24 de jun. de 2007

DESCOBERTA SOBRE PRÉ-ECLÂMPSIA


Descoberta pode levar à cura da pré-eclâmpsia


A incidência de pré-eclâmpsia no Brasil é de cerca de 10%
Cientistas americanos anunciaram uma descoberta que pode levar à criação de um teste e uma cura para a pré-eclâmpsia, mal que afeta mulheres grávidas e pode causar hipertensão e problemas renais.

A equipe do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos descobriu que mulheres com pré-eclâmpsia acumulam altas concentrações de duas proteínas vários meses antes de desenvolver o problema.

A pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, foi concluída depois de analisados resultados de exames de sangue de 4,5 mil mulheres grávidas.

Especialistas ressalvaram, porém, que a perspectiva de ter um teste antecipado e a eventual cura ainda é distante.

A pré-eclâmpsia é causada por um defeito na placenta, que fornece nutrientes e oxigênio para o feto. O problema ocorre no período final da gravidez.

Uma em dez

Até uma em dez mulheres grávidas pode ter pré-eclâmpsia, e uma em 50 sofre de graves problemas de saúde em decorrência da doença.

A incidência no Brasil é de cerca de 10%, segundo o Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez, e é a principal causa de morte materna no país.

Os cientistas ainda não compreendem totalmente o que causa o defeito da placenta, embora se saiba que o risco esteja ligado a fatores como ocorrência de casos prévios numa família, ter idade acima de 40 anos. A primeira gravidez também apresenta um risco maior.

Os pesquisadores que trabalharam no estudo descobriram que 120 mulheres que participaram dos testes e desenvolveram pré-eclâmpsia mais tarde na gravidez tinham no sangue concentração alta da forma solúvel de duas proteínas - endoglina e tirosina-quinase 1 tipo fms - em comparação com as que não desenvolveram pré-eclâmspia.

Níveis elevados das proteínas podem ser encontrados até três meses antes do desenvolvimento da pré-eclâmpsia.

Cura

Pesquisadores dizem que não ficou esclarecido exatamente como o desequilíbrio causou a pré-eclâmpsia, embora tenham sugerido que isso pode privar vasos sangüíneos de nutrientes essenciais, levando-os à debilidade e à morte.

"Esta descoberta parece ser um passo importante no desenvolvimento da cura da pré-eclâmpsia", disse o diretor do Instituto Nacional de Saúde, Elias Zerhouni.

"Isto também pode proporcionar a base para se prever se uma mulher vai ou não desenvolver o problema."

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