27 de mai. de 2007

PRIMEIRO BRILHO DAS ESTRELAS


Detectado brilho das primeiras estrelas do cosmos

O telescópio Spitzer conseguiu captar uma luz infra-vermelha difusa que indicia ser o brilho emanado pelas primeiras estrelas do Universo, formadas depois do Big Bang.

Um grupo de cientistas da Agência Espacial norte-americana (NASA) acredita ter detectado o brilho das primeiras estrelas do cosmos.
A façanha foi conseguida com o potente telescópio Spitzer e, a ser confirmado, parece ser muito «provavelmente, o primeiro indício da existência» das primeiras luzes do Universo, revelou Alexander Kashlinski, um dos cientistas envolvidos na descoberta e astrónomo no Centro Espacial Goddard, da NASA.
Estas estrelas estarão associadas aos acontecimentos que culminaram na formação da vida. Por esta razão a descoberta está a suscitar a atenção dos astrónomos e cientistas.

Em comunicado, a equipa responsável por esta descoberta sustenta que o brilho deverá ser proveniente das estrelas da denominada "População III", uma classe de objectos celestes que se formaram antes de todas as outras estrelas.
A descoberta foi conseguida com a utilização das câmaras de infra-vermelhos do Spitzer apontadas para a constelação Draco durante 10 horas consecutivas.
Pelo facto de estarem muito distantes, estas estrelas não podem ser observadas directamente, mas a luz que emitem pode ser captada milhões de anos depois por meio da radiação cósmica infra-vermelha.

Segundo Alexander Kashlinski, as imagens reveladas pelo Spitzer assemelham-se à visão que temos de uma cidade quando viajamos de avião, à noite.

Imaginar que, em pleno século XXI, se conseguiu detectar o brilho emanado por estrelas formadas há, pelo menos, 200 milhões de anos, depois do Big Bang, é no mínimo surpreendente.

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