27 de mai. de 2007

VIDA EM MARTE...


Há mais vida em Marte do que se julgava

De acordo com os cientistas da NASA, a superfície poderá ter tremido em Marte. A justificação está na descoberta de uma série de alterações geológicas e térmicas na superfície do planeta vermelho.

Cientistas da Agência Espacial Norte-americana (NASA) anunciaram a descoberta de alterações geológicas e térmicas na superfície de Marte, registadas nos últimos anos, que sugerem a existência de um tremor de terra no planeta vermelho.
Em imagens enviadas recentemente pela sonda Mars Global Surveyor (MGS), foram observados novos sulcos numa duna de areia em Marte que não existiam em 2002. "Ver estes novos sulcos e outras modificações na superfície de Marte no espaço de poucos anos revela-nos um planeta mais activo e mais dinâmico do que muitos cientistas suspeitavam, antes da chegada da MGS", explicou, em declarações à BBC, Michael Meyer, responsável científico desta missão.
Os cientistas da NASA alegam que os novos sulcos, fotografados em Abril deste ano, têm cerca de 900 metros de comprimento e uma largura calculada entre 30 a 40 metros. Para além disso, é também visível uma redução da superfície dos depósitos congelados de óxido de carbono no pólo sul do planeta. Segundo Michael Meyer, trata-se de um sinal que pressupõe a existência de alterações climáticas em curso.

Fotos: NASA

Os equipamentos ópticos da sonda MGS têm captado imagens em diferentes alturas que assinalam algumas diferenças, como é o caso de traços deixados pelo rolamento de mais de uma dezena de rochedos nas encostas de uma colina. "É possível que o rolamento destas rochas tenha sido provocado por ventos violentos ou por um tremor de Marte", justificou Michael Malin, outro dos responsáveis pela missão da MGS.
De salientar que estes novos dados podem ser essenciais para modificar os modelos, até agora conhecidos, que estimam a idade do planeta vermelho.

A principal missão da MGS, em órbita marciana desde Setembro de 1997, terminou no início de 2001. No entanto, as descobertas mais importantes aconteceram depois dessa data, motivo pelo qual os cientistas da NASA esperam que continue a recolher dados e a enviá-los para terra durante mais cinco ou dez anos.

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