1 hora, 37 minutos atrás
Washington, 21 mai (EFE).- O veículo explorador da Nasa em Marte, Spirit, revelou a existência de silício no planeta, o que demonstra que este teve água em abundância durante seu passado remoto, informou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).
Acrescentou que a descoberta se soma às provas quase conclusivas de que em um momento de sua evolução Marte abrigou condições favoráveis ao desenvolvimento biológico como o conhecemos na Terra.
Um boletim do JPL assinalou que as jazidas de silício foram descobertos nas proximidades da cratera Gusev, onde a Spirit há mais de três anos.
Cientistas do organismo da Nasa disseram que para que se produzissem concentrações de até 90% de silício o ambiente nas cercanias de Gusev teve que ter sido muito úmido.
"Nossa gente ficou assombrada" quando foram conhecidos os resultados do analisador químico instalado em um extremo do espectrômetro de raios X da Spirit, assinalou Steve Squyres, cientista principal para os instrumentos dos veículos da Nasa em Marte.
Essas provas foram constituídas pela existência de altas concentrações de enxofre, a alteração de minerais e indícios de atividade vulcânica explosiva que tivessem requerido água.
Mas a presença de silício "é a melhor prova de que houve água na cratera Gusev", indicou Albert Yen, geoquímico da Nasa em JPL.
Segundo os cientistas do JPL, é possível que o silício tenha se formado após a combinação do solo com vapores ácidos produzidos por uma atividade vulcânica na presença de água.
A outra é que o material tenha sido criado por um ambiente de águas termais.
"O mais importante disto é o que nos diz acerca da existência de ambientes que tiveram algo parecido com lugares na Terra onde se desenvolveram alguns organismos", disse David Des Marais, astrobiólogo do Centro Ames de Pesquisas da Nasa.
Doug McCuistion, diretor do Programa de Prospecção de Marte, assinalou que a presença de silício reforça a idéia da água foi abundante em Marte e "impulsiona nossa esperança de que possamos demonstrar que o planeta foi alguma vez habitável e talvez possibilitou a existência de vida".
Enquanto isso, do outro lado do planeta, o veículo Opportunity completou a prospecção da cratera Vitória, iniciada há oito meses.
John Calas, diretor do projeto para os veículos exploradores, disse que o equipamento se desloca agora em direção a uma região chamada Duck Bay para buscar um caminho seguro em direção à cratera.
EFE
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