5 de jan. de 2009

A NOVA GUERRA ISRAEL X GAZA...IGNÔRANCIA HUMANA.






A Faixa de Gaza está dividida, a cidade de Gaza está cercada, os bombardeamentos não páram. É esta a situação no território palestiniano onde o exército israelita desencadeou no sábado a ofensiva terrestre.

Segundo as últimas informações são mais de 644 as vítimas mortais até ao momento e 3500 os feridos. Há combates entre soldados do tsahal e militantes do Hamas nas ruas de Gaza. Israel pede às famílias que abandonem as residências para não serem apanhadas no conflito. Muitas têm procurado abrigo nas escolas geridas pelas Nações Unidas.

Esta segunda fase da operação, a que o estado hebraico chamou “arrancar pela raiz” visa a busca de esconderijos e armas para destruir a infraestrutura terrorista do Hamas. E ninguém nem mesmo a forte ofensiva diplomática europeia parece capaz de convencer Israel a decretar um cessar-fogo para permitir a ajuda às vítimas

A ofensiva terrestre sobre Gaza não consegue parar a chuva de “rocketes” do Hamas sobre Israel. Askelon no Sul do país tem sido alvo de vários tiros de morteiros lançados pelos activistas do grupo radical islâmico à semelhança de outras cidades fronteiriças israelitas. O ministro das Finanças, Roni Bar-On efectuou hoje uma visita à Askelon para sossegar os habitantes face aos constantes tiros dos radicais islâmicos, nesse preciso momento as sirenes anunciaram um ataque. Os guarda-costas de Roni Bar-On não esperaram para reagir.

Esta segunda-feira mais de trinta “rocketes” foram lançados sobre território israelita causando apenas feridos e muitos estragos em habitações e infraestruturas. A partir da fronteira da Faixa de Gaza os morteiros têm um alcance cada vez maior. Um “rockete” Grad caiu perto da cidade de Beersheva, a 40 quilómetros da fronteira com o território palestiniano. 500 ataques foram efectuados contra Israel desde o início da ofensiva dia 27 de Dezembro. Ao todo quatro israelitas foram mortos e 30 ficaram feridos.



Desde o inicio da ofensiva israelita, os habitantes de Gaza não têm descanso. Entre bombardeamentos e combates a população vive em estado de choque e muitos temem que o pior esteja ainda para vir.

A cidade de Gaza está cercada pelos tanques. Falta comida, água e electricidade. A ajuda que vai chegando não pode ser distribuída por razões de segurança. A cidade, já muito densamente povoada, está agora a receber também os habitantes do norte do território que procuram refúgio.

Um residente afirma: “Israel não tem piedade, abate tudo o que se mexe. Tudo o que mexe é um alvo para os judeus. Estão a bombardear as nossas terras, as nossas casas, as casas de todos os residentes. Dizem que não estão a atacar civis, mas estão a mentir”.

Os hospitais não têm mãos a medir e, mesmo onde há medicamentos e meios para socorrer os feridos, o pessoal médico e de enfermagem está à beira da ruptura, como explica este voluntário da Cruz Vermelha.

“As equipas, o pessoal médico, os cirurgiões estão extremamente cansados porque trabalham 24 horas seguidas. Não é fácil trazer mais equipas por causa das operações terrestres e porque Gaza está cortada em duas e as equipas de Rafah ou do Sul não podem passar para o norte”. Segundo fontes médicas, a penúria de medicamentos e de equipamento leva a que muitas vítimas acabem por morrer por falta de cuidados.





Israel disse que suas tropas mataram 130 guerrilheiros desde o sábado. A cifra sugere que o total de mortes palestinas desde 27 de dezembro pode ser mais próximo de 770 e que ainda pode haver corpos no campo de batalha.


fonte jornais internacionais...

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