Útero: Vacina evita 75% das mortes por câncer
As vacinas impedem a contaminação por HPV
Uma nova vacina desenvolvida para prevenir o câncer de colo do útero poderia evitar 75% das mortes causadas pela doença se fosse oferecida a todas as meninas com 12 anos de idade, segundo um estudo do laboratório GlaxoSmithKline.
A vacina Cervarix atua evitando a infecção pelos tipos mais comuns do vírus papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), a maior causa deste tipo de câncer.
As conclusões da pesquisa sobre a vacina foram apresentadas na Conferência Internacional do Papilomavírus, juntamente com um estudo sobre a vacina Gardasil, do laboratório rival Sanofi Pasteur.
A Gardasil está próxima de conseguir uma licença para ser administrada na Europa, enquanto a Cervarix ainda está em fase de estudos e deve levar pelo menos um ano para ser aprovada.
"A vacinação contra o HPV é muito promissora em termos de uma redução no número de casos de câncer de colo do útero e na prevenção de mortes", disse a médica Anne Szarewski, da ONG Cancer Research UK.
Brasil
A infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais freqüente na população feminina brasileira.
Calcula-se que, no país, algo entre 10 e 40% das mulheres sexualmente ativas sofram desta infecção.
Apesar de menos de 1% das infectadas desenvolverem efetivamente o câncer de colo uterino, a doença representa no Brasil a terceira causa mais freqüente de câncer entre as mulheres, atrás apenas do de pele não-melanoma e do de mama.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, as estimativas da incidência de câncer no Brasil para 2006 apontam a ocorrência de 19.260 novos casos de câncer do colo do útero.
O Instituto Brasileiro de Controle do Câncer afirma que o Brasil é um dos cinco países mais atingidos pelo vírus e alerta que a detecção do HPV e das lesões pré-malignas é tardia no país, já que grande parte das brasileiras não tem acesso aos exames ginecológicos periódicos.
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