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30 de jun. de 2007
REVERSÃO DE MEMÓRIA..SERA POSSIVEL??
Cientistas 'revertem' perda de memória
Pessoa idosa
O estudo mostra que progresso é possível mesmo depois de sérios danos ao cérebro
Estimulação mental e o uso de determinados medicamentos podem ajudar pessoas com doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer, a recuperar a memória e a capacidade de aprender, diz um estudo publicado na revista científica britânica Nature.
Uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts descobriu que ratos com condições semelhantes ao mal de Alzheimer puderam recuperar a memória de como desempenhar determinadas tarefas depois de receberem estimulação e remédios.
Os cientistas usaram ratos geneticamente manipulados, nos quais uma proteína ligada a doenças degenerativas estava presente. Inicialmente, os animais aprenderam a evitar choques elétricos e a encontrar comida.
Depois de seis semanas com a doença, os ratos não conseguiram mais se lembrar de como desempenhar essas atividades.
Alguns foram então colocados em um ambiente mais estimulante, com brinquedos, esteiras elétricas e outros ratos.
Esses animais puderam se lembrar das atividades que haviam aprendido muito mais facilmente do que os ratos que permaneceram em ambientes isolados. Eles também conseguiram aprender novas tarefas com mais facilidade.
Os cientistas então testaram um tipo de medicação, conhecida como inibidores HDAC, nos ratos.
O remédio também fez com que a memória e a habilidade de aprender melhorassem.
Esperança
A neurocientista do Instituto Médico Howard Hughes e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts disse que os resultados oferecem esperanças para pessoas com o mal de Alzheimer.
"Nós conseguimos mostrar que mesmo quando o cérebro sofre séria degeneração e o indivíduo mostra sérias dificuldades de aprendizado e de perda da memória, ainda há possibilidades de melhorar a habilidade de aprender e de recuperar, até um certo ponto, a memória perdida", afirmou.
Segundo ela, há indicações de que, em pessoas com doenças do cérebro degenerativas, a memória não é apagada, mas sim permanece em um lugar que não pode ser acessado por causa da doença.
A cientista afirmou ainda que, enquanto a maior parte dos tratamentos para o mal de Alzheimer procuram combater a doença nos estágios iniciais, essa pesquisa mostrou que até mesmo depois de um estágio avançado é possível recuperar o aprendizado e a memória.
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