Mianmá está localizada no sudeste asiático
06/05 -
Ciclone "Nargis" já deixou mais de 22,5 mil mortos em Mianmá,41 mil estão desaparecidos
06/05 -
Yangun (Mianmá) - A televisão estatal de Mianmá (antiga Birmânia) elevou hoje para mais de 15 mil o número de mortos pelo ciclone tropical "Nargis", que assolou no sábado o sul do país e deixou ainda dezenas de milhares de deslocados e cidades inteiras isoladas.
Pelo menos 10 mil pessoas perderam a vida e cerca de três mil estão desaparecidas apenas em Ayeyarwady, a região mais devastada.
No sábado passado, as autoridades declararam estado de emergência nas regiões de Yangun, Pegu e Irrawaddy, e nos estados Karen e Mon.
A Junta Militar - que mantém tensas relações com os Estados Unidos, a União Européia (UE) e outros Governos, por conta das pressões que recebe para a realização de reformas democráticas - aceitou o auxílio humanitário que essas nações ofereceram.
No entanto, 800 toneladas de arroz continuam paradas nos armazéns do Programa de Alimentos das Nações Unidas, à espera do sinal verde das autoridades para que sejam distribuídas.
Também está prevista para hoje a chegada da primeira carga de alimentos, medicamentos e outros materiais de emergência procedente da vizinha Tailândia, um dos principais parceiros do regime militar.
A população nas regiões afetadas vive há três dias sem provisão de água e de eletricidade, e os preços dos artigos básicos dispararam devido à escassez e à especulação.
Yangun, a antiga capital e a maior cidade do país com cerca de cinco milhões de habitantes, parece ter sido um campo de batalha, segundo testemunhas.
Milhares de árvores derrubadas pelos fortes ventos, que atingiram uma velocidade superior a 190 km/h, atrapalham a passagem nas ruas.
As comunicações, em particular com o exterior, funcionam precariamente, e a rede de internet permanece cortada desde a sexta-feira.
As filas de automóveis que aguardavam para reabastecer nas estações de serviços são intermináveis e contribuem para piorar o monumental engarrafamento.
O aeroporto de Yangun reabriu na segunda-feira com um gerador "que só estará em funcionamento por cinco ou seis horas", segundo um funcionário local.
A Cruz Vermelha começou a distribuir ajudas básicas entre os milhares de desabrigados, como plásticos para cobrir os telhados arrancados pelo ciclone, ou pastilhas para tornar a água potável, além de cobertores e roupa.
Em meio este panorama, o regime militar mantém seu plano de realizar um plebiscito nacional em 10 de maio para aprovar a minuta constitucional, na qual trabalhou desde 1993, sem contar com a oposição democrática.
YANGON (Reuters) - O violento ciclone no delta do Irrawaddy, em Mianmar, provocou uma gigantesca onda que deixou as pessoas sem ter para onde fugir, matando pelo menos 22,5 mil e deixando 41 mil desaparecidos, disseram autoridades na terça-feira.
"Mais mortes foram causadas pelo maremoto do que pela tempestade propriamente dita", disse o ministro de Auxílio e Recolocação, Maung Maung Swe, em entrevista coletiva na devastada Yangon, antiga capital do país, onde já começa a faltar água e comida.
"A onda tinha até 3,5 metros de altura e inundou metade das casas em aldeias baixas", disse ele, oferecendo a primeira descrição detalhada do ciclone do fim de semana. "(Os moradores) não tinham para onde fugir."
Foi o pior ciclone na Ásia desde 1991, quando 143 mil pessoas morreram em Bangladesh.
Por causa do desastre, a Junta Militar decidiu adiar para 24 de maio um referendo constitucional nas áreas mais atingidas de Yangon e do vasto delta do Irrawady. De acordo com a TV estatal, no resto do país o referendo está mantido para o dia 10.
ARROZ
O governo de Mianmar, que há 50 anos era o maior exportador mundial de arroz, disse ter estoques suficientes do cereal para alimentar a população, apesar dos estragos nos armazéns do delta.
Fontes da ONU dizem que centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas por causa dos ventos de até 190 quilômetros por hora e do maremoto subseqüente.
Junta Militar enviou três navios com comida à região do delta. Quase metade dos 53 milhões de birmaneses vive nos cinco Estados atingidos pela tragédia.
Uma lista de mortos e desaparecidos em cada cidade, cita 14.859 vítimas fatais no delta do Irrawady e 59 na Grande Yangon, a maior cidade do país, com 5 milhões de habitantes. Quatro dias depois do ciclone, a antiga Rangum continua sem eletricidade, e os moradores fazem fila para comprar água engarrafada
Os preços dos alimentos, dos combustíveis e dos materiais de construção dispararam. Velas e pilhas se esgotaram na maioria das lojas. Um ovo custa três vezes mais do que custava na sexta-feira.
AMIGOS OQUE ESTA ACONTECENDO COM NOSSO PLANETA? SERA QUE NINGUÉM FARA NADA? SERA POSSIVEL EVITARMOS A DESTRUIÇÃO DO MESMO??
Nenhum comentário:
Postar um comentário