Austríaco que matou família com machado planejou o crime semanas antes
15/05
Viena, 15 mai - Reinhard Steinbauer, o austríaco de 39 anos que matou cinco membros de sua família com um machado, disse que o crime foi planejado há semanas, informou hoje a Polícia em Viena.
Em entrevista coletiva, o inspetor policial Thomas Stecher disse que, segundo o depoimento de Steinbauer, foi no final de abril que ele decidiu matar a mulher, a filha, de sete anos, seus pais e o sogro.
No entanto, o homem teria esperado o momento propício até o dia 9, quando foi a uma loja de ferramentas em Viena para escolher a arma com a qual cometeria o crime.
Steinbauer escolheu um machado, que comprou no sábado por nove euros, e depois passou o resto do fim de semana com a família.
Na madrugada de terça-feira, o agressor pegou o machado e matou primeiro a mulher, enquanto ela entrava no banheiro, e logo depois a filha.
Em seguida, telefonou para o trabalho da esposa para dizer que ela tinha morrido por doença.
Após matar as duas primeiras vítimas, Steinbauer alugou um carro para viajar até a cidade de Ansfelden (a 170 quilômetros de Viena), onde matou os próprios pais.
Depois, escreveu três cartas, uma a seus irmãos, uma às vítimas e outra às autoridades, explicando por que tinha decidido cometer os crimes, antes de se deslocar a Linz, a 17 quilômetros de Ansfelden, onde seu sogro, de 80 anos, morava.
Em seu depoimento, Steinbauer contou que seu sogro não estava em casa, e que quando finalmente chegou, conversou com a quinta vítima na cozinha para pouco depois arremeter o machado contra ele e matá-lo.
O agressor ainda escreveu uma quarta carta, dirigida ao filho de seu sogro, e voltou a Viena, onde andou um pouco mais antes de se entregar à Polícia, às 3h20 hora local.
Steinbauer disse ter coberto suas vítimas com lençóis e toalhas "por piedade".
Quando perguntado pelos policiais o porquê de ter cometido os crimes, Steinbauer reiterou sua idéia de que queria poupar os parentes da desonra que seu prejuízo de 300 mil euros em negócios especulativos na bolsa teria causado.
Steinbauer também disse que não matou os irmãos porque não os considerava familiares diretos, e por eles terem suas próprias famílias.
Nos interrogatórios, o detido se mostrou convencido de "ter feito o que era certo", e destacou que depois dos ataques, se sentiu "cansado, mas aliviado", mas não conseguiu se matar, como tinha previsto.
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