras.
Um líder da região afirmou que aquela não era uma guerra entre cristãos e budistas, mas entre os karenes e os birmaneses, e que estavam usando a religião apenas como pretexto para dividir as duas etnias. Por isso, não é de se estranhar que a igreja batista tenha sido um dos primeiros locais a ser queimado, enquanto o mosteiro budista e os lares ao seu redor permaneceram intocados.
Kyaw Zwa, entristecido pela perda de suas filhas, disse que os birmaneses odiavam os karenes, e que odiavam os karenes cristãos mais ainda. Por algum tempo ele questionou porque as orações de suas filhas aparentemente não tiveram resposta, mas depois seu coração encontrou a paz. Kyaw Zwa então afirmou o seguinte: "Eu sei que Deus me ajudou e que permitiu a morte de minhas filhas. Elas se foram, mas estão livres."
O Futuro
A igreja no Mianmar está crescendo rapidamente e poderá somar mais de dez milhões de cristãos por volta de 2050. É provável que a perseguição continue esporádica e, eventualmente, possa diminuir.
Motivos de Oração
1. A igreja tem crescido rapidamente. Ore para que esse crescimento persista e para que os líderes da igreja birmanesa desenvolvam métodos eficientes para treinar os novos convertidos e comissioná-los como evangelistas.
2. A igreja enfrenta ataques de budistas que procuram restringir a atividade cristã. Peça em oração que os cristãos encontrem meios eficazes de responder a esses ataques e que consigam ganhar o respeito dos líderes governamentais e servir ao país.
3. A igreja birmanesa tem exercido um impacto considerável em todo o continente asiático. Louve a Deus pelo alcance dos ministérios dirigidos por grupos baseados em Mianmar. Ore para que esses trabalhos continuem a exercer impacto e influência em toda a região.
4. A igreja e o país inteiro sofrem com o problema das drogas. Interceda em oração pelo fim do narcotráfico que domina grande parte da economia birmanesa. Ore também para que os cristãos encontrem métodos viáveis de oposição ao comércio de drogas e forneçam alternativas econômicas ao povo birmanês.
UM CRIME PERFEITO,PODE SER PERDOADO APÓS 30 ANOS
Após 30 anos, prisioneiro pode confessar crime
Após 30 anos, prisioneiro pode confessar crime
Sam Roberts
Poderia ter sido o crime perfeito. Um próspero cirurgião cardíaco de Long Island injetou uma dose fatal de um analgésico em sua mulher inválida de 48 anos, mãe de seis crianças. O atestado de óbito atribuía a morte a um derrame.
Mas a polícia começou a suspeitar de imediato, porque o próprio cirurgião havia assinado o atestado de óbito e imediatamente transferido o corpo para ser sepultado fora do Estado de Nova York. Cinco semanas mais tarde, ele terminou detido no aeroporto internacional Kennedy, quando tentava deixar o país levando mais de US$ 450 mil em dinheiro, jóias e títulos negociáveis que pertenciam à sua mulher.
Em 1977, ele foi condenado por homicídio em segundo grau, depois de um dos mais notórios julgamentos por assassinato daquela década turbulenta. Foi sentenciado a uma pena de entre 25 anos e prisão perpétua. O acusado não depôs, e foi encarcerado sem nunca deixar de protestar inocência.
Passaram-se 30 anos. Hoje o cirurgião Charles Friedgood, 88, é o mais velho dos presidiários do Estado de Nova York. Ele sofre de diversos problemas físicos e de uma emoção que se assemelha ao remorso, e na semana que vem voltará a solicitar liberdade condicional. Está pronto a admitir o crime, "dependendo de como isso seja definido".
"Em retrospecto, sabe, você às vezes não consegue acreditar como às vezes coisas acontecem por ações suas que eram completamente desnecessárias", ele declarou em recente entrevista, da prisão. "Se você não quer mais viver com uma mulher, peça divórcio. Você sabe, não é preciso recorrer a um homicídio. Assim, 32 anos mais tarde, começo a perceber como se pode fazer coisas estúpidas".
Na quarta-feira, ele celebrará seu 89° aniversário, na Woodbourne Correctional Facility, uma penitenciária em estilo gótico, construída em tijolos vermelhos com uma planta semelhante à de um mosteiro e instalada na base dos montes Catskills.
Ainda que ele seja paciente terminal de câncer e tenha passado por inúmeras cirurgias custeadas pelo Estado, teve seu pedido de liberdade condicional rejeitado quatro vezes, desde que serviu o período mínimo de sua sentença. Os críticos dizem que as rejeições são resultado de uma norma genérica de restrição de libertações adotada pelo então governador George Pataki para criminosos condenados por crimes violentos.
Em 2003, depois que o conselho estadual de liberdade condicional concluiu que seu crime representava "propensão à violência extrema", um tribunal de apelações ridicularizou a constatação, classificando-a como "tão irracional, dadas as circunstâncias, que beira a impropriedade". Dois anos mais tarde, o pedido voltou a ser negado, porque o conselho concluiu que libertar Friedgood "seria minorar demais a seriedade de seu crime, e assim fomentar o desrespeito à lei".
Agora, o conselho de liberdade condicional do Estado passou por completa reformulação e deve julgar um novo pedido de Friedgood, esta semana. Entre as pessoas que apoiaram o pedido estão seus filhos - uma delas, advogada, está ajudando com o caso - e o antigo promotor distrital assistente que investigou e levou o caso a julgamento.
"Embora o crime tenha sido horrível e uma terrível tragédia para a família, ele tem 89 anos. É hora de libertá-lo", disse Stephen Scaring, o antigo promotor. "Ele praticamente jogou sua vida toda no lixo. É uma simples questão de compaixão".
Poderia ter sido o crime perfeito. Um próspero cirurgião cardíaco de Long Island injetou uma dose fatal de um analgésico em sua mulher inválida de 48 anos, mãe de seis crianças. O atestado de óbito atribuía a morte a um derrame.
Mas a polícia começou a suspeitar de imediato, porque o próprio cirurgião havia assinado o atestado de óbito e imediatamente transferido o corpo para ser sepultado fora do Estado de Nova York. Cinco semanas mais tarde, ele terminou detido no aeroporto internacional Kennedy, quando tentava deixar o país levando mais de US$ 450 mil em dinheiro, jóias e títulos negociáveis que pertenciam à sua mulher.
Em 1977, ele foi condenado por homicídio em segundo grau, depois de um dos mais notórios julgamentos por assassinato daquela década turbulenta. Foi sentenciado a uma pena de entre 25 anos e prisão perpétua. O acusado não depôs, e foi encarcerado sem nunca deixar de protestar inocência.
Passaram-se 30 anos. Hoje o cirurgião Charles Friedgood, 88, é o mais velho dos presidiários do Estado de Nova York. Ele sofre de diversos problemas físicos e de uma emoção que se assemelha ao remorso, e na semana que vem voltará a solicitar liberdade condicional. Está pronto a admitir o crime, "dependendo de como isso seja definido".
"Em retrospecto, sabe, você às vezes não consegue acreditar como às vezes coisas acontecem por ações suas que eram completamente desnecessárias", ele declarou em recente entrevista, da prisão. "Se você não quer mais viver com uma mulher, peça divórcio. Você sabe, não é preciso recorrer a um homicídio. Assim, 32 anos mais tarde, começo a perceber como se pode fazer coisas estúpidas".
Na quarta-feira, ele celebrará seu 89° aniversário, na Woodbourne Correctional Facility, uma penitenciária em estilo gótico, construída em tijolos vermelhos com uma planta semelhante à de um mosteiro e instalada na base dos montes Catskills.
Ainda que ele seja paciente terminal de câncer e tenha passado por inúmeras cirurgias custeadas pelo Estado, teve seu pedido de liberdade condicional rejeitado quatro vezes, desde que serviu o período mínimo de sua sentença. Os críticos dizem que as rejeições são resultado de uma norma genérica de restrição de libertações adotada pelo então governador George Pataki para criminosos condenados por crimes violentos.
Em 2003, depois que o conselho estadual de liberdade condicional concluiu que seu crime representava "propensão à violência extrema", um tribunal de apelações ridicularizou a constatação, classificando-a como "tão irracional, dadas as circunstâncias, que beira a impropriedade". Dois anos mais tarde, o pedido voltou a ser negado, porque o conselho concluiu que libertar Friedgood "seria minorar demais a seriedade de seu crime, e assim fomentar o desrespeito à lei".
Agora, o conselho de liberdade condicional do Estado passou por completa reformulação e deve julgar um novo pedido de Friedgood, esta semana. Entre as pessoas que apoiaram o pedido estão seus filhos - uma delas, advogada, está ajudando com o caso - e o antigo promotor distrital assistente que investigou e levou o caso a julgamento.
"Embora o crime tenha sido horrível e uma terrível tragédia para a família, ele tem 89 anos. É hora de libertá-lo", disse Stephen Scaring, o antigo promotor. "Ele praticamente jogou sua vida toda no lixo. É uma simples questão de compaixão".
TUFÃO EN TAUWAN
Tufão Krosa chega a Taiwan e causa ondas gigantes
O tufão Krosa chegou hoje à ilha de Taiwan, onde causou vários feridos, interrompeu o tráfego aéreo e ferroviário, obrigou a evacuação de centenas de pessoas e deixou milhares de casas sem luz. O norte e o centro do país estão sendo castigados por fortes ventos e chuvas, enquanto o litoral é atingido com ondas gigantes.
O centro do tufão está passando por Taiwan perto da cidade de Ilan, ao nordeste da ilha, e se seguir a trajetória prevista sairá por Dansui, a 20 km de Taipé, antes de seguir sua trajetória em direção à costa oriental chinesa, que já está em alerta.
Na capital Taipé, no distrito de Yangmingshan, várias casas foram derrubadas e duas pessoas ficaram presas entre os escombros. Segundo a televisão TVBS, uma mulher grávida perdeu seu filho porque a estrada que une o leste e o oeste de Taiwan foi interditada e ela não pôde chegar ao hospital para dar à luz.
Centenas de automóveis estão sob as águas, após as inundações nas regiões baixas das cidades do norte e junto aos rios que as atravessam. Em Hualien, no noroeste do país, a temperatura do vento aumentou repentinamente dos 23,1 graus para os 36,2 graus, um fenômeno inusitado nesta cidade, castigada todos os anos por numerosos tufões.
As autoridades taiuanesas evacuaram centenas de pessoas residentes em lugares onde costumam acontecer inundações e deslizamentos. O Exército da ilha está em alerta para cooperar em trabalhos de salvamento, em caso de necessidade, e em todas as cidades se organizaram centros de resposta a emergências.
A maioria das atividades ligadas ao trabalho e ao lazer, incluindo os espetáculos, foram suspensos, embora alguns não tenham seguido os conselhos das autoridades. Em Taitung, ao leste da ilha foram registrados ciclones que não causaram danos pessoais.
Na China, as províncias litorâneas de Zhejiang e Fujian, onde se espera a chegada do tufão amanhã pela noite ou na segunda-feira de manhã, cancelaram as várias viagens turísticas por ocasião da semana onde se comemora o Dia Nacional (1º de outubro).
Todos os turistas que estavam nas ilhas em frente a ambas as províncias, como as de Gulagyu e as de Meizhou, foram evacuados, segundo informou hoje a agência estatal Xinhua. Em Fujian, todos os navios pesqueiros foram, além disso, chamados para o porto diante da chegada do Krosa.
Mais ao norte e também no litoral, a cidade de Xangai, onde se estão realizando as Olimpíadas Especiais, está em alerta perante a possibilidade que cheguem até ali os efeitos do tufão e causem problemas durante os eventos esportivos. O tufão, com ventos de entre 184 e 227 km/h, tem um rádio de 300 km. Tufão Krosa chega a Taiwan e causa ondas gigantes
O tufão Krosa chegou hoje à ilha de Taiwan, onde causou vários feridos, interrompeu o tráfego aéreo e ferroviário, obrigou a evacuação de centenas de pessoas e deixou milhares de casas sem luz. O norte e o centro do país estão sendo castigados por fortes ventos e chuvas, enquanto o litoral é atingido com ondas gigantes.
O centro do tufão está passando por Taiwan perto da cidade de Ilan, ao nordeste da ilha, e se seguir a trajetória prevista sairá por Dansui, a 20 km de Taipé, antes de seguir sua trajetória em direção à costa oriental chinesa, que já está em alerta.
Na capital Taipé, no distrito de Yangmingshan, várias casas foram derrubadas e duas pessoas ficaram presas entre os escombros. Segundo a televisão TVBS, uma mulher grávida perdeu seu filho porque a estrada que une o leste e o oeste de Taiwan foi interditada e ela não pôde chegar ao hospital para dar à luz.
Centenas de automóveis estão sob as águas, após as inundações nas regiões baixas das cidades do norte e junto aos rios que as atravessam. Em Hualien, no noroeste do país, a temperatura do vento aumentou repentinamente dos 23,1 graus para os 36,2 graus, um fenômeno inusitado nesta cidade, castigada todos os anos por numerosos tufões.
As autoridades taiuanesas evacuaram centenas de pessoas residentes em lugares onde costumam acontecer inundações e deslizamentos. O Exército da ilha está em alerta para cooperar em trabalhos de salvamento, em caso de necessidade, e em todas as cidades se organizaram centros de resposta a emergências.
A maioria das atividades ligadas ao trabalho e ao lazer, incluindo os espetáculos, foram suspensos, embora alguns não tenham seguido os conselhos das autoridades. Em Taitung, ao leste da ilha foram registrados ciclones que não causaram danos pessoais.
Na China, as províncias litorâneas de Zhejiang e Fujian, onde se espera a chegada do tufão amanhã pela noite ou na segunda-feira de manhã, cancelaram as várias viagens turísticas por ocasião da semana onde se comemora o Dia Nacional (1º de outubro).
Todos os turistas que estavam nas ilhas em frente a ambas as províncias, como as de Gulagyu e as de Meizhou, foram evacuados, segundo informou hoje a agência estatal Xinhua. Em Fujian, todos os navios pesqueiros foram, além disso, chamados para o porto diante da chegada do Krosa.
Mais ao norte e também no litoral, a cidade de Xangai, onde se estão realizando as Olimpíadas Especiais, está em alerta perante a possibilidade que cheguem até ali os efeitos do tufão e causem problemas durante os eventos esportivos. O tufão, com ventos de entre 184 e 227 km/h, tem um rádio de 300 km.
TUFÃO NA ASIA...
Após passar por Taiwan, tufão Krosa chega à China
Mais de um milhão de pessoas foram evacuadas por causa de passagem do tufão Krosa, que hoje alcançou o litoral sudeste da China, com ventos de até 126 km/h, após deixar cinco mortos em sua passagem por Taiwan.
O tufão tocou terra às 15h30 local (4h30 de Brasília), na fronteira entre as províncias de Zhejiang e Fujian, uma região de grande densidade populacional, segundo informou a agência de notícias Xinhua.
Os efeitos do Krosa já estão sendo sentidos de forma mais intensa em Zhejiang, onde mais de 800 mil habitantes foram evacuados por causa das chuvas e dos fortes ventos, e cerca de 33 mil navios tiveram que voltar a seus portos de origem.
Os rios alcançaram níveis de risco, e os centros de controle marítimo prevêem ondas de até doze metros nas próximas 24 horas. Uma embarcação de Hong Kong, com 27 tripulantes a bordo, está presa em meio às fortes ondas causadas pelo tufão, sem que os serviços de salvamento tenham conseguido chegar até ele.
Na vizinha Fujian, as autoridades evacuaram mais de 200 mil pessoas, e fizeram retornar aos portos quase 37 mil embarcações. Escolas, aeroportos, estradas e serviços de transporte marítimo foram fechados em vários pontos de ambas as províncias.
A chegada do Krosa coincidiu com o último dia da semana de feriados em comemoração ao Dia Nacional (1º de outubro), e dezenas de milhares de turistas que visitavam as ilhas do litoral de Zheijiang tiveram que evacuados às pressas durante o fim de semana.
A polícia distribuiu avisos com medidas de prevenção nos pontos turísticos, e cancelou todas as viagens pendentes. Na mesma província, a cidade de Wenzhou está em alerta vermelho, e todos os vôos foram cancelados.
Ao norte de Zhejiang, a metrópole de Xangai, que sediou hoje o Grande Prêmio da China de Fórmula 1, já preparou um plano de emergência, para o caso de ser atingida pelo tufão. Segundo a Administração Meteorológica da China, o Krosa se desloca em direção norte ao longo da costa, antes de um possível retorno ao mar.
Os serviços de meteorologia advertiram que o tufão pode causar chuvas torrenciais e fortes ventos no litoral leste, que poderiam derivar em inundações, deslizamentos de terra e avalanches.
As evacuações maciças vêm sendo adotadas pelas autoridades chinesas como um dos principais procedimentos para reduzir ao máximo os danos pessoais ocasionados pelos tufões.
No final de setembro, 2,67 milhões de pessoas foram evacuadas perante a chegada do tufão Wipha, que deixou nove mortos em sua passagem pelo país.
O Krosa chegou à China procedente de Taiwan, onde deixou cinco mortos, segundo o Serviço Nacional de Bombeiros, e sete, segundo a imprensa, assim como dezenas de feridos, além de ter paralisado o trânsito e as atividades comerciais.
Mais de dois milhões de famílias taiuanesas ficaram sem luz, ao tempo que o tráfego aéreo e ferroviário ficou seriamente afetado. Os vôos internacionais ao país ainda não voltaram a funcionar com normalidade.
Neste ano, o pior tufão na China foi o Sepat, que deixou 41 mortos em quatro províncias do sul, longe dos 441 provocados pelo Saomai em 2006, o pior tufão a atingir o país em meio século.
A temporada de tufões na China costuma concentrar-se entre junho e setembro, e em outubro costumam ser poucos os que tocam seu território.
Entre estes tufões tardios, um dos mais graves foi o Longwang, que durante o feriado do Dia Nacional de 2005 deixou 85 mortos, dentre os quais 59 eram estudantes de uma escola de polícia Marinha que ficou soterrada por um deslizamento de terra.
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