Fogo toma sudeste da Europa; Grécia tem 17 mortos
ATENAS (Reuters) - Pelo menos 17 pessoas morreram e enormes trechos de florestas foram destruídos por incêndios na sexta-feira na península do Peloponeso, no sul da Grécia. Outros pontos do sudeste da Europa também viram o reinício dos incêndios típicos do verão na região.
A Grécia pediu ajuda urgente da União Européia no combate aos incêndios, os piores no país em várias décadas.
"Temos 17 mortes confirmadas e mais 2 supostas mortes, mas não temos certeza", disse Nikos Diamandis, porta-voz dos bombeiros.
Seis pessoas, inclusive dois bombeiros, morreram perto da cidade de Aereopoulis. Os fortes ventos empurram as chamas na direção de lavouras, casas e florestas. Bombeiros disseram que há dois turistas franceses entre os mortos, mas eles não foram identificados.
Outras 11 pessoas foram achadas mortas perto de Zakharo, na costa oeste da península, sendo pelo menos seis delas dentro de carros.
Diamandis disse que os bombeiros trabalhariam noite adentro para resgatar moradores de aldeias. Cerca de 500 soldados chegarão à região no sábado para ajudar.
"Posso ver nossas casas queimando. Estamos buscando pessoas que podem estar retiradas em suas casas, mas não há bombeiros aqui, precisamos de ajuda", disse um morador local à TV grega. "Não temos esperanças, nos abandonaram ao Deus-dará".
O fogo chega à periferia de Atenas e destruiu parte da reserva natural do monte Parnitha. Ao todo, surgiram 170 focos de incêndio só na quinta e sexta-feira. A temperatura na Grécia nesta semana chegou a 41 graus centígrados.
Muitos gregos culpam o governo pela incapacidade em conter o incêndio, o que pode influir nas eleições de 16 de setembro.
Na Itália, onde também há vários incêndios no sul do país, um homem de 83 anos morreu perto da cidade de Potenza na sexta-feira. A polícia disse que ele provavelmente tentava controlar um incêndio.
A Autoridade de Proteção Civil da Itália disse que a quinta-feira foi o pior dia de incêndios florestais na história do país. Em um mês, nove pessoas morreram na Itália, sendo três na quarta-feira em uma pensão da Sicília.
No sudeste da Bósnia, onde o calor chegou a 42 graus nesta semana, bombeiros e moradores tentam combater vários incêndios florestais alimentados pelos fortes ventos.
Mesmo em Portugal, que a exemplo da Espanha foi poupado de incêndios piores, devido a um verão excepcionalmente fresco e úmido no oeste da Europa, 300 bombeiros tiveram de ser mobilizados na quinta-feira para debelar um incêndio perto da cidade histórica de Sintra.
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