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5 de jun. de 2007
JESUS CRISTO...
Jesus Cristo
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Texto da revista Veja (edição 1783 de 25/12/2002)
A ciência à procura de Cristo
Dois mil e dois anos se passaram e a história de Jesus de Nazaré ainda é um desafio. Quase tudo que se sabe sobre ele está nos Evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João. Em sua brevidade – umas 130 páginas nas edições em português –, podem ser lidos numa única noite. O restante do Novo Testamento quase nada nos conta sobre sua vida. Do nascimento até o batismo, na idade adulta, praticamente não há referência, nem mesmo nos Evangelhos. Apesar da névoa espessa que cerca sua biografia, Jesus foi, individualmente, a mais influente personalidade de toda a história humana. O impacto de seus ensinamentos ultrapassa os 2 bilhões de cristãos, atingindo, em alguma dimensão, cada habitante do planeta. Do ponto de vista teológico, o que se sabe de seu ministério na Palestina do século I é um assunto bem resolvido. Mas a curiosidade a respeito da vida do homem mais conhecido de todos os tempos vai muito além da fé. É isso que o faz objeto de uma incessante busca científica e arqueológica. Descobriu-se mais sobre Jesus Cristo nos últimos trinta anos que nos 2.000 anos anteriores. O que se tem de novo é uma impressionante coleção de objetos e documentos que coincidem com os relatos bíblicos e que ajudam a dar contornos mais nítidos à figura histórica de Jesus.
A mais eletrizante descoberta foi anunciada há apenas dois meses. Trata-se de uma urna funerária do século I, considerada a mais antiga referência escrita existente de Jesus. Feita de pedra, tem dimensões reduzidas (50 centímetros de comprimento, 25 de largura e 30 de altura). O tesouro é a frase gravada do lado externo, em aramaico, a língua falada pelos judeus da Palestina há 2.000 anos: Yaakov, bar Yosef, akhui di Yeshua. Significa "Tiago, filho de José, irmão de Jesus". Sim, tudo indica que se trata daquele Tiago, daquele José e daquele Jesus. Como a descoberta é muito recente, deve ser melhor examinada pelos especialistas. Os indícios apontam, contudo, para a autenticidade da peça, o que faz dela a mais importante descoberta da história da arqueologia bíblica. Os três nomes eram bem comuns entre os judeus. Mas qual seria a possibilidade estatística de três pessoas os terem nessa exata ordem? O filólogo francês André Lemaire, que descobriu a urna na casa de um colecionador de antiguidades de Jerusalém, calculou que não mais de vinte pessoas poderiam ter essa combinação específica em Jerusalém no ano 62, quando Tiago morreu.
O Museu de Israel, em Jerusalém, guarda outras duas peças que servem de provas arqueológicas da existência de personagens ligadas diretamente a Jesus. A primeira é o ossário de Caifás, o sumo sacerdote judeu que presidiu o primeiro julgamento de Cristo. Foi encontrado acidentalmente em 1990, quando operários construíam um parque nos arredores de Jerusalém. Diferentemente da urna de Tiago, que está vazia, a de Caifás continha os esqueletos de seis pessoas. Um deles, o de um homem de 60 anos, seria do sumo sacerdote. A outra preciosidade é um pedaço de uma placa comemorativa encontrado há quarenta anos, durante as obras de limpeza e restauração de um teatro romano na antiga cidade de Cesaréia. Sua importância é ter a gravação do nome de Pôncio Pilatos e seu cargo, prefeito romano da Judéia. Até então, só havia referências literárias sobre Pilatos, o governador romano que condenou Cristo à morte na cruz. Poucos duvidam hoje em dia que Jesus tenha vivido realmente, como nos contam os Evangelhos. Mas há algo especial, até emocionante, quanto às provas marcadas em pedra.
Escavações ainda em curso em Nazaré, a cidade em que Jesus cresceu, e Cafarnaum, onde pregou, revelaram muito sobre o ambiente em que viveu. Em seu tempo, Nazaré era um lugar pobre, com 300 ou 400 habitantes. Não foram encontrados por lá prédios públicos, apesar de Lucas descrever, no Evangelho, como Jesus ia à sinagoga para ler e comentar trechos bíblicos. As casas eram muito simples, com teto de palha. Algumas eram semi-enterradas no solo ou construídas diante de cavernas naturais, usadas pela família como depósito ou curral.
A imagem de Jesus está bem assentada pela iconografia cristã. Mas, na verdade, os Evangelhos não dão nenhuma pista sobre o aspecto pessoal do filho de Maria. A imagem que se tem de Jesus é um produto artístico de pintores europeus que viveram um milênio e meio depois de Cristo. Nessas pinturas, ele tem cabelos castanhos e olhos claros, uma combinação altamente improvável. No ano passado, cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, lançaram mão de recursos da medicina forense para uma experiência: criar um rosto que, supostamente, se aproximaria de alguém como Jesus. Partiram do pressuposto de que ele teria aparência compatível com a dos judeus palestinos de sua época. Por isso reconstituíram o rosto usando como base um crânio do século I, retirado de uma sepultura em Jerusalém. O resultado, um Cristo com uma aparência levantina, surpreende, embora o bom senso apóie a nova imagem: Jesus teria o rosto arredondado, com o nariz grosso, barba mais espessa e, como não podia deixar de ser, uma vez que vivia sob o sol mediterrâneo, sua pele seria mais morena que a que se vê nas pinturas renascentistas que o retratam. Se o rosto precisa ser imaginado, não há dúvidas quanto às roupas que usava. Arqueólogos israelenses encontraram tecidos bem conservados em tumbas no deserto e podem afirmar que os judeus do tempo de Jesus se vestiam com túnicas de lã de ovelha ou cabra, tingidas de vermelho ou marrom. Vestes brancas, como as que Jesus usa nos quadros, simbolizavam luto.
Uma revisão do passado
Com base no crânio de um judeu palestino do século I, cientistas ingleses reconstruíram um rosto que se aproximaria do tipo físico de Cristo. Os ossos de um homem que foi crucificado na mesma época que Jesus indicam que a forma de execução na cruz era diferente: o condenado era pregado pelos dois calcanhares e tinha os braços amarrados pelos punhos. O Santo Sudário (acima) foi considerado uma fraude há catorze anos. Acabou reabilitado em 1999.
Das relíquias relacionadas a Jesus, a mais intrigante é uma peça de linho com 4,36 metros de comprimento por 1,10 de largura, o chamado Santo Sudário. Diz a tradição católica que a peça serviu de mortalha para o corpo do filho de Deus, assim que o desceram da cruz. O pano tem as marcas nítidas de um rosto com barba e manchas condizentes com as chagas de Cristo. A relíquia, guardada em Turim, é conhecida e venerada desde 1350. Curiosamente, foi o avanço da tecnologia que tornou sua autenticidade polêmica. No final dos anos 80, o tecido foi analisado por três equipes independentes e datado com radioatividade. A conclusão foi unânime: o pano tinha sido produzido na Idade Média, entre 1260 e 1390. O diagnóstico não encerrou o assunto. Estudos mais recentes encontraram vários indícios de que seria muito mais antigo. Primeiro, foram traços de sangue humano no tecido. Depois, submetido a exames tridimensionais por computador, mostrou que só se poderia ter aquela imagem se o sudário realmente envolvesse um corpo. O achado mais instigante são vestígios de pólen nas tramas do tecido. São de uma flor típica do Oriente Médio, que floresce numa época condizente com a da crucificação. A Igreja Católica, que havia aceitado a conclusão dos especialistas de 1988, hoje considera o sudário um assunto em aberto que exige novas e apuradas análises científicas. Não é considerado oficialmente como autêntico. A conclusão sobre o manto é que nada há de certo sobre ele.
Há também informações novas sobre a crucificação. A cruz era um castigo reservado no Império Romano às classes baixas, aos escravos e aos estrangeiros. Nunca se soube exatamente como era feita a crucificação. O mistério esclareceu-se com os estudos realizados com o esqueleto de um homem de aproximadamente 30 anos, descoberto em Jerusalém, que foi crucificado no século I. Seu nome, escrito no ossário, era Yehochanan. O mais impressionante é o prego de 11 centímetros transfixado em seu calcanhar. Daí se conclui que o condenado foi preso à cruz com dois pregos, cada um num pé. Pelos furos, imagina-se que foi fixado à cruz com as pernas abertas, cada uma colada a um lado da barra vertical. Os braços não foram pregados, mas provavelmente amarrados pelos punhos nas traves. Por que até agora só se encontrou um esqueleto se milhares de judeus foram crucificados pelos romanos? A explicação é que fazia parte da punição deixar que o corpo fosse comido pelos abutres e pelos cães, de modo a não sobrar nada para a família enterrar. "Yehochanan provavelmente pertencia a uma família influente, que intercedeu junto às autoridades pelo seu sepultamento", disse a VEJA o arqueólogo Gidon Avni, diretor de escavações e pesquisa do departamento de antiguidades de Israel.
Descobertas arqueológicas como essas reviraram os rumos das pesquisas bíblicas inúmeras vezes. Estima-se que mais de 5.000 acadêmicos estejam neste momento pesquisando as Escrituras, só nos Estados Unidos. Um exemplo notável do trabalho de garimpagem em textos antigos foi o realizado com os Manuscritos do Mar Morto, coleção de documentos produzidos entre 200 a.C. e 70 d.C. descoberta em 1947 numa caverna no deserto da Judéia. Por décadas, enquanto era examinada por uma centena de especialistas de todo o mundo, correram soltas especulações de que talvez Jesus e João Batista fossem membros da seita monástica judaica que produziu os documentos, os essênios. Neste ano, finalmente, foi concluída a edição dos manuscritos. Não se encontrou neles referência direta a Jesus ou Batista. Mas isso está longe de ser uma decepção, visto que ajudaram a conhecer melhor o modo de vida das pessoas naquela época e a compreender as mudanças pelas quais o sentimento religioso passou. Isso é, também, uma forma de dissipar o mistério e conhecer melhor a figura de Jesus.
Os textos das cavernas
Os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados em cavernas no deserto da Judéia (acima), em 1947. O texto não menciona Jesus, mas descreve rituais muito parecidos com os praticados pelos primeiros cristãos
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Leia o exemplo abaixo:
EGITO: O cristão egípcio Bolis Rezek-Allah, foi retirado de um vôo internacional, no aeroporto do Cairo e detido pela polícia secreta egípcia. Rezek, havia obtido um visto de imigração para o Canadá, mas foi impedido de fazer a viagem. Sua esposa, Enas Badawi, embora seguida pela polícia, ainda se encontra em liberdade. Ele é acusado de levar a sua mulher, uma ex-muçulmana, a conversão do Cristianismo, pois é proibido, no Egito, que um homem cristão se case com uma mulher muçulmana. Aos homens muçulmanos é livre casar-se com mulheres cristãs, e também é livre aos cristãos, em geral, converterem-se ao islamismo, enquanto o contrário é proibido por lei, conforme explicou Todd Nettleton, correspondente da Voz dos Mártires.
LUTE para que todos os que queiram se CONVERTER ao cristianismo possam viver em paz.
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