Traficante morre em troca de tiros com a polícia na Vila Cruzeiro
Rio - Policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) fazem operação na Favela da Chatuba, no Complexo do Alemão, Penha, Zona Norte, nesta sexta-feira. Eles foram recebeidos com fogos na comunidade e houve troca de tiros. Quatro pessoas foram ferirdas por bala perdida, entre elas uma criança.
Já na Favela da Merindiba, também no Complexo do Alemão, Marcos Vinícios Florentino Luís (foto), 20 anos, morreu nesta manhã, após trocar tiros com policiais do 16º BPM (Olaria). Ele levou um tiro de fuzil no peito, chegou a ser levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu. Um fuzil AK-47 foi apreendido com ele. Marcos tinha envolvimento com o tráfico de drogas, era casado e tinha dois filhos.
As seis escolas municipais e as três cresches da prefeitura que estão fechadas há 16 dias, voltaram a não abrir nesta sexta, deixando mais de 4,5 mil alunos sem aulas. Durante toda a noite ocorreram tiroteios nas favelas da Chatuba, da Fé, e da Vila Cruzeiro. Pela manhã, efetivos do batalhão de Olaria e um carro blindado entraram na favela da Mirindiba, que integra o Complexo da Vila Cruzeiro, para retirarem obstáculos que haviam sido retirados na semana passada pela PM e estavam sendo recolocados pelos traficantes na localidade de Beco da Esperança.
Quando a tropa do 16º BPM entrou no beco, foi recebida a tiros pelos bandidos que estavam entrincheirados atrás de um prédio. Na troca de tiros, um dos marginais foi baleado. Socorrido, foi levado no carro blindado para o Hospital Getúlio Vargas, onde morreu. ele foi identificado como Marcos Vinicius Florentino Luz, de 20 anos, casado e pai de dois filhos pequenos. A vítima - que já trabalhara no tráfico e saiu para arranjar emprego e voltou porque não conseguiu - morreu empunhando um fuzil russo AK-47, que foi apreendido pelo tenente Maforte, que comandava a operação.
A operação para a retirada dos obstáculos foi suspensa e remarcada para depois do almoço, quando soldados do Batalhão de Operações Especiais entraram na favela da Chatuba pela parte mais alta e soldados do 16º BPM entraram pela parte baixa da favela da Fé, para domina-la. O primeiro objetivo era a retirada de trilhos que estavam fincados no chão da Rua Maragogi, próximo a Rua Aimoré.
Mas quando os soldados se aproximavam daquela rua encontraram resistência dos traficantes, que passaram a atirar na PM. Por medida de segurança, o tráfego de veículos - ônibus, caminhões e carros - foram proibidos de circularem pela rua, para que uma bala perdida não atingisse alguem. Para a retirada dos obstáculos, a Polícia Militar usava uma retroescavadeira - que era conduzida por um homem fardado de soldado e que usava capuz - um caminhão basculante e um carro-guincho.
Mas mesmo com todo o cuidado da Polícia Militar, três pessoas foram feridas por balas perdidas. Uma mulher (Vânia tem nome), sua filha (Vânia tem nome) e Neemias Raimundo da Silva, 43, que levou um tiro em uma das coxas. Ele foi liberado depois de medicado. Também foi baleado durante o confronto o cabo do Batalhão de Operações Especiais João Ricardo Filizola Correia, de 33 anos. Ele teve um ferimento de raspão na cabeça e depois de socorrido no Hospital Getúlio Vargas, também foi liberado.
Desde o início dos confrontos, 1º de maio, 16 pessoas já morreram e 46 ficaram feridas. Ninguém foi preso.
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